*Continuação do crossover com desventurasvoture.blogspot.com, cap 22
Entrei no avião com Lucas C. Nós 2 estávamos apreensivos. Eu pela vida de meu irmão e ele, pela vida de Julie. Se passou 3h e eu comecei a ficar nervosa pois nada de Hollywood. Só depois de mais 1h e finalmente chegamos.
Pegamos nossas malas rapidamente e fomos, eu correndo, ele, transformado em vento, para a casa do pessoal. Todos ficaram surpresos ao ver Lucas.
-Lucas C? – falaram todos
-O que você tá fazendo aqui? – perguntou Luiz – Você voltou para ficar?
-Não – ele disse seriamente – Julie foi seqüestrada. Assim como o irmão da Allanis
-Ainda não acharam o Tales? – perguntou Isa
-Você tá vendo ele comigo, por acaso? – respondi estressada
-Calma! A gente pode ajudar vocês? – perguntou Jose
-Seria ótimo! – respondeu Lucas C
-É para isso que servem os amigos – disse Isa
Todos nos reunimos para pensar em algo. Ficamos meia-hora e nada. Até que Rafah teve uma ideia:
-Vampiros conseguem farejar pessoas, não é? – ela disse- Será que você não consegue farejar Tales ou...
-Eterno! – disse Lucas C
-Quem? – perguntou Luiz
-Não temos tempo para explicações agora. Vamos! – eu disse
Assim que nós nos preparamos para sair, um grito altíssimo veio em direção à casa. Tapamos nossos ouvidos e logo as janelas se quebraram. Vários espinhos foram disparados e acertaram Isa, Kel, Jose, Ana, Luiz, Rafah e Kah, que desmaiaram.
Uma pulsação atravessou a parede e acertou Lucas S. Natih chegou e disparou uma lâmina contra um cara que vinha junto a Eterno. Lucas C parecia ter entendido algo que eu não entendi e sorriu.
-O que foi? – perguntei a Lucas C
-Você ativou os poderes da Nathália? – ele perguntou
-Não. Por quê?
-Ótimo. Isso significa que ela também é uma mutante. Como eu – ele disse
Logo, eu ativei os poderes dos outros que não desmaiaram. Manu se transformou em metal e foi enfrentar a garota que lançava gritos sônicos. Thaís disparou uma rajada de vento contra os borrões, que foram lançados para longe.
O outro Lucas (Lucas S) voltou e lançou uma pedra contra o cara que lançava espinhos. Os borrões se prepararam para fugir e eu fui segui-los.
-Pode ir. A gente dá conta – disse Manu para mim
Fui seguindo os borrões o máximo que eu pude. Até que a gente saiu da cidade e fomos parar numa floresta sombria. Os caçadores sumiram, mas eu encontrei Tales e Julie amarrados numa árvore.
Eu os soltei e os levei de volta a Hollywood, onde nossa casa estava aos pedaços. Assim que cheguei, comecei a chorar e abracei meu irmão, enquanto Lucas C beijava Julie.
-Como você os achou? – perguntou Kah, que havia acabado de acordar
-Segui os borrões até uma floresta fora da cidade e encontrei-os amarrados – eu disse – É como se eles quisessem que os encontrassem.
-Talvez os caçadores só queriam mostrar do que são capazes – disse Jose
-Talvez tanto o Eterno quanto os caçadores apenas queriam nos amedrontar – disse Lucas C
Realmente, o que o Lucas disse tinha razão. O plano real deles era mostrar do que eles são capazes, isso inclui seqüestrar entes queridos nossos. E, embora odeie admitir, funcionou. Eu me assustei.
-Bom... eu e Julie vamos voltar a Paris – disse Lucas C – Mas não vamos sozinhos
-Sério? Quem vai com vocês? – perguntou Nath
-Você mesma, Nathália! – ele disse rindo – Você é uma mutante. Para eu poder explicar tudo, você deve vir com a gente
-Por que eu não fico aqui e vocês também? – disse ela
-Não posso. Tenho muita coisa a resolver lá em Paris. Mas você e Mark podem vir conosco! – disse Lucas C
Nath adorou a ideia de ir a Paris com seu namorado, então topou. Rapidamente, ela fez as malas e chamou Mark. Acompanhamos os quatro até o aeroporto para a gente se despedir.
É uma pena que tenhamos de nos despedir de Nath também. Mas pelo menos, agora Lucas terá parte do pessoal lá em Paris.
-Foi bom ser visitado por você – disse Jose
-Espero que volte logo – disse Kah
-Ei! E eu? – disse Nath
-É claro que a gente vai sentir sua falta, Nath! De você e de suas maluquices! – disse Lucas S
-Tchau, sua maluca! – disse Rafah, abraçando Nath
-É tão bom ser importante – disse Nath, se exibindo
-É tipo internet? – brincou Ana
Lucas C, Julie, Nath e Mark embarcaram no avião de volta a Paris. Assim que estávamos saindo, comecei a conversar com Tales:
-É tão bom ter você, irmãozinho! – eu disse, abraçando ele
-Cruzes! Para com isso! Eu tenho 18, Allanis! – ele disse me empurrando
Porém, durante a conversa, ele chegou no assunto que eu temia:
-Eu percebi o quão rápida você estava, Allanis. Nem a mais desesperada corre assim – disse Tales
-Aonde você quer chegar? – eu disse
-Você é alguma coisa. Mas não humana. O que é você?
-Sou doida! – brinquei
Ele me encarou e eu não tive como escapar:
-Olha, amanhã eu te conto tudinho. Mas hoje só quero matar a saudade do meu irmão – eu abracei ele, que me olhou com ar de desconfiança