quinta-feira, 24 de novembro de 2011

115- Traga Suas Bombas (Parte 3)

     Melissa se levantou e se juntou a Jack.
-Eu estava cuidando deles pra você – ela disse
-Cala essa boca imunda – praguejou Jack Williams
-Como é que é? – disse Melissa
     Jack pegou Melissa pelo pescoço e a jogou na parede de um prédio.
-Você foi apenas um objeto. Eu apenas te usei – disse Jack – Você achou que eu fosse fazer o quê? Criar você como a filha que eu nunca tive?
    Ele deu um soco no estômago de Melissa. Ela tentou revidar com um ataque, mas ele o neutralizou. Depois, Jack a pegou pelos ombros e deu uma joelhada no tórax dela.
-Vamos fazer alguma coisa? – perguntou Nath
-Tá maluca? Vamos sair daqui – eu disse
    Nós seguimos em frente pela rodovia, enquanto Jack torturava Melissa. Quando passamos pelo grupo de escravos de Jack, Lucas C nos fez parar.
-Peraí – ele disse
-O que foi? – perguntou Ana
    Ele criou pequenas rajadas de fogo que derreteram as correntes do escravos.
-Vão. Podem ir – disse Lucas C
    Assustadas, as pessoas saíram correndo, indo se esconder na floresta que havia à beira da estrada. Imaginamos que talvez aquela fosse uma boa ideia e os seguimos. Nos escondemos atrás de uma árvore e tentamos pensar em qual seria o próximo passo.
-E agora? O que a gente faz? É impossível vencê-lo! – disse Bianca
-Calma! Calma! Me deixa pensar em um plano – eu disse
   Me encostei na árvore e olhei para o céu escuro. Fechei os olhos e tentei pensar num plano, mas nada me vinha à cabeça. Foi quando fui interrompida.
-Eu tenho uma ideia – disse Matheus
-Que ideia? – disse Jéssica
    Ele olhou para Jéssica, sem dizer nada. Ela entendeu o que ele quis dizer.
-Não... – ela disse, levando as mãos à boca
-É o único jeito – ele disse
    Jéssica olhou para mim, esperando que eu a apoiasse.
-Ele está certo – eu disse
***
    Voltamos pela rodovia até chegarmos onde Jack Williams estava. Ele parecia furioso pelo fato dos escravos terem sumido. Estava socando as paredes dos prédios e chutando alguns carros.
    Melissa estava no chão, aparentemente morta.
-Preparado, Matheus? – perguntei
    Ele respondeu com um meneio de cabeça.
    Saímos de trás de um carro, entrando no campo de visão de Jack.
-Procurando alguém? – eu disse
-Vocês! – exclamou Jack, furioso
-Agora! – eu disse a Matheus
    Matheus deu um soco no chão, abrindo um vórtice embaixo de Jack.
-Quem é que tá rindo agora? – provoquei
-Ainda sou eu – disse Jack
    Jack criou uma corda d’água e me puxou. Ele me prendeu em seus braços e ficamos pendurados em cima do vórtice.
-Não! – gritou Pattison
    O pessoal estava nervoso, sem saber o que fazer.
-Se eu for, sua amiguinha vai junto – disse Jack, num tom ameaçador
-Desfaz esse troço – Pattison pediu a Matheus
-Não! – gritei – Não faz isso, Matheus. É a nossa única chance
    Ele olhou para mim e para Pattison, confuso, sem saber quem ele deveria obedecer.
-Pessoal, saiba que eu amo todos vocês – eu disse
    Nisso, ouvi alguém dizer:
-Ainda não
    Era Melissa.
-Agora não é a sua hora – ela disse – É a hora desse desgraçado
-Como assim? – disse Jack
    Melissa usou seu chicote para me puxar dos braços de Jack. Ela pulou nas costas dele e o puxou para baixo.
-Você apenas me usou, né? Então nós vamos juntos! – disse Melissa
   Os dois caíram dentro do vórtice e foram exterminados.
   Conforme os dois foram destruídos, aquela paisagem assustadora sumiu. O céu ganhou cor novamente. O chão, as árvores... Tudo ganhou vida de novo.
-Acabou! – gritei, abrindo os braços
   Rafah e Karol apareceram para ver o resultado da batalha, trazendo Jenny, Eric, Cecília, Daniella e Rafael (P.S.: Pattison as ajudou, elas não são alienígenas cheias de braços).
   Nath e Marcelo correram para abraçar Eric e Cecília. Os outros pais também fizeram o mesmo com seus filhos.
-Quer dizer que agora acabou? – perguntou Karol
-É, acabou – suspirou Ana
   Apesar de termos acabado com a loucura, tínhamos que lembrar que Dean e Jéssica eram filhos de Jack.
-Vocês estão legal – perguntei
-Estamos – disse Dean
-É – concordou Jéssica – Ele nunca foi o melhor pai do mundo mesmo
    Quando nos viramos, vimos uma multidão enorme vindo em nossa direção. Enorme mesmo. Pense na maior multidão que você já viu na sua vida e multiplique por 100. Exatamente isso.
   Pensamos que eles fossem nos criticar ou nos agredir, mas eles... eles nos agradeceram.
-Obrigado por nos salvarem – era o que todos nos diziam
-Ahn... De nada – eu disse, sem saber o que responder
   Lucas C deu um sorriso e disse para a gente:
-Preparados para o outro lado da fama? – ele perguntou
-Estamos preparados para tudo – respondi

FIM

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