sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

32- Amizade Quebrada: Parte 2

Continuação do PDV da Kah

-Ah, ótimo! – eu disse, colocando a mão sobre a cabeça – Por que você tinha que me beijar?
-Não gostou? – perguntou Nick
-Na verdade, amei! Mas isso não vem ao caso. O caso é que nós duas estávamos interessadas em você e decidimos que ninguém ficaria com você pelo bem da nossa amizade – expliquei
-Parece que o plano não deu certo... – disse Stella
-Ah, vai se ferrar, Stella! Acha que eu sou demente? Não responde! – eu disse, estressada
          Sentei na cadeira e enfiei a cara na mesa. Embora eu quisesse muito ficar com o Nick, eu queria arranjar um jeito para a Kel não ficar mais bolada comigo.

PDV da Kel

          Peguei um ônibus e fui para a casa. Estava tão nervosa que nem liguei pro Luiz ter queimado meu vestido com o ferro. Fui para o meu quarto e bati a porta. Como sempre, alguém vinha para fofocar.
-O que houve? – perguntou Lucas
-Não te interessa. Vai embora! – eu disse
-Houve alguma coisa. Me deixa entrar! – ele disse
-Já disse que não. Some! – eu disse, estressada
          Ele socou a porta e a derrubou.
-A porta não estava trancada! – eu gritei
-Se você tivesse me dito isso há 5s, eu não teria quebrado a porta – ele disse
-Mas você teria entrado, então dá no mesmo – eu disse
-Você sabe que eu odeio essa sua lógica maluca, não sabe? – ele disse
-Claro. Todo mundo odeia! – eu disse, me deitando em minha cama
-Uma hora eu vou descobrir o que houve... – ele disse
-Já imaginava. Do jeito que você é fofoqueiro... – eu dei uma patada
-Está até dando patada! O caso é bem ruim. Vai Kel, conta o que houve! – ele insistiu
-Eu vi a Kah e o Nick se beijando – eu disse, chorando
-Isso! Desabafa! – ele disse
          Fiquei meia-hora conversando com ele sobre isso. Até agora eu ainda não acredito que a Kah foi capaz de fazer isso. Somos super amigas desde a 4ª série e de repente ela faz isso comigo. Ela desrespeitou nosso trato!
          Quando me dei conta, Lucas estava dormindo. Eu o sacudi e ele acordou assustado. Não sei pra que ele pede pra conversar se ele dorme depois. Eu estava com tanta raiva pelo que a Kah fez que joguei o vaso de plantas na parede.
-Me lembre de nunca quebrar um trato com você – disse Lucas
-Aff... Preciso de uma garota para conversar – eu disse
          Chamei Karol e Thaís para conversar.
-Não brinca que ela quebrou o acordo! – disse Karol
-Eu não acredito! – disse Thaís
-Mas eu conheço a Kah. Ela não faria isso! – disse Karol
-Eu também achei que a conhecesse, mas... surpresa! – eu disse
          Jose e Ana me viram conversando com Karol e Thaís e também entraram na conversa.
-Jura? Ela fez isso mesmo? – disse Jose
-Ahan – eu respondi
-Eu te disse, Fercondina – disse Ana
-Fercondina? – eu disse
-Tá legal... Juliana, então – disse Ana
-Já vi que essa conversa não vai dar em nada – eu disse, saindo da sala
          Saí da casa e fui me sentar perto da piscina. Allanis viu que eu estava chateada, então veio falar comigo.
-Oi, Kel – ela disse
-Ah, oi, Allanis. Bom... é que... – eu disse
          Expliquei tudo para ela e ela ficou chocada, assim como todos os outros.
-Ela fez isso? Uau! – disse Allanis – Mas de qualquer jeito, você não pode ficar se queixando com o pessoal. Você tem que falar com ela
-Eu? Falar com a Kamilla? Pirou? Nunca! – eu disse
-Você está agindo feito criança! Você tem 23 agora! Eu, Ana e Thaís vamos trazer ela aqui. Vê se age feito adulta! – ela disse
-Ah, qual é, Allanis! – eu disse
-Quer chupeta, neném? – ela disse, apertando minha bochecha
-Vai logo! – eu disse, estressada

Fim do PDV da Kel

PDV da Kah

          Continuei trabalhando até onde podia, mas não conseguia parar de pensar sobre esse lance da Kel estar bolada comigo. Nick tentou me animar, mas ainda assim não adiantava. E ainda tive que aturar Stella me enchendo.
          Logo, Allanis, Ana e Thaís foram lá falar comigo e eu as contei a verdade.
-Você tem alguma testemunha? – perguntou Thaís
-Tem o Nick, mas a Kel vai achar que eu subornei ele ou coisa assim – eu disse
-Quem mais, então? – perguntou Ana
-Ahn... não sei... Ah! Stella! – eu disse
-Quem? – disse Allanis
          Chamei Stella e surpreendentemente, ela aceitou. Nós 5 fomos rapidamente até a casa do pessoal, onde Kel estava uma fera.
-Olha, Kel, eu sei por que você está brava... – eu disse
-Por que você é uma traidora? – ela disse
-Você acha que eu beijei ele, mas na verdade, foi ele que me beijou – eu expliquei
-Ah, é? Que pode confirmar isso? – ela perguntou
-Stella – respondi
          Ela pareceu surpresa quando eu disse que Stella era a testemunha, mas até eu me assustei quando Stella se voluntariou.
-E então? Stella, é verdade isso? – perguntou Kel
-Kerolyne, eu sinto muito... que você tenha uma amiga tão falsa! – ela me respondeu
-Como é? – perguntei
-É isso mesmo. Kamilla está mentindo. Eu vi com meus próprios olhos quando ela beijou o Nick! – disse Stella
-Fora do meu quarto – disse Kel, num tom de voz sério
-Você não vai acreditar nela, vai? – perguntei
-Antes nela que em você. Mentirosa. Fora! – gritou Kel
-11 anos de amizade jogados no lixo – eu disse
-Culpa sua! – disse Kel
          Eu a obedeci e saí do quarto. Fui em direção ao quintal, quando meu celular tocou. Era o Nick:
-Olha, Kamilla... Como eu poderia dizer isso? Eu... me apaixonei por você. Quer namorar comigo? – ele perguntou
-A única coisa que tentei evitar de perder, eu já perdi... – pensei
-Claro! – respondi
-Não vai ter problema? – ele perguntou
-Isso já não posso garantir – eu disse
          Desliguei o celular e sentei perto da piscina. Talvez Ana tivesse razão. Talvez eu e Kel sejamos mais duas Julianas e Fercondinas no mundo.

                                                                                                                                                                         Autor::. Lucas Cordeiro

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

31- Amizade Quebrada: Parte 1

 PDV da Kah

          Eu e Kel nos arrumamos para ir pro trabalho. Pareci que nós duas éramos umas das poucas pessoas do pessoal que trabalhavam.
-Zerinho ou um. Vamos ver quem vai dirigir – disse Kel
-Há! Venci! – eu gritei – Eu dirijo!
-Ainda não entendo por que vocês fazem isso – disse Thaís
-Pra ver quem vai dirigir, ué! – disse Kel
-No zerinho ou um? – Thaís disse ironicamente
-Par ou ímpar tem muita burocracia – eu disse
          Fui dirigindo o carro, enquanto Kel ia do lado ouvindo música. Trabalhar com publicidade era um porre, mas o salário valia a pena. Trabalhávamos nessa profissão há 8 meses e nem entendíamos direito como aquilo tudo funcionava.
          Quando chegamos no meio do caminho, fomos parar num engarrafamento.
-Passa o fone de ouvido – eu disse
-Você tá dirigindo. Não pode. Vai te distrair – ela disse, rindo
-Aff. Engarrafamento, no calor e sem trilha sonora ninguém merece – resmunguei
          Chegamos no trabalho e sentamos em nossas mesas.
-Chegaram atrasadas? O chefe não vai gostar nada, nada... – disse Stella
-Chispa, vai, sua implicante – disse Kel, tentando ignorar
          Essa Stella enchia a gente toda vez, desde que nós começamos a trabalhar. Ela se achava a melhor. Todo mundo odiava ela.
          O nosso turno já estava quase acabando, quando o chefe foi fazer um anúncio.
-Já faz bastante tempo que a nossa empresa é a mais bem sucedida no ramo de publicidade – o chefe disse – Mas precisamos sempre aumentar a nossa equipe, então, contratei um novo funcionário
-Aqui? Na empresa de publicidade? Deve ser gay – disse Kel
-É com prazer que apresento Nicholas – o chefe completou
-Podem me chamar de Nick – o cara disse
-Ele é... – eu disse
-Um gato! – completou Kel
-Um gato gostoso! – eu disse, babando
-Um gato muito, mas muito gostoso – disse Kel
-Eu quero pegar ele – eu disse
-Se eu não pegar primeiro! – disse Kel, babando também
          Ele era maravilhoso. Musculoso, sorriso brilhante, cabelo reluzente, charmoso. Tudo que uma garota poderia querer. Todas as garotas da empresa ficaram babando. Eu e Kel éramos uma das que babavam.
-As suas parceiras de trabalho serão Kamilla e Kerolyne – o chefe disse ao Nick
-C-c-c-como é q-q-que é? – gaguejou Kel, com um sorriso imenso na cara
-Prazer – disse Nick
-O prazer é todo meu – disse Kel, passando o dedo no canto da boca para tirar a baba
-E meu também – eu disse, estendendo a mão
          Stella estava quase soltando fumaça pelas orelhas de tanta ruiva. Acho que esse foi o nosso melhor dia de trabalho. Voltamos para casa cada uma com um sorriso maior que o outro. Fomos rapidamente contar tudo para a Karol, Jose, Ana e Thaís.
-Ele era um tes...ouro – eu disse, evitando que elas rissem
-Quão “tesouro” ele era? – perguntou Karol
-Muito! – respondeu Kel
-Oh! Já viu né? Vai rolar uma sacanagem! – disse Ana, rindo (Autor: quem vê Pânico na TV entende)
-Como ele era? – perguntou Jose
-Maravilhoso – eu respondi
-Como ele se chama? – perguntou Thaís
-Nick – eu respondi
-Hmmm... Gostei – disse Karol
-Ei! Ele é meu! – eu e Kel dissemos juntas
          As meninas olharam estranho quando nós falamos juntas, mas eu acho que sei porque elas nos olharam desse jeito.
-É melhor vocês tomarem cuidado com isso – disse Jose
-Isso o que? – perguntou Kel
-Vocês querendo ele – respondeu Thaís
-O que que tem? É só atração física. Sem problema nenhum – eu disse
-Diz isso pra Juliana e a Fercondina – disse Ana
-Quem? – perguntou Kel
-Umas antigas amigas minhas – respondeu Ana
-Mas o que elas tem a ver? – perguntei
-Elas conheceram um carinha bonito. As duas queriam ele. Acabou que até hoje elas não se falam – ela respondeu
-Isso nunca vai acontecer com a gente, né, Kel? – eu disse
-É! – ela concordou
-Eu também conheci a Juliana e a Fercondina. Essa história é baseada em fatos reais – disse Jose
-Ok. Então nós prometemos: ninguém vai ficar com o Nick. Certo, Kah? – perguntou Kel
-Certo – eu disse, dando o dedo mindinho para selarmos o acordo
          Quando Rafah chegou em casa,eu a chamei para conversar sobre isso tudo. Uma conversa em particular.
-Eu acho melhor vocês duas desistirem desse Nick – disse Rafah – Eu tinha duas amigas chamadas...
-Juliana e Fercondina – completei
-Você também conhecia elas? – disse Rafah – Enfim, elas conheceram um carinha bonito...
-Ah! Eu já ouvi essa história! – eu disse
-Então pra que você me chamou? – ela disse
          Desisti de tentar conversar e fui pro meu quarto dormir. No outro dia, eu e Kel fomos para o trabalho. Embora fosse difícil, nós duas prometemos que trabalharíamos normalmente com Nick. Ele pediu minha ajuda com um programa do computador que havia emperrado e eu fui ajudar.
-Valeu, Kamilla! – ele disse
-De nada! Colegas de trabalho servem para isso – eu disse
          O telefone de Kel tocou e depois de uns ela virou uma fera. Tinha algo a ver com ferro de passar roupa, Luiz e vestido queimado.
-Não se pode pedir nada a garotos! – disse Kel, revirando o olho – Vou lá em casa e já volto
          O programa havia emperrado de novo e Nick me chamou de novo. Ele colocou sobre a minha mão que estava no mouse.
-Pronto. Acho que não vai emperrar de novo! – eu disse
-Valeu. Você é incrível, sabia? – disse Nick
-Sim, mas não me canso de ouvir – eu disse, rindo
          Ele se aproximou e deu um beijo em minha boca.
-Que feio, Kamilla... – disse Stella
-Olha, Stella, por favor, não conta nada pra Kel, por favor! – eu disse
-Acho que nem preciso – ela disse
          Quando me virei, lá estava ela, paralisada.
-Eu vim buscar a chave do carro, mas eu acho que vou a pé mesmo – disse Kel
-Não peraí, Kel – eu disse
-Estou feliz por saber que você considera a nossa amizade – ela disse, saindo da sala

CONTINUA...

                                                                                                                                    Autor::. Lucas Cordeiro

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

30 – Dia de Garotas

 Eu já não estava aguentando mais aquele clima completamente estranho que havia se habitado na nossa casa. Lucas não largava Amanda, Pattison vivia grudado em mim e Jose havia reatado com Justin, o que significava que a casa estava mais meloso do que de costume. Eu realmente tinha planos mais legais do que ficar vendo a Jose completando o “coraçãozinho” do Justin com a mão, e o Pattison estava ficando pegajoso demais.
 Naquela manhã, eu me levantei realmente decidida de que o meu dia, teria de ser diferente.
 Fui tomar café, e fiz torradas com geleia, acho que era a única coisa que me segurava para eu não ter um ataque e sair destruindo a casa toda. A principio eu achei que fosse TPM, mas depois a coisa foi ficando mais seria, então, decidida, disse que deveria ser um mal pressentimento sobre o AL. O que era quase verdade.
 - Allanis, está pronta? – perguntou Karol vindo para o meu lado acompanhada de Jose e Ana.
 - Pronta para que? – perguntei confusa.
 Ambas riram do meu modo de agir. E eu não entendi o porque.
 - É algo me diz que você ainda não sabe o que fazer com o seu cabelo. – disse Ana.
 - E você vai ser o nosso estágio! – disse Jose sorrindo.
 - Academia de Moda, começamos ontem. Não é legal? – disse Karol sorrindo – E estamos na mesma sala!
 - Tudo bem, eu tenho outra opção?
 - Não. – responderam as três em coro.
 Subi e fui pegar minha bolsa, assim que desci e elas já estavam me esperando.
 - Ótimo, temos hora no salão às 14h00min, e, enquanto nossa hora não chega, que tal umas comprinhas? – disse Ana virando a esquina do shopping.
 Entramos e algo me dizia que com elas nós seriamos expulsas do shopping a tapas pelos seguranças. Só de imaginar a situação, eu dei um sorriso, que, aparentemente, agradou a todas as garotas.
 A primeira loja que nós fomos era de roupas formais, vestidos, ternos femininos e alguns sapatos para ocasiões especiais. Comprei um vestido verde, que eu iria usar no casamento do Lucas, escolhi um sapato de salto agulha prateado. A segunda loja que visitamos era para roupas para baladas, uma famosa loja chamada “Lindes Bals”, uma loja fantasticamente perfeita, onde tudo o que uma jovem quisesse encontrar, poderia procurar ali. Comprei uma bermuda e um short jeans, umas saias e algumas blusas, de diversas cores que – segundos Ana – viriam com tudo nessa estação.
 - Nossa, foi realmente incrível esse dia com vocês meninas. – agradeci quando estávamos sentadas nas cadeiras do salão esperando para sermos atendidas.
 - Que nada! Esse dia ele é só seu! – disse Ana animada, enquanto Jose estava falando com o cabeleireiro.
 - Tudo certos meninas. – disse Jose quando estava finalmente vindo se juntar ao grupo.
 - Allanis, sentimos muito informar, mas você não vai poder ver a sua transformação. – disse Karol com um sorriso que ia de orelha a orelha.
 - Como assim? – perguntei nervosa.
 - Nós vamos virar você para o outro lado – disse Jose girando a cadeia -, e você só vai se ver depois da transformação.
 Bufei e esperei. 10 minutos que mais pareceram anos, o cabeleireiro finalmente veio me atender. As meninas explicaram como seria que o meu cabelo teria que ficar, então, finalmente começou o processo. Confesso que eu fiquei com medo do que sairia daquele bando de malucas, mas eu confiava profundamente nelas. O que comprovou que eu também era uma doida varrida. E eu ri novamente pensando desse jeito.
 Depois de longas e demoradas 2h: 00min, eu finalmente estava pronta.
 Assim que eles giraram a cadeira, eu vi como estava perfeita. Meu cabelo estava meio ondulado, eu estava ainda mais loira, e estava boquiaberta.
 - E então, gostou do presentinho? – perguntou Jose se sentando em uma cadeira ao meu lado.
 - Amei. – disse mexendo no cabelo.
 Saímos do salão com as pesadas bolsas em nossas mãos, acho que era a coisa preferida que elas gostavam de fazer: compras. E, em geral, eu sempre era a cobaia. Porque hein?
 Fomos até uma lanchonete que havia ali perto, estávamos com muita fome, também, depois de um dia inteiro desses, quem não sentiria fome?
 Fomos andando e olhando as vitrines, quando eu esbarrei em alguém.
 - Será que você não olha para onde anda não é? – perguntei irritada.
 - Allanis?! – perguntou a pessoa, cujo eu ainda não reconhecia.
 - Você me conhece? – perguntei nervosa.
 - Claro que conheço, mas, você não se lembra de mim? – o cara parecia desapontado – Sou eu, Lucas James.
 - Ah, ainda tem mais Lucas nessa história é? – perguntou Ana desapontada do meu lado.
 Fiz que sim com a cabeça.
 - Nossa você... Ta diferente.
 - Eu sei, muita musculação. E você, está linda. Como sempre.
 - Ana, foi aquela loja que você falou que inaugurou aqui?
 - AH, foi sim.
 - Então, vamos dar uma olhada para irmos fazer umas compras?
 - Ah, está bem. – ela disse batendo os pés no chão, e se virando para ver o que nós conversávamos.
 Começamos a andar na direção contrária.
 - Parece que foi ontem, não é? – ele disse, quebrando o silêncio.
 - O que?
 - Tudo aquilo. O que aconteceu entre agente, o beijo, o namoro...
 - Jay, não vamos falar nisso, por favor. Estou namorando sério com um cara e não queria que você se magoasse lembrando-se do que aconteceu entre nós nos passado.
 - Ah claro, tudo bem. – ele disse, parecendo desapontado – Mas, e aí, o que você tem feito nesses últimos cinco anos?
 - Tenho estudado, estava fazendo até pouco tempo atrás faculdade. Mas, tive que para por causa de uns problemas que ocorrerão lá em casa. Enfim, e, estou pensando em voltar a estudar.
 - Isso é bom.
 - É, é sim. – disse sorrindo – E você, o que tem feito?
 - Bom, eu estou trabalhando como modelo e... Tenho recebido muitas propostas de trabalho.
 - Legal.
 Alguém pigarreou atrás de nós, nos viramos e era Pattison.
 - Pattison, esse é James, um... Amigo.
 - Beleza? – disse Pattison educadamente apertando a mão de James.
 - James, esse é meu... Namorado.
 - Qualé? – ele disse sorrindo – De boa?
 - Achei que tivesse vindo com a Jose, Ana e com a Karol.
 - E vim só que eu, me perdi delas. – menti.
 - Ah sim. Então, podemos ir? – ele disse sorrindo para mim – Deixa, eu levo suas bolsas. Foi bom te conhecer. – ele disse sério para James.
 Voltamos a andar na direção oposto e Pattison pegou todas as bolsas em uma única mão e passou a mão pelo o meu pescoço.
 - Sair com o Lucas ou o Luis tudo bem, mas sair com alguém que você nem conhece. Aí já é sacanagem. – ele disse rindo.
 - Não, ao contrário. Eu fui... Namorada dele.
 - Agora apertou tudo. – ele disse rindo – Mas, você ainda é minha. – ele disse me beijando.
 - Sim. E está na hora de você passar a confiar em mim! Senhor ciumento.
 - Eu confio em você, não confio é nele.
 - Ta legal ali está às garotas.
 Fomos até elas e elas pareciam chocadas de ver o Pattison ali.
 - Oi gente. Bom, Pattison veio me ajudar a carregar as sacolas, nos encontramos aqui por acaso.
 - Então, bom... tud... tudo be... bem. – gaguejou Ana.
 - Mas você não pode entrar nos banheiro feminino com agente. Então, segure nossas sacolas e nós já voltamos. – disse Jose.
 Elas me arrastaram para dentro do banheiro e quando vimos que só estávamos nós quatro lá, elas abriram o jogo.
 - Então, quem é ele? – perguntou Karol.
 - Pattison, meu namorado. Dãã! – disse rindo.
 - Não, o James, o que é que vocês são nesse exato momento? Ficantes, maridos... ou amantes? – brincou Ana.
 - Nem brinca com uma coisa dessas, somos só amigos.
 - E eu sou a maluca da casa! – disse Ana fazendo aquela cara dela de brinca.
 - Tecnicamente você é a maluca da casa. – disse Karol rindo.
 - Você bem que podia ter nos apresentado ele. – disse Jose rindo.
 - Um para três? Estão curtindo com a minha cara?
 Elas me olharam sério.
 - Está bem, se encontrarmos ele de novo eu apresento a vocês.
 - Eu é que dei a idéia, então ele é meu. – disse Jose.
 - Amigas amigas, homens a parte. Ele faz muito mais o meu tipo. – disse Karol.
 - Aposto que ele gosto muito mais de loucas, não vê, ele ficou com a Allanis a cinco anos. – disse Ana.
 A encarei, isso não tinha sido lá uma coisa muito agradável de dizer, muito menos de se ouvir.

 - Eu ainda não acredito que você fez isso! – disse Manuh pela milésima vez.
 - Não, eu só o encontrei uma vez. E mesmo assim, o Pattison está demonstrando que não confia em mim. – eu disse séria.
 Ela me encarou, incrédula, como se não acreditasse no que estava ouvindo.
 - Eu... sabe, vocês que são brancos que se entendam. – e saiu do quarto.
 Sai do quarto e fui atrás dela.
 - Bom, pois é. Talvez eu se eu tivesse dito isso a cinco anos quando você me pedia conselhos sobre o Jake, hoje eu poderia nem estar aqui. Não é, bombomzinho?
 Ela se virou e eu estava me segurando no corrimão.
 - Aquilo foi diferente!
 - Tão diferente que hoje ele está lá, com a Nessie
 - Não me diz o nome dela.
 - Digo, porque você sabia muito bem que naquela época ele ainda não havia sofrido o Impriting com ninguém. E ele só estava usando você para fazer ciúmes a Bella.
 - Eu o amava de verdade e... ah, é por isso. Tira o medalhão.
 Foi aí que notei, o medalhão estava preso ao meu pescoço e por isso eu havia dito aquelas coisas.
 Assim que tirei, foi como se eu tivesse tirado um peso de mim.
 - Talvez você agisse melhor se não estivesse andando com esse troço no pescoço o tempo todo. – disse ela preocupada – Eu não disse que nos iríamos revesar? Há bastante gente na casa, e podemos arranjar um jeito de descobrir porque ele tanto afeta você.
 - Não podemos nos preocupar com isso agora, temos outras seis horcruxes para encontrar. – eu disse séria.
 E, tinha razão. Pelo menos, naquele momento.
 - Só me prometa uma coisa. - disse agora séria - Não conte nada ao pessoal sobre as horcruxes, já tem gente demais sabendo disse.
 Ela concordou e respirou fundo. Descemos as escadas e fomos nos juntar para ver um filme.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

29 - O baile

 Respirei fundo e desci as escadas. Eu estava completamente tensa. E o meu nervoso, eu devia graças as garotas, que ao invez de se prepararem para o baile, ficaram perdendo tempo comigo. Mas eu não tinha do que reclamar, eu estava realmente linda.
 - Nossa, você está linda. - disse o Pattison ao me conduzir para fora da sala.
 - Eu sei.
 - E você tão modesta!
 - Eu sei disso também. - disse rindo.
 As garotas bateram o recode, todas estavam prontas em menos de 30 minutos, e fomos de limusine.
 Eu estava mais tensa enquanto viramos a esquina e vimos a grande placa em frente ao enorme salão "Baile de Principes e Princesas", o motivo, eu ainda estou querendo decobrir.
 Assim que descemos do carro, Pattison me conduziu para dentro do salão, eu respirei fundo e entrei.
 O lugar estava realmente lindo, o que me fez lembrar Alice. Ela saberia dar uma festa dessas, ou talvez melhor.
 Ouvi Lucas e Jose conversarem no canto e fui ver o que estava havendo.
 - Allanis, você sabe que dia é hoje? - perguntou Lucas aome ver se aproximando
 - 15 de janeiro, porque? - perguntei confusa.
 - Hoje é o aniversário da Manuh. - disse Jose.
 - Ah meu Deus, eu esqueci completamente. - eu disse nervosa - Ela vai me matar quando perceber que eu esqueci o aniversário dela.
 - Fica tranquila, eu amenizei a sua situação. - disse Lucas se levantando - Toma, você vai dar isso para ela, dizendo que foi você quem comprou. E, dizer que essa festa foi ideia sua.
 - Lucas, isso é um baile. - eu disse seria.
 - Não, a ideia era que fosse um baile, mas é uma festa especial para alguns amigos, os mais intimos.
 - Ou seja, os Voture e... o que ele está fazendo aqui? - disse Jose olhando para a porta.
 Me virei e o Justin estava entrando. O que fez a Jose se virar para não olha-lo.
 - O que tá acontecendo entre vocês? - perguntei nervosa.
 - Nós terminamos. - ela disse seria.
 Abri o pacotinho que o Lucas havia me dado e dentro dele havia um lindo colar de brilhantes com um diamante na ponta.
 Fiquem sem resposta. Apenas me virei a procura da Manuh, mas nada dela.

 PDV da Manuh

 Eu ainda não acredito que a Allanis foi capaz de fazer isso comigo! Esquecer do meu aniversário. Até o imprestável do Lucas lembrou. E ela, nada! Fiquei muito aborrecida, mas acho que talvez o baile me ajude a esquecer isso que ela fez.
 Sequei minhas lágrimas e respirei fundo.
 Desci da limusine e os fleches pipocaram, por um instante eu me esqueci quem eu era realmente. Eu era Manuh Cunha, uma atriz diva. Então, assim que entrei no salão, logo avistei o Lucas e a Jose. Fui até eles e Allanis estava lá também. Iria fingir que nada estava acontecendo e que hoje era um dia simples.
 - Gente! - chamei e fui até eles - O que você andaram fazendo durante as últimas duas horas que eu não achei vocês?
 - Achou que eu tinha esquecido? - sussurrou Allanis em meu ouvido - Feliz aniversário!
 Assim que ela falou isso eu a abracei do jeito mais apertado que consegui.
 - Ainda tem o presente! - ela disse sorrindo.
 Abri uma caixinha e tinha u diamante lindo.
 - Obrigada! - agradeci lhe dando outro abraço - Achei realmente que você tivesse esquecido do meu aniversário!
 - Claro que não! Acha que hoje é um dia simples? Essa festa é sua, tudo isso aqui, é para você.
 - Foi a Allanis quem deu a ideia de fazer uma festa estilo baile. - disse Lucas.
 - E acertou em cheio! Muito obrigada gente! Abraço em grupo? - sugeri.

Fim do PDV

 E lá estavamos nós mais uma vez, nos abraçando do nosso antigo jeito.
 Olhei em direção oposta, e vi ali Jéssica, a prima da Jubs.
 - Preciso retocar a máquiagem. - disse sorrindo - Vejo você daqui a pouco?
 - Claro. - disse Manuh - E obrigada pelo o presente.
 Fui em direção ao banheiro e me escondi em baixo da pia que era fechado. Graças a Deus ali era limpo.
 Ouvi a descarga e alguem saiu de dentro de um box falando no telefone.
 - Já estou aqui. O que? Ahn? Ah, seu... seu... é que agora não me vem nenhuma palavra a mente! - ela disse e eu podia sentir como se um sorriso se formasse em seus lábios - Precisamos arranjar aquela maldita Horcrux que está naquele lustre. O que? Eu já lha espliquei o que é isso. Os Voture estão com uma, e provavelmente já destruiram parte da alma. - Mas ainda há seis espalhadas pelo o mundo. Claro que são seis, pelo fato de que tem uma no lustre, e essa não conta. Tem alguem vindo, preciso desligar. Depois eu te vejo! - e saiu.
 Sai dali e voltei para o salão.
 - Ainda bem que eu encontrei vocês há tempo. - eu disse assim que me aproximei do Lucas e da Manuh - Venham comigo. - e sai puxando os dois para o mais longe possivel da multidão.
 - O que foi? - disse Manuh assim que estavamos longe o suficiente.
 - Eu ouvi uma conversa no banheiro. - eu disse respirando fundo.
 - Que coisa feia! - corrigiu-me Lucas e eu fiz careta.
 - Acontece que há oito pedaços da alma do AL espalhadas pelo o mundo. Tecnicamente agora são sete, pois uma delas é o medalhão. - eu disse respirando fundo - E esses pedaços são chamados de Horcrux.
 - E... você já sabe quais são essas tais... horcrix? - perguntou Manuh nervosa.
 - Horcrux. E fala baixo. - eu disse puxando eles denovo - Temos que roubar o lustre.
 Lucas e Manuh me encararam como se eu fosse maluca.
 - Que foi?
 - Você está falando sério? - perguntou Lucas serio.
 - Estou.
 - Allanis, como nós vamos fazer isso?
 - Se eu soubesse não estaria aqui tão nervosa.
 - Espera, achem a Kerolyne, ela nos será muito útil.
 Saimos em direções opostas, até que eu achei finalmente a Kerolyne. Chamei ela e fomos subir as escadas para o segundo andar. Assim que havistamos o Lucas e a Manuh eles vieram se juntar a nós.
 - Você ficou maluca? - ela gritou e eu bilisquei seu braço - Ai, você ficou maluca? - agora ela sussurrava - Quer que eu seja cumplice enquanto você rouba aquele lustre?
 - Bom, digamos que... é, quero sim. - disse sorrindo.
 Ela fez cara de tédio e aceitou.
 - Tá, e eu, faço o que? Não podemos roubar um lustre enquanto tem uma multidão olhando!
 - E é aí que você entra. - disse Manuh olhando para ela - Já achei onde ficam as instalações, você tem que se concentrar em abaixar as coisas, daquele lado.
 - Tudo bem, Allanis, ativa meus poderes. - pediu Kerolyne.
 Assim que ativei, Manuh passou as informações para o Lucas e ele foi com a Kel até lá.
 Depois de longos 10 minutos que mais pareceram 10 anos, as luzes se apagaram. Ativei os poderes da Manuh e pedi para que ela derrubasse o lustre e viesse busca-lo comigo para leva-lopara dentro do banheiro feminino, que era a dois passos dali.
 Assim que entramos no banheiro, achei uma placa de "Interditado" e pus na porta.
 - E agora, o que nós fazemos? - perguntou Manuh nervosa.
 - Bom, não saia daqui. Vou procurar a Kerolyne e o Lucas. - disse mas no momento seguinte as luzes se acenderam novamente - Acho que não será preciso.
 - Onde está essa maldita Horcrux?
 - Gravou rápido o nome hein? - brinquei.
 Ela riu mas não falou nada. Segundos depois, Kel entrou no banheiro.
 - Cadê o Lucas?
 - Não esperava que ele fosse entrar no banheiro feminino nãoé? - ela disse sorrindo - Vocês precisam pular a janela. Ou vão sair com o lustre para que todos vejam?
 Em parte ela tinha razão, não podiamos sair de lá assim, porém, a janela era em cima, e pequena. Só uma pessoa poderia passar por ali.
 - Será que o lustre passa por ali? - perguntou Kah entrando no banheiro.
 - Como você conseguiu passar.
 - Heey, eu Kamilla Menezes, aquela que não revela seus segredos. - ela disse rindo.
 - Não sei amiga, acho que alguem terá que pular primeiro. - disse Kel.
 - Eu vou. - disse Manuh.
 Olhei para ela supresa. Ela se preparou e subiu na janela, viu que não era tão alto assim e se preparou, e pulou.
 Preparei para jogar o lustre, e pan. O lustre acertou em cheio a cabeça dela.
 - Droga. Sera que quebrou o lustre? - perguntou Kah.
 - Você teria que se preocupar é com a Manuh. - eu disse seria - Vamos.
 Assim que descemos, reparamos que a Manuh estava bem, o único problema é que o lustre não estava nada bem.
 - Porque que o lustre todo se ferrou e só essa pedrinha se salvou? - perguntou Kah levantando uma pedrinha rocho berrante.
 - Achamos o que estavamos procurando. - eu disse sorrindo e pegando a pedrinha - É essa uma das Horcrux que podera derrotar o AL.
 Eu pude ver o brilho dos meus olhos atrávez da pedrinha, até que ela começou a ficar quente e eu sem querer a derrubei.
 Era preciso muito cuidado se nós quisessemos manter aquela horcrux bem perto de nós. Respirei fundo e pensei "Uma a menos", e voltamos para curtir a festa, mas sempre com a pedra na bolsa.

Este capítulo é dedicado a Manuh Cunha, embora esteja atrasado. Feliz aniversário, :)

domingo, 16 de janeiro de 2011

28 - Conversa de banheiro não sai do banheiro, será?

 Uma semana se passara depois do acontecido, e até que algumas garotas já estavam se dando bem com a insuportável nojenta irritante da Amanda.
 Lucas pigarreou do meu lado e controlei meus pensamentos.
 - Tem certeza de que você vai fazer isso? - perguntei pela milésima vez ao Lucas, assim que chegamos no segundo andar.
 - Não vamos começar denovo com aquela maldita briga, não é mesmo.
 - Está bem, mas, como é que vocês começaram a namorar?
 Ele revirou os olhos, respirou fundo e ficou encarando o teto.
 - Lembra que ela vinha sempre aqui me entrevistar?
 - Sim, e, o que tem isso?
 - Bom, nós passávamos horas conversando, e estávamos namorando.
 Fiquei boquiaberta, eu realmente não sabia o que dizer.
 Sai da sala sem dizer nada, enquanto isso, Amanda estava na sala, junto com a Karol e com a Rapha, escolhendo o vestido de noiva.
 - Allanis, preciso muito da sua ajuda! - disse Amanda, vindo até a mim - Eu preciso da sua ajuda para compra o meu vestido de noiva.
 - Ah claro, eu... só vou lá em cima pegar minha bolsa e já volto.
 Respirei fundo e subi.
 Assim que desci, Amanda já me esperava no carro. Fomos a primeira loja, que por sorte, nenhum daqueles ela havia gostado.
 - Pode me esperar aqui? Preciso ir no banheiro. Só não liga se eu demorar um pouco, está bem? - eu disse sorrindo.
 - Claro. - ela disse retribuindo o meu sorriso.
 Entrei no banheiro e retoquei a máquiagem. Peguei meu celular e liguei para a Manuh.
 - E aí, como está sendo a tarde de vocês? - ela perguntou em ar de deboche.
 - Acredite, daqui a pouco será uma carnificina se eu tiver que continuar ao lado dela. - eu disse respirando fundo - Acredite, vão precisar me prender se eu ficar até mais tarde com ela na rua, pois eu vou mata-la! - disse dando uma risada.
 - Procure não se descontrolar. Não iria querer magoar os sentimentos do Lucas, não é verdade?
 - Se bem que a essa altura do jogo, eu já estou me arrependendo de todo esse jogo de falsidade. - disse sendo sincera.
 - Você é tão engraçada. - ela disse sarcasticamente.
 - Preciso desligar, tem alguém entrando aqui no banheiro. - disse as pressas e desliguei antes que a Manuh pudesse dizer tchau.
 Deixei meu telefone no vibratório. E entrei dentro de um box que havia ali.
 Alguém entrou no banheiro junto de um homem, e, ela parecia nervosa.
 Com todo o cuidado, fechei a tampa da privada e subi em cima dela, para caso ela quisesse se certificar de que ninguém estaria ali.
 - Ela já está desconfiando! - disse uma voz feminina - Seu inútil! Se ela chegar a conclusão de que eu estou procurando por ela, eu te mato! E você sabe do que eu sou capaz de fazer.
 - Mas minha senhora... eu apenas...
 - Calado! Se é para ouvir o quanto você é inútil, isso eu percebi quando você se aliou a mim! E vá embora, isso aqui é o banheiro feminino.
 - Si... sim senhora. - e ele saiu.
 - Inútil. - disse a garota.
 Peguei meus fones de ouvido e coloquei no volume máximo e sai. A garota me encarou e eu a encarei. Eu a conhecia.
 - Jéssica? Você aqui? Pensei que quando a Jubs tinha morrido você tivesse voltado para morar com os seus pais. - eu disse tirando os fones do ouvido.
 - É, eu pensei melhor e resolvi ficar na cidade. Você está aqui a passeio?
 - Jéss, eu moro aqui, esqueceu? - eu disse sorrindo - Vamos, quero te apresentar a uma amiga.
 Ardeu na garganta dizer que a Amanda era minha "amiga", mas, isso nem importava muito agora, eu a ajudei encontrar um vestido, mas não era do jeito que ela queria, então voltei para casa depressa, fingindo estar com dor de cabeça, mas, deixei a Amanda lá, procurando a roupa "perfeita".
 
 - Allanis, a sua suspeita é meio... idiota. Você não acha? - disse Manuh quando estávamos no escritório juntos eu, ela e Lucas.
 - É, deixa eu te ameaçar e vê se você acha idiota. - retorquiu Lucas. - Eu estou ciente do que eu ouvi, e não foi uma única suspeita. A Jéss é o AL.
 - Não Allanis, já pensou na possibilidade de você ter ouvido a conversa errada? - perguntou Lucas sorrindo.
 - Eu tenho conciencia do que eu ouvi, e não era uma conversa muito agradável. - eu respirei e me concentrei denovo na conversa - Ela o chamava de inútil, e disse assim: "Se é para ouvir o quanto você é inútil, isso eu percebi quando você se aliou a mim!"
 Em quase 10 anos, eu consegui deixar o Lucas e a Manuh calados, o que foi uma vitória.
 Alguém arrastou a porta do escritório e entrou, era Thais.
 - Alguém pode me dizer o que a Amanda está fazendo trancada no quarto do Lucas? - disse ela fitando a Manuh - Eles são dois tarados, não são nem 20:00.
 - Ei, eu estou aqui!
 - Então porque ela está trancada lá em cima?
 - Deixa, deve estar tendo um ataque ou coisa do tipo. É normal para ela não é? - brincou Manuh.
 Só nós duas demos risinhos, aparentemente achando graça da situação.
 - Deixem-lhe no quarto, quem sabe assim não morre? - disse quem eu menos esperava ouvir isso. Lucas.
 - Nossa, que mal humor. - eu disse com um pequeno sorriso nos lábios - Que ocorrerá para te deixar tão mal-humorado assim?
 - Ela não tem me dado uma atenção melhor, eu preferia que a Kesha estivesse aqui.

 Ele ficou em silêncio, porém, talvez eu já soubesse o que ele pensava.
 Acho que passara uns vinte minutos de silêncio entre eu e ele na sala quando Pattison entrou em disparada onde estávamos.
 - Vocês não vão? - perguntou ele, aparentemente cansado de tanto correr.
 - Vamos para...?
 - O baile! Haverá um baile hoje a meia noite. Vocês vão não é?
 - Patt, acho que nós não estamos em clima muito festeiro. - disse olhando para o Lucas, que concordou com a cabeça.
 Pattison me encarou com cara de tédio, e me abraçou.
 - A, você vai.
 - Isso, vão vocês, eu fico em casa para descobrir algo sobre o AL.
 - Não, todos nós vamos. - eu disse indo busca-lo - Família unida, permanece unida!
 Ao que parecia, tudo estava tomando novamente um ritmo comum em nossas vidas, isso é, se algum dia tivemos uma vida comum. Embora eu soubesse que, em algum momento das nossas vidas, eu - ou talvez nós - acabaríamos em um momento que poderia mudar nossas vidas. Mas, eu esperava realmente que aquele momento nunca fosse chegar.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

27 - Lucas, eu te MATO

 Assim que chegamos em Forks, Alice estava com Edward. É claro que desde o momento em que eu tomara a nossa decisão, Alice teria visto.
 - Allanis, vi o que aconteceu com vocês, estão todos bem? - perguntou Alice sempre muito preocupada.
 - Sim, estamos todos bem. Foi só um susto. Mas, o que fazem aqui? Esse não é mais o território de vocês. - eu disse confusa.
 - Carlisle nos mandou, precisamos ajeitar uns detalhes finas sobre a venda da nossa casa aqui. - disse Edward.
 - AH sim. Bom, então, eu acho que já sabem o que viemos fazer aqui. - disse Lucas.
 - Sim, sabemos. Mas Lucas, se é a espada que vocês vieram procurar, ela não está mais aqui. - disse Edward fitando Lucas.
 - Como assim? A espada estava enterrada junto com a Jubs? - perguntei.
 - É uma longa história, mas o importante é que nada que não devia ser retirada do túmulo da Jubs não foi retirado. - disse Alice.
 - Como assim? A nossa frente estava a chance de destrui essa droga. E você diz que nada foi retirado do túmulo dela? - eu disse estressada já.
 - Calma, se acalma. Mas, ela deixou um bilhete no túmulo. Assim que vi que vocês vinham para cá eu logo peguei o bilhete, e está aqui. - disse Alice me entregando o bilhete.
 - Você não precisava vir. - disse Edward rosnando no ouvido do Lucas.
 - A culpa não é minha de que Bella tenha gostado mais do meu beijo do que do seu. - Lucas provocou.
 - Calminha, nada de brigas. Lucas, porque não vai para o túmulo da Jubs? - sugeri e ele foi.
 Assim que abri o papel, havia uma letra tosca e desajeitada que eu demorei para entender.
 "O seu pesadelo pode ficar ainda pior quando você acordar. Se você se ligar, vai notar o que eu vou fazer! AL"
 - É mais uma ameaça. - disse Manuh.
 - Também não entendemos. - disse Alice.
 Estalei o dedo no rosto do Edward.
 - Ou, eu estou falando com você. - eu disse.
 - Ah desculpe. Sobre o que dizia?
 Passamos a tarde em Forks, passeando pelas as ruas chuvosas da cidade. Quando Lucas voltou, Edward ainda deu um soco no rosto do Lucas, que revidou.
 Pegamos o primeiro vôo para Hollywood e assim que chegamos, Amanda estava saindo da mansão.
 - AH, aí está você. Eu queria te dizer uma coisa senhor Lucas. - ela veio em nossa direção e o agarrou, lhe tascando verdadeiramente um beijo de cinema.
 - Oh My God! - eu e Manuh dissemos ao mesmo tempo.
 O beijo durou exatos dois minutos, e o Lucas estava sem falas.
 - E eu aceito o seu pedido de casamento. - ela disse dando um selinho nele - Tchaau. - ela disse sorrindo para mim.
 - Tchaau. - eu disse sendo falsa.
 Assim que ela virou a esquina eu e Manuh estávamos encarando ele.
 - Eu posso explicar! - ele disse se defendendo.
 - Ah, e vai! Mas vai se explicar lá dentro. Anda! - eu disse com raiva.
 Entramos em casa e todos estavam na sala, Lucas entrou de cabeça baixa e se sentou no sofá.
 - Agora, anda, explica que história é essa de você se casar com aquelazinha! - eu disse com raiva.
 - Não era você que vivia dizendo que eu devia escrever para mim uma nova história? Então!
 - É, mas ela não é o tipo certo de tinta de caneta para você escrever a sua história! Garoto, eu só quero o seu bem, e ela não é o seu futuro!
 - Como você pode ter tanta certeza!
 - De quem vocês estão falando? - perguntou Rapha confusa.
 - Amanda! - dissemos juntos, eu e Lucas.
 - O que? - disse toda a sala em um coro não ensaiado.
 - É, e se não estão satisfeitos com isso, eu não posso fazer nada! - ele disse e saiu da sala.
 - Estão vendo? É o que dá querer o bem dos seus amigos.
 Ficamos colocando a conversa em dia e quando já estava bem tarde, eu decidi subir até o quarto do Lucas para pedir desculpas.
 Ele não quis abrir, mas de tanto que eu insisti ele abriu. Assim que ele abriu a porta, lhe dei um abraço apertado.
 - Sabe que eu só quero o seu bem. - eu disse em seu ouvido.
 - E você as vezes é ainda mais protetora que a minha mãe. - ele disse sorrindo - Obrigado por ser assim!
 Eu concordei na frente dele com o casamento, e nos dias decorrentes, estava me esforçando ao máximo para pensar de todas as formas de como era bom ter a Amanda por perto. Por mais que isso fosse constrangedor. E tudo piorou quando ela decidiu que séria bom um encontro de casais, eu, Pattison, ela e Lucas. Eu respirei fundo, estava fazendo isso pelo o Lucas. Mas acreditam que ela quis usar o meu batom? Isso, o meu precioso batom.
 Agora eu estava voltando para casa junto com o Lucas, Pattison teve uma emergência e eu não ia ficar lá segurando vela!
 - Eu adorei essa noite. - eu disse tentando ser alegre.
 - Eu também. Sabe, você sabe fingir bem.
 - Fingindo eu? Eu estou ofendida por imaginar isso de mim! - eu disse realmente me fingindo de ofendida.
 Fomos em silêncio, ele não falou mais nada.
 Eu estava me fingindo realmente ser amiga da Amanda, fui até ajuda-la a escolher o vestido de noiva dela.
 
 - Posso te contar uma coisa? - disse com a cabeça no peito de Pattison.
 - Pode, mas antes posso te contar um segredo?
 Fiz que sim com a cabeça.
 - Eu te amo. - ele disse e eu lhe beijei.
 - Não é sobre isso o que eu quero falar. - eu disse e voltei a me deitar ao lado dele - É que eu sou a melhor amiga do Lucas, e... bom, eu sinto que a Amanda não é a pessoa certa para ele.
 Ele se sentou na grama e me fitou nos olhos.
 - Allanis, o que você está pensando em fazer?
 - Esse casamento não vai sair. Mesmo que seja preciso a noiva ser atrasar, para sempre. - eu disse seria.
 - Sabia que você fica linda planejando planos malignos?
 Eu lhe beijei e nós rolamos pela a grama, rindo alto.
 Caímos na piscina sem querer. Ele veio, me pegou pela a cintura e me deu um longo e demorado beijo debaixo d'água. Voltamos a surpeficie e eu lhe dei um abraço.
 - Eu te amo, te amo, te amo muito muito muito muito. - eu disse lhe dando um selinho a cada pausa que eu dava.
 Saímos da piscina, nos secamos e fomos dormir. Hoje, Pattison ia dormir aqui. Hoje vai ter. Muito filme para assistir, isso sim!

26 - Fuga

 Dias e mais dias se passaram, e nada de conseguirmos desvendar a tal pista.
 Agora, estávamos na praça, olhando em volta. Aquele lugar tinha mudado por completo desde a última vez que eu estive aqui.
 - Aquelas pessoas estão olhando para cá. - sussurrou Manuh em meu ouvido.
 Olhei pelo o canto do olho e tinha realmente dois caras olhando para a nossa direção.
 - Acho que já tenho o bastante para conseguir decifrar o medalhão. Podemos ir? - disse Lucas com a câmera na mão.
 Eu e Manuh nos levantamos e ficamos na frente dele.
 - Aqueles caras não param de olhar para cá. - eu disse.
 - É, então, para prevenir. Me dê o medalhão. Fique com essa copia para você. Não precisa se preocupar, é de alumínio, e não tem poderes. Nem gira. - ele disse, pondo o verdadeiro medalhão no bolso - Agora, você fica com a Manuh e eu me viro.
 - Não, de jeito nenhum! Vamos todos ficar juntos. - reclamei.
 - Deixa, quem sabe assim ele não morre mais rápido? - disse Manuh sorrindo.
 A ignorei, mas concordei com o Lucas.
 Fomos andando para o lado direito do parquinho, e os caras estavam nos seguindo.
 Quando chegamos a segunda esquina, paramos e olhamos para trás, os caras também ficaram nos encarando.
 - Agora? - perguntei.
 - Sim, agora! - disse Lucas e nos começamos a correr.
 Eu e Manuh virmos a esquina e fomos para em um lugar cheio de gente.
 Pisávamos nos pés das pessoas, pedíamos desculpas, e continuávamos a correr.
 Viramos o outro lado, e um cara de paletó estava correndo ainda na nossa direção, mas estava bem distante.
 - Fica perto! - disse a Manuh.
 Passei por debaixo da mesa de frutas e derrubei sem querer a mesa de ovos de galinha.
 Pulei por cima de uma moto e entrei em um carro vermelho.
 - O que você faz aqui? - perguntou um homem alto e forte do meu lado.
 - Sai, é uma situação de extrema urgência! Anda logo, vai embora! - eu disse e ele saiu, deixando a chave em cima do banco.
 Liguei o motor e acelerei.
 Virei a esquina e percebi que a Manuh já havia sumido a algum tempo. Droga!
 Acelerei mais ainda do que permitia, eu agora era um borrão na estrada. Fui até a rua onde o Lucas tinha ido, dobrei na primeira esquina e continuei acelerando. Alguém parou na frente do carro e eu dei uma freada.
 - Entra no carro! - gritei para o Lucas.
 Ele sentou no banco do carona e pós o cinto de segurança. Acelerei.
 - Onde você estava?
 - Caçando a chapeuzinho vermelho e o lobo mau! Claro que fugindo! - disse com sarcasmo.
 - Você sabe onde está a Manuh?
 - Se eu soubesse ela estaria comigo aqui, não acha? - respondi irritada.
 - Hei, calma! Relaxa. - ele disse e fui seguindo para uma estrada de lama.
 - Eu acho que a Manuh não estaria aqui. - ele disse com sarcasmo.
 Ele tinha razão, dei ré. Voltei por um outro caminho, mas um idiota tinha colocado um espécie de rampa no caminho.
 - Pronto para voar? - perguntei com sarcasmo.
 Lucas não respondeu, estava ficando de todas as cores possíveis.
 Fui o mais rápido possível e sem querer passei por cima de uma banca de frutas. A sorte era que o dono estava do lado e não teve ferimentos.
 
 PDV da Manuh
 
 Passei correndo por cima da laje e quando cheguei ao ponto final, tive que descer. Mas fiquei me segurando em uma espécie de grade que havia ali. Senti o homem chegando perto a beira, então fiquei o máximo colada perto dela.
 - Droga. - sussurrou o homem e voltou.
 Dei um pulo quando ele estava de costas e o derrubei no chão.
 - Para quem você trabalha? - eu perguntei pressionando seu rosto sobre a telha quente.
 - Eu não sei, ele nunca me disse o nome dele. - ele respondeu gritando.
 - Está mentindo! - eu disse puxando ainda mais o braço dele.
 - Está bem, está bem, eu falo! Trabalho para o AL.
 - Qual é o nome? - eu disse puxando o braço e o pressionando mais seu rosto na telha.
 - Ele nunca falou. Só sabemos que é AL. - ele disse.
 - Obrigada. - eu disse e o joguei lá de cima.
 "Inútil", pensei comigo mesma.
 Desci da telha o mais depressa possível e fui atrás do Lucas e da Allanis.
 Eu estava atravessando a rua quando veio um carro desgovernado e muito rápido, me atirei para trás e a porta se abriu e a janela do motorista se abaixou.
 - Entra! - mandou Allanis.
 Me joguei para dentro e bati a porta.
 - Como vocês descobriram que eu estava aqui? - perguntei confusa.
 - Eu não descobri, apenas depois que passei por cima das duas bancas, vi uma garota escura em cima do telhado sendo perseguida e depois descendo sem nínguem lá em cima, imaginei que podia ser você. - respondeu Allanis em um tom de voz calma.
 Respirei fundo e pensei, talvez realmente aquele cara deveria saber de alguma coisa, mas não queria dizer.
 - É isso! - disse Lucas pulando no banco.
 - Para de se contorcer e diz o que é! - eu disse com raiva.
 - "Ao quinto lugar vocês devem ir, cinco passos irão ter que dar, um giro bastara, para no final, mas um motivo revelara, pois a frente de vocês, cinco passos sempre estou." É óbvio o que o AL quer? Não estávamos conseguindo porque não estávamos fazendo por completo! Allanis, vai pro apartamento! Temos lá a nossa última chance de desvendar essa charada.
 Fomos para o apartamento e ele subiu feito um raio para o terraço.

 Demos cinco passos e fogos de artifícios estouraram ao mesmo tempo no céu.
 Na parte lateral começou a escorrer uma espécie de liquido. Não era sangue, muito menos água.
 - "Ao lugar inesperado poderá estar, mas a pessoa correta, entre nós pode não mais estar." - leu Allanis.
 - O túmulo da Jubs! É isso, a próxima pista está no túmulo da Jubs.
 - Nossa, como você concluiu isso tão rápido? - perguntei confusa.
 - "Ao lugar inesperado poderá estar, mas a pessoa correta, entre nós pode não mais estar." Acha que a Jubs ainda está entre nós? É claro que não. A não ser que um de nossos amigos tenha sido morto! - ele disse sendo ironico.
 - Vamos, precisamos ir para Forks, urgente! - disse Allanis.
 Descemos, pegamos as nossas coisas e partimos daquela casa, deixando novamente, nossa infância para trás.
 
  Fim do PDV da Manuh.

domingo, 2 de janeiro de 2011

25 - Charada

 Eu queria poder ter a absoluta certeza de que eu estava em um terrível sono, no qual somente eu poderia ter o desfecho da história. Porém não era bem assim. Fazia já dois dias que estávamos procurando por pistas que pudesse nos levar a verdadeira face de AL, mas parecia que a cada coisa que nós quase alcançavamos, ele nos despistava, e nos deixava absolutamente cegos e sem uma saída. E eu já não aguentava mais isso, estava ficando cada vez mais cansada.
 Descemos até a garagem para tentarmos destruir o medalhão, mas parecia que nada dava certo. Até que Lucas teve a brilhante ideia de tentar jogar o medalhão pela janela. O medalhão meio que criou vida própria, e atingiu em cheio a barriga de Lucas.
 Eu temia por um fim horrível, ou pelo menos mais uma morte, mas, por mais que eu tentasse, eu não conseguia desvendar o segredo por trás desse maldito objeto místico.
 - O que acham que nós devemos fazer agora? - perguntou Manuh irritada.
 - Eu não sei, se soubéssemos já teríamos feito. - rebateu Lucas.
 Eu estava com o medalhão agora em minhas mãos, tentando abri-lo, mas parecia que a cada vez que eu o tocava eu ficava cega.
 Lucas o tomou de minha mão e o abriu com a maior das facilidades.
 - Como você fez isso? - perguntei surpresa.
 - Olha o feixo, está mandando abrir ali. - ele disse, mascando um chiclete - Garotas, tem um pequeno bilhete. "Ao lugar onde o calor é intenso, porém, o brilho do sol não focaliza. Não perca o alvo, ou, podem acabar morrendo asfixiados. AL"
 - Parece que agora ele está tentando nos ajudar. - eu disse com sarcasmo.
 - Ou simplesmente nos matar. Lucas, lê denovo o bilhete.
 Lucas releu o bilhete por diversas vezes, todas elas por que Manuh a havia pedido, porém, nenhuma nós entendíamos.
 Quando finalmente Lucas repetiu pela nonagesima vez, eu me levantei e fui beber água, e Manuh chegou a uma conclusão.
 - É óbvio. O velho nos mandou para cá não para revirarmos o nosso passado, mas para descobrirmos algo sobre sobre o AL.
 - Eu acho que nós já concluímos isso sozinhos. - disse Lucas com sarcasmo.
 - Mas não concluíram aonde achar essa pista. - ela disse com um sorriso enorme no rosto.
 Voltei urgente para a mesa e fiquei esperando a resposta dela.
 - Espera, deixa eu aproveitar o momento. - ela disse sorrindo - Então é assim que vocês se sentem quando descobrem alguma coisa que eu não faço ideia qual é? - ela perguntou fazendo cara de confusa.
 Olhei para ela com cara de tédio.
 - Anda, se você não quiser morrer! - eu disse com raiva.
 - Está bem, está bem. - ela disse nervosa - Lucas, lê denovo o bilhete.
 - "Ao lugar onde o calor é intenso, porém, o brilho do sol não focaliza. Não perca o alvo, ou, podem acabar morrendo asfixiados. AL" Agora fala, o que significa isso?
 - Ao lugar onde o calor é intenso, porém, o brilho do sol não focaliza. Não é óbvio? O porão! Lê o resto, denovo.
 - "... Não perca o alvo, ou, podem acabar morrendo asfixiados. AL"
 - Óbvio denovo! Acabaríamos morrendo se não saissimos de lá a tempo.
 - Agora, senhorita "Óbvio", aonde vamos encontrar um porão?
 - Eu acho que já sei aonde encontrar! - disse Lucas.
 Descemos a escada em espiral, saímos e fomos seguindo o Lucas. Seguimos por uma rua reta, duas ruas depois a nossa casa, entramos em uma rua que tinha uma casa antiga. Provavelmente não havia nínguem ali, pois Lucas arrombou o portão e nós entramos.
 Fomos para os fundos da casa, onde havia dois bancos de cimento
 Lucas arrombou a porta de uma dispensa que tinha ali e abriu uma porta que dava ao porão.
 Ele desceu a escada e entrado. O lugar era escuro, e fedorento.
 - Agora, aonde vamos arranjar pistas, neste lugar cheio de mofo? - perguntei tirando uma teia que estava na minha frente.
 - Ali. - ele respondeu andando na frente.
 - Eu que descobri esse lugar. - resmungou Manuh. E eu não consegui evitar um riso.
 Descemos mais uma escada em caracol e fomos para em um lugar muito mais escuro, e abafado. Do jeito que AL havia descrevido.
 - Garotas. - chamou Lucas - "Ao quinto lugar vocês devem ir, cinco passos irão ter que dar, um giro bastara, para no final, mas um motivo revelara, pois a frente de vocês, cinco passos sempre estou."
 - O que significa? - perguntou Manuh do meu lado.
 - Acho que você deveria saber, não é verdade? - disse Lucas com sarcasmo.
 Voltamos para casa e eu estava realmente encucada com aquilo tudo.
 As palavras do velho não paravam de martelar em minha cabeça. Era tudo muito confuso.
 Dias se passaram, e não conseguíamos descobrir nada, exceto um símbolo, que não parava de aparecer, era uma espécie de mão com um relógio, e aparecia a qualquer lugar onde nós íamos.
 - Acho que está na hora de voltarmos para Hollywood, acho que os outros já estam ficando muito preocupados. Vai fazer um mês que estamos aqui e não damos notícia. - eu disse, me reunindo ao Lucas e a Manuh no terraço.
 - Se vocês quiserem ir, podem. Eu só vou quando eu descobrir o que isso significa. - disse Lucas, analisando o medalhão em sua mão - Mas, prometo dar notícia a vocês.
 - Lucas, se vinhemos para cá juntos, só vamos voltar juntos. - disse Manuh.
 - Será que vocês não acham isso estranho? Quero dizer, o velho nos mandou procurar tudo isso, mas não nos disse como destruir. - eu disse com raiva.
 - Eu acho que já estou me acostumando a ser decepcionado. - disse Lucas guardando o medalhão no bolso.

 - É isso. - disse Lucas raciocinando.
 - O que foi? - perguntei confusa.
 - Gente, esse lugar não estava abandonado só para nós, mas porque o velho queria assim. Querem ver?
 Fizemos que sim com a cabeça e ele nos posicionou no terraço.
 - Ao quinto lugar vocês devem ir! - ele disse parecendo óbvio - Desde que chegamos ao Brasil, fomos a quatro lugares todos os dias, e o quinto era sempre este.
 - Tá, mas aonde isso no ajuda? - perguntou Manuh já irritada.
 - "...cinco passos irão ter que dar, um giro bastara, para no final, mas um motivo revelara." Dêem cinco passos no sentido horário.
 Assim fizemos, porém, nada aconteceu.
 - Não era para ser assim. - ele disse analisando.
 - Lucas, para de ver desenho, isso já está ficando ridículo! - reclamei.
 - Esperem, então, andem no sentido anti-horário. Por favor. - ele pediu.
 Assim fizemos novamente, porém, nada estava dando certo.
 - Lucas, vamos. Isso nunca dará certo. - eu disse o desanimando.
 Ele concordou, mas continuou lá em cima.
 Fui comer algo e Manuh se sentou ao meu lado.
 - Acha que realmente existe alguém por trás de "AL"? - ela perguntou confusa.
 - Eu espero que sim, pois assim, ficara mais fácil na hora de matar! - eu disse com sarcasmo.
 Ela riu.
 - Allanis, Manuh. Preciso que vocês vejam uma coisa. - disse Lucas aparecendo na porta.
 Fomos novamente para o terraço, mas dessa vez, lá estava marcado de fogo.
 - Lucas, o que você fez? - perguntei indo ligar a torneira.
 - Não! Não percebem, estávamos fazendo errado. As nossas posições são essas aqui. Temos que andar a cinco passos, mas para a frente.
 - Sabe senhor CSI, acho que isso daqui não é um jogo! - disse Manuh com raiva - E eu não vou por meus pés no fogo.
 - Essa fogo não queima. - disse Lucas pisando no fogo descalço - É uma espécie de chama fria. Não sei se isso é possível, mas é!
 Ele pediu para que pisássemos, Manuh resistiu, e não foi. Fizemos vários testes, mas nenhum deles estava dando certo, até que finalmente Manuh caiu na real de que nós precisávamos dela.
 - Acho que estamos fazendo isso errado! Não temos de andar para trás. Lembra do que a charada dizia? Estou sempre a cinco passos na frente de vocês. É isso. - disse Lucas concluindo a própria dúvida - Andem cinco passos para trás. - assim fizemos - Agora dêem cinco passos para a frente.
 Assim fizemos , porém, nada se revelou.
 - Tinha que dar certo. - ele resmungou.
 - Lucas isso aqui não é um filme, agora, dá para você tentar parar de bancar o herói?
 Ele desceu as escadas resmungando, mas desceu.