quarta-feira, 29 de junho de 2011

64- Fogo e Pólvora


          Reuni todos e voltamos à mansão, junto com Jéssica. Era bom termos outra pessoa na família. Preenchia o vazio deixado pela morte de Luís. Foi bem difícil, mas tínhamos conseguido levar Jéssica sem que seu pai percebesse. Seria um barraco se ele descobrisse.
-Que tal um passeio só de garotas? – sugeri
-Claro! Seria ótimo para conhecer todas vocês – disse Jéssica, animada
          Chamei todas as meninas para ir ao shopping com a gente.
-Não sei, não – disse Kel – Gosto dos meus poderes. Não quero perdê-los
-Eu também não – disse Jose
-Vocês não perdem os poderes. Eles são só “anulados”. E é só perto dela – argumentei
-Não sei... – disse Nath
-Vamos, gente! É a chance que ela tem pra se enturmar! – eu disse
          Insisti tanto que elas acabaram aceitando. Entramos em nossos carros e fomos ao shopping, fazer compras.
-Fale mais sobre seu... dom – disse Bianca, se dirigindo a Jéssica
-Bom, sempre que eu me aproximo de mutantes ou de “humanos especiais”, que é o caso de algumas de vocês, seus poderes são anulados – respondeu Jéssica
          Entramos numa loja e continuamos a conversar com Jéssica. Passamos horas conversando no shopping. Passamos a gostar de Jéssica. Ela se encaixava perfeitamente em nosso grupo.
-Sabe, antes eu não gostava de você, mas agora eu gosto – brincou Ana
-Ahn... Obrigada – disse Jéssica, sem saber o que responder
-Se você tivesse um sonho, qual seria? – perguntou Thaís
-Conhecer a “chave” – respondeu Jéssica
-Eu tenho várias no bolso. Qual você quer conhecer? – brincou Manu
-Não essas chaves. A outra chave: Lucas C, mutante famoso – disse Jéssica
-Aposto que ele não destrava uma porta – disse Manu, rindo
          Voltamos para a mansão com Jéssica. Estávamos com umas 100 bolsas de compra. Demos a Jéssica o quarto de Luís, que estava vazio a 1 ano.
          Depois que deixei Jéssica em seu quarto, fui falar com as garotas.
-E aí? Gostaram da Jéssica? – perguntei
-Claro! Ela é divertida – disse Kah
          As outras disseram o mesmo que ela.
-Eu estava pensando... Poderíamos fazer uma surpresa a ela e apresentá-la ao Lucas C – eu disse
-É uma boa ideia – disse Rafah
-Amanhã? – perguntei
          Elas concordaram.
          No outro dia, chamamos Lucas C e avisamos tudo a ele. Preparamos uma surpresa para Jéssica, que ficou super feliz ao ver Lucas. Era como se Jose encontrasse o Luan Santana. Resumindo: gritos.
          Jéssica não sabia o que fazer ao encontrar Lucas. Primeiro, apertou sua mão; depois, o abraçou.
-Só me deixa fazer um teste – disse Lucas C, após ser abraçado
         Ele virou para o lado e soprou fogo. Ficamos escandalizados ao ver aquilo. Afinal, ela não neutralizava os poderes dos mutantes? Por quê ela não afetava Lucas?
          Nath tentou disparar lâminas, mas não conseguiu. Lucas, por outro lado, conseguiu facilmente disparar uma rajada d’água.
-Tá legal, isso é estranho – ele disse
-Me diz uma novidade – eu disse, ironicamente
          Enquanto Jéssica ficava na cozinha, admirando o autógrafo de Lucas, eu e o pessoal fomos para o porão, conversar sobre o que aconteceu.
-Estou confusa. Pensei que ela anulasse poderes – exclamou Karol
-E anula. Menos os de Lucas – eu disse
-Por que ela não consegue anular meus poderes? – disse Lucas C
-Você acha que EU tenho a resposta? – exclamei
-Podemos perguntar a Jéssica – sugeriu Jose
          Assim que fomos até a cozinha, percebemos que ela havia sumido.
-Algum outro plano, Jose? – disse Ana, ironicamente
          Pedimos que Lucas S rastreasse Jéssica pelo seu pensamento, mas ela bloqueava seus poderes. Não tinha como achá-la.
-Não consigo sentir o cheiro dela – eu disse
-Vamos fazer à moda antiga: vamos procurar – disse Thaís
          Nos separamos e fomos cada um para um lado. Sabia que devíamos ter comprado um celular para Jéssica.
          Foi então que me toquei de onde ela estava: na sede da CCB, junto com o pai.
          Liguei para o pessoal e marquei de ir até a CCB com eles. Nos encontramos lá e Lucas C disse à segurança que seria entrevistado. Surpreendentemente, acreditaram.
          Fomos até o camarim de Jack Williams, procurando por Jéssica.
-O que fazem aqui? – ele perguntou, de maneira sonsa
-Cadê ela? Cadê a Jéssica? – perguntei agressivamente
-Aqui, comigo – ele respondeu
          Levamos um susto com sua resposta. Pensávamos que ele fosse esconder Jéssica.
-Por que você não a escondeu? – perguntou Manu
-Porque não preciso. Estamos viajando para o Caribe – respondeu Jack
-Como é? – disse Jose
-Me desculpa. Não tenho opção – disse Jéssica
-Tem sim. Fica com a gente – eu disse
-Não posso – ela disse, deixando algumas lágrimas descerem pelo seu rosto
          Ela e o pai pegaram suas malas e se prepararam para ir.
-Peraí – disse Lucas C, segurando Jéssica pelo braço – Mas... e as respostas? Eu preciso saber por que você  não me afeta
-Olha, agora não é a hora – disse Jéssica, puxando seu braço
          Jéssica se aproximou de Lucas C e lhe deu um beijo na testa.
-Me desculpa – ela disse, deixando Lucas confuso
          Ela e seu pai foram embora, se dirigindo à sua viagem ao Caribe.
-Então é isso? Ficamos sem as respostas? – disse Lucas C, inconformado
-Parece que sim – eu disse
          Eu e Lucas C nos ajoelhamos e ficamos parados ali, perplexos

Obs do autor: Se eu fosse vocês, gravaria bem esse capítulo na memória. Ele será muito importante no futuro. (Mistériooo)

63- Missão Quase Impossível

ª
-E então? O que acharam do plano? – perguntei
-Adoramos! – elas disseram em uníssono
-Vamos virar criminosas! – disse Karol
-Nem todas. Nath já é uma – brinquei
-Vocês não esquecem isso mesmo, hein? – ela recamou
-Como íamos esquecer que você deu a luz em uma cela de cadeia? – brincou Ana
         Resumindo, o plano era esse: iríamos “sequestrar” Jéssica. Levaríamos ela para Hollywood com a gente sem que seu pai soubesse.
-Eu não acredito que você foi capaz de pensar nisso enquanto eu me declarava – disse Pattison, indignado
-Você me conhece há 2 anos. Não podia esperar menos – brinquei
         Ana foi até o hotel, disfarçada de secretária, e arrumou um uniforme para Nath. As duas iriam se infiltrar na recepção do hotel para descobrir onde estava Jéssica.

PDV da Ana

         Eu e Nath fomos até a recepção do hotel, disfarçadas de meras secretárias. Começamos a vasculhar o computador, procurando pelo quarto onde Jéssica estaria.
-Aqui diz que é o quarto 41 – eu disse – Pergunta pra uma das secretárias se ela está aqui ou se saiu
         Nath foi até uma das secretárias para fazer o que lhe pedi.
-Ela está aqui sim – ela me disse
         Avisei a Allanis e nós todas fomos para o 3º andar, onde ficava o quarto 41. Assim que chegamos, demos de cara com uns seguranças fortões.
-Vocês não estão autorizadas – eles disseram
         Descemos para o 2º andar e tentamos pensar em algo.
-E agora? Qual o plano B? – perguntou Karol
-Já sei! – eu disse
         Usei meus poderes para ter a forma de uma camareira. Passei pelos seguranças com a desculpa de que iria limpar o quarto 41. Porém, o quarto estava vazio.
-Não tem ninguém aqui! – exclamei
-Jack e a filha saíram há horas – respondeu um dos seguranças
         Depois que eu saí da forma de camareira, avisei às garotas.
-A secretária disse que não sabia. Imaginei que ela estivesse – disse Nath
-Sua anta! – gritou Allanis
-Anta é você – rebateu Nath
-Não, é você! – disse Allanis
-É você!
-Você!
-Você!
         Nath puxou o cabelo de Allanis, que fez o mesmo. As duas caíram no chão e saíram rolando pelo chão, brigando.
-Sinto pena do Eric – disse Karol
-E do Pattison – completou Manu
         Por fim, fomos expulsas do hotel.
-Vocês ficam acordadas à noite pensando em jeitos diferentes de me envergonhar? – briguei com as duas
-Desculpa – ela disseram, envergonhadas
-Peçam desculpas uma a outra. Agora! – ordenei
         Eu parecia aquelas mães que dão bronca nos irmãos que acabaram de brigar. Depois que elas fizeram as pazes, retomamos a missão.
-Plano C? – perguntou Bianca
-Vamos atrás da Jéssica! – disse Nath

Fim do PDV da Ana

         A equipe de televisão havia encontrado o homem mais gordo do mundo e Jack Williams estaria lá, definitivamente. E se Jack estaria lá, Jéssica também estaria.
         Eu ainda estava descabelada devido à briga com Nath. Aliás, minha blusa estava rasgada e meu colar, despedaçado. A única pessoa ali que poderia se passar por repórter rica era Ana.
-Por que eu? – ela perguntou
-Eu vou causar uma ótima impressão com esse cabelo arrepiado! – eu disse com sarcasmo
-Ah, eu tenho que fazer tudo aqui! – ela reclamou
         Ela usou seus poderes para se passar por uma repórter. Ela facilmente se infiltrou entre eles.
-Como eles acham que ela é repórter? Ela nem tem um microfone! – eu disse
-Vai ver ela tem manja pra repórter – sugeriu Nath
         Pouco tempo depois, Ana veio com um sorriso no rosto.
-Consegui! – ela disse
-Sério? – perguntou Manu
-Você acha que eu brinco em serviço? – ela riu
         Nós a encaramos quando ela disse isso.
-Tá, já entendi! – ela disse, irritada – Ela está na praia. Vão procurar ou continuar me zoando?
         A praia estava lotada. Resolvemos nos separar para tentar achá-la mais rápido. Eu facilmente a achei pois meus poderes serviram de radar para achar os poderes dela.
-Você está aí! – eu disse
-Como vai? – ela perguntou, me abraçando
-Não temos muito tempo. Vamos!
-Para aonde? – ela perguntou
-Hollywood – respondi
         Ela ficou bastante animada com o fato de ter sido “sequestrada”. Pedi a Pattison para transportar todas nós para Hollywood.
-Bem-vinda à cidade dos sonhos! – eu disse, com um sorriso – E seja apresentada à Família Voture!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

62- A Cura

         O sol estava brilhando. Bastante. A luz do sol estava tão forte que era quase impossível continuar dormindo.
         Levantei da cama, ainda sonolenta, e me arrumei. Fui para o saguão do hotel, onde estavam Nath, Marcelo e Bianca. Nath guiava Eric em seu carrinho. Ele parecia estar se divertindo com o passeio a Miami. Estava bagunceiro como a mãe.
-O que vamos fazer hoje? – perguntei
-Ir à praia – respondeu Bianca
-De novo? – eu disse, desanimada
-Em Miami? O que você quer? Esquiar? – Nath disse com ironia
-Pode ser – brinquei – Bom, dispenso a praia. Preciso fazer algo diferente
-Você que sabe – disse Bianca, se despedindo
         Fui até a garagem do hotel para pegar meu carro e dar uma volta pela cidade. Assim que cheguei, encontrei com Ana, Manu e Karol.
-O que fazem aqui? – perguntei
-Viemos te acompanhar – disse Manu
-Você sabe, no caso de você fazer uma maluquice – Ana brincou
-Qual o nosso destino hoje? – perguntou Karol
-A cidade de Maimi – respondi
         Entramos no carro e eu liguei o som no máximo em “Price Tag”, da Jessie J com o B.o.B.

It's not about the money, money, money (A questão não é o dinheiro, dinheiro, dinheiro)
We don't need your money, money, money (Não precisamos do seu dinheiro, dinheiro)
We just wanna make the world dance (Só queremos fazer o mundo dançar)
Forget about the price tag (Esqueça a etiqueta do preço)

Ain't about the (ha) ch-ching ch-ing (A questão não é o din-din)
Aint about the (yeah) ba-bling ba-bling (A questão não são as jóias)
Wanna make the world dance (Queremos fazer o mundo dançar)
Forget about the price tag (Esqueça a etiqueta do preço)

         Rodamos a cidade inteira, visitando pontos turísticos e outros lugares. Paramos em uma lanchonete para descansar e reabastecer. Lá, encontramos Jéssica
-Puxa, que coincidência! – ela disse
         Tenho que concordar. Foi MUITA coincidência. Aliás, uma coincidência “desconfiável”.
-Como vão vocês? – ela perguntou
-Vivos e isso já é muito bom – disse Ana, fazendo com que a gente risse
         Enquanto conversávamos, senti novamente aquela sensação estranha. Convidei Jéssica para se juntar à gente e foi aí que eu disse.
-Eu sinto algo estranho em relação a você
-Algo estranho? Como assim? – ela disse, obviamente desconfortável
         O jeito como ela ficou desconfortável deixou claro.
-Você é uma mutante, certo? – perguntei
-Sou – ela admitiu
-Seu pai sabe? – perguntou Manu
-Claro – ela respondeu
-E como ele lida com isso? – disse Karol
-Bem. Aliás, acho que sou a única mutante que ele aceita
-E o que você faz? – perguntou Ana
-Mostre seu dom. Ou melhor, tente mostrá-lo – ela disse, de maneira misteriosa
         Ana tentou mudar de forma, mas não conseguiu. O mesmo aconteceu com Manu.
-Eu neutralizo os poderes de qualquer mutante que se aproximar de mim – ela respondeu
-É permanente? – Manu perguntou, preocupada
-Não. É só enquanto estiver num raio de 5 metros a minha volta – disse Jéssica
         Fomos até a praia. Precisávamos mostrar aquilo à Bianca e Nath.
-Então... Você é tipo um antídoto? – perguntou Bianca
-Por assim dizer – Jéssica disse
-A gente precisa te levar a Hollywood. O pessoal tem que te conhecer – eu disse
-Acho que não – ela despistou
-Por que? – perguntou Nath
-Eu acho que meu pai não iria gostar muito
         Nós tínhamos esquecido disso. Como iríamos levar Jéssicaa Hollywood se seu pai não iria permitir?
         Antes que pudéssemos pensar em algo, Jéssica teve que voltar ao hotel onde estava hospedada. Seu pai iria desconfiar se ela demorasse muito.
         Enquanto Jéssica ia, mós íamos também. Assim que cheguei em meu quarto, vi em meu celular que haviam 5 ligações perdidas. De Pattison. Retornei as ligações.
-Oi, amor. Como você está? – eu disse
-Ótimo. Como vai a viagem? – ele perguntou
-Perfeita. Miami é incrível! – eu disse, toda boba
-Vai demorar ainda? Estou com saudades
-Vamos ficar só mais um dia. Depois voltamos
-Mais 24 horas? Que tortura! – ele brincou
-Deixa de ser dramático!
-Não estou sendo dramático. Aliás, acho que eu deveria te sequestrar
         Quando me dei conta, ele apareceu em meu quarto, segurando um buquê de flores. Fui correndo para abraçá-lo. Foi aí que eu tive uma ideia.
-Peraí. Me sequestrar? – eu disse, bolando um plano
-É, querida. Não gostou? – ele perguntou
-Na verdade, amei! – eu disse, beijando-o
-Uau! Quanta felicidade! – ele disse, espantado
         Peguei meu celular e liguei para Manu.
-Você não vai acreditar no plano que eu acabei de criar – eu disse
-Qual? – ela perguntou
-Digamos apenas que você vai precisar ativar seu lado criminoso – eu disse de maneira misteriosa

61- Recomeço

         Uma brisa fria soprou em meu rosto. O inverno havia chegado.
         Se passara 1 ano desde que enfrentamos Al pela última vez e que fomos ao enterro de Luis. Muita coisa aconteceu durante esse tempo: Bianca e Finn terminaram; Kel ficou com alguns caras, mas nada deu certo; Lucas S começou a namorar com a Kesha. Muita coisa aconteceu nesse tempo, mas felicidade no amor não foi uma dessas coisas.
         Eu estava arrumando as minhas malas. Estava me preparando para fazer uma viagem a Miami, junto com Nath, Ana, Bianca, Manu e Karol. Marcelo estava em Miami, gravando seu próximo disco e havia levado Eric, o que fez com que Nath insistisse para ir até lá.
         Fazia 1 ano que não enfrentávamos nenhuma ameaça mutante, vampiro, lobisomen, alienígena, fantasma ou seja lá o que for. Estávamos de férias, olhando de certo ponto.
         Eu e as meninas entramois no avião, com roupas de banho em nossas malas. Estávamos indo para Miami e tínhamos que aproveitar a deixa.
         Encostei a cabeça na poltrona, pronta para dormir, quando vi Jack Williams – o mesmo repórter que humilhou Lucas C na TV – entrando no avião. E estava acompanhado por uma garota que parecia ter 20 e poucos anos. Não fazíamos ideia de quem ela era.
-Aquele não é...? – disse Manu
-O mesmo canalha que humilhou Lucas C na frente de todo o EUA? Sim – eu disse
-E quem é aquela garota junto com ele? – perguntou Bianca
-Deve ser mais uma daquelas que se casam com velhos só pelo dinheiro – respondeu Karol
         Dormi um pouco e deixei de Jack Williams de lado. Depois de um certo tempo, percebi que precisava ir ao banheiro. Me levantei e fui, distraída, até o banheiro, sem perceber que Jack estava a minha frente. Esbarrei nele e quase o joguei no chão.
-Tinha que ser a amiga da aberração – ele exclamou
-Aberração, não – eu o cortei – Ele é meu amigo. Amigo que você humilhou em rede nacional
-Não humilhei. Apenas expus a verdade
-Olha só, seu velho caquético – eu disse, irritada
-Que vocabulário! Não podia esperar nada menos de alguém como você
         Começamos a discutir bem ali, no meio do corredor. Foi quando a acompanhante de Jack apareceu para interromper a nossa discussão.
-Pai, está me fazendo passar vergonha – ela disse
         “Pai”? Senti vergonha ao pensar que ela era mais uma interesseira que se casa por dinheiro.
-Jéssica, eu não te chamei – disse Jack
-Ah, para com esse drama! Volta pra sua poltrona e deixa ela em paz – ela ordenou
         Embora não tenha gostado, Jack teve que engolir e desistiu de discutir comigo.
-Me desculpa por isso. Ele tem mania de ser dramático – ela disse rindo, porém bastante envergonhada
-Bom, obrigada – eu disse
         Depois de ir ao banheiro, continuei a viagem como se nada tivesse acontecido.
         Assim que aterrissamos em Miami, sentimos um certo alívio. Embora o inverno estivesse começando em Hollywood, Miami era a terra onde “o sol sempre brilha”.
         Logo depois, fomos até a gravadora para falar com Marcelo. Eu estava acostumada em ver Manu e os Lucas em filmes, mas eu admito que achava estranho estar conversando com Marcelo e logo depois ver “Marcelo feat. Beyoncé” na rádio. Nunca soube o porquê.
         Quando entramos na gravadora, a Fergie passou pela gente.
-Ai, meu Deus. É a Fergie! – gritou Nath
-Você já entrevistou ela. O que tem de mais? – perguntou Karol
-Sei lá. É que, de vez em quando, eu ativo meu “espírito de pobre” – ela brincou
         Nath fazia parte de uma revista famosa e recebia bem, mas não largava os velhos costumes. Ela deu um ataque ao ver que o Akon estava na gravadora também.
-Que bom que você veio – disse Marcelo, beijando Nath
-Claro! Fiquei preocupada com Eric – ela disse, rindo – Ele se comportou?
-Foi um anjo. Rihanna adorou ele – ele disse
-Rihanna esteve aqui? Não brinca! – Nath gritou
-É mais fácil Marcelo ficar com ciúmes dela do que o contrário – Ana sussurrou
         Assim que Marcelo encerrou as gravações de seu disco, nós todos fomos para a praia. Em frente à praia, haviam várias caixas de som tocando “Rabiosa”, da Shakira com o Pitbull. Nós todas começamos a dançar.

Oye papi (Oi, papi)
If you like it mocha (Se você gosta das morenas)
Come get a little closer (Chegue mais perto)
And bite me en la boca (E me morda na boca)

Rabiosa, rabiosa (Nervosa, nervosa)
Come closer, come pull me closer (Chegue mais perto, venha ficar mais perto)
Yo soy rabiosa, rabiosa (Eu sou nervosa, nervosa)
Come closer, come pull me closer (Chegue mais perto, venha ficar mais perto)

-Essa é a minha música! – disse Nath, dançando
-Eu não queria ter uma mãe como ela – disse Bianca
-Na verdade, acho que ninguém quer. Nem o próprio Eric – brinquei
         Quando fui dar um mergulho, esbarrei em uma garota. Era Jéssica, filha de Jack Williams. Será que era meu dia de esbarrar nos outros?
-Me desculpa. Eu sou estabanada – brinquei
-Você é aquela garota com quem meu pai discutiu! Me desculpa por aquilo – ela disse, rindo
-Sem problemas. Ah, e meu nome é Allanis – eu disse, apertando sua mão.
         Eu a levei até o pessoal para que a gente passasse um tempo juntas.
-Pessoal, eu tenho que ir. Meu pai vai ficar uma fera se me encontrar aqui – disse Jéssica
-Por que? – perguntou Ana
-Digamos que ele é “mutantefóbico” – ela brincou
          Ela saiu às pressas e nós continuamos a nos divertir na praia.
         Quando começou a anoitecer, eu e o resto do pessoal fomos para um hotel onde ficaríamos hospedados pelos 3 dias seguintes. Nós estávamos precisando de um descanso.
         Antes de dormir, me lembrei de algo: quando estava com Jéssica na praia, eu senti algo estranho. Uma vibração estranha. Minha intuição me dizia que tinha algo de errado com ela. Mas o que?

domingo, 12 de junho de 2011

Especial - Dia dos Namorados

Assim que entramos na rua da mansão, Pattison foi reduzindo a velocidade do carro, até que paramos em frente ao portão principal.
- Você ainda está muito mal, não é? - ele perguntou, acariciando meu rosto - Allanis, você tem que sair dessa. Olha, amanhã é o dia dos namorados. Já preparei uma surpresa...
O silenciei com um beijo. Eu não estava pronta para ter uma surpresa, Luis acabará de ser enterrado, e isso significava nada de comemorações, pelo menos por um tempo. Ele devia entender como eu me sentia, pelo menos agora.
Assim que me distanciei, ainda com a mão em seu pescoço, olhei pela janela do carro e havia um grande tumulto em frente a mansão.
- Fãs loucos para conhecer Lucas C, o mutante e celebridade do momento. - eu disse e vi algumas milhares de revistas teens no banco de trás do carro, que estampavam ele na capa - Ele está ficando cada vez melhor.
- Ei, vamos entrar. - ele disse, ligando o carro e os seguranças foram afastando a multidão para poder entrarmos com o carro.
Havia um palco formado próximo a piscina, assim que sai do estacionamento, vi que Manu estava próximo então a chamei.
- Kesha criou uma música para o Lucas, amanhã é o dia dos namorados e bom... a ideia veio do Pattison.
- Você tem se comunicado com ela? - perguntei o encarando, ele sorriu.
- Qual é, ela estava carente e queria preparar uma surpresa para ele. - ele disse e passou o braço pelo o meu ombro - Relaxa, esse Pattison é só seu.
- Vou sair daqui, antes que meu açúcar aumente e eu fica com diabetes. - ela disse saindo, nos aproximamos da piscina, e, assim que Kesha nos viu, ela veio correndo me abraçar.
- Achei interessante a ideia de fazer a dedicação da música ao Lucas.
- Eu sei, obrigada Pattison, acho que essa foi a melhor música que já escrevi. - ela disse com os olhos brilhando - Mas, Lucas foi um idiota.
- Ele sempre é. - eu disse seria - Mas, para que tudo isso?
- Eu não vou passar meu dia dos namorados sozinha.
- Garota de atitude. - disse Pattison e eu o encarei - Acho melhor ir chamar o Lucas.
- Faça isso. - eu disse e sorri.
Assim que eles se aproximaram, Kesha começou a cantar "Feels Like Rain", e foi lindo.
Lucas ainda ficou a encarando, mas depois, ele subiu ao palco e a beijou.

No dia seguinte...

Senti um vento gélido entrando pela janela do meu quarto, enquanto lábios quentes beijavam meu pescoço, e um delicioso cheiro de torrada com geleia de morango vinha de alguma canto da casa.
- Café na cama. Trouxe tudo o que você mais gosta. - ela disse. Isso explica o cheiro de geleia.
Me levantei lentamente e ele beijou-me mais uma vez, como em todas as manhãs.
- Ah, fala sério. - disse Jose, entrando no quarto - Uma hora dessas da manhã? - ela perguntou.
- Para beijo não tem hora. - respondi sarcasticamente.
- Eba! Geleia de morango, adoro! - ela disse, se sentando na cama - Estou atrapalhando alguma coisa?
- Não. Bom, Allanis, te espero lá embaixo. - disse Pattison, me dando um selinho rápido - Foi bom te ver, Jose.
- É, foi bom te ver denovo. - ela disse e Pattison saiu - Quer torrada? - ela disse, apontando uma para mim - Come vai.
- Sai daqui. - eu disse calmamente.
- Ah, ainda bem que tocou nesse ponto. Sabe, eu estou solteira, sozinha e minha carreira de cantora afundou. Tem como passar o Dia dos Namorados pior?
- Tem sim: morta. - eu disse, agora começando a me irritar.
- Eeee, tá ficando chata. - ela disse.
- Ah, você estragou o maior clima de romance.
- Ai meu Deus. - ela disse, colocando a mão na cabeça - Eu não acredito que eu fiz isso. Eu sou um ser humano horrível.
A encarei e ela saiu do quarto, tentando concertar tudo.
Tomei meu café e depois tomei um banho, coloquei um short e uma blusa larga branca com uma desenhos.
Pattison estava no terraço - ou teto, como preferirem - com um helicóptero.
- Pattison, o que é isso? - perguntei curiosa.
- Um helicóptero.
- Não, um elefante com asas. - disse sarcasticamente - Isso é... para mim? - perguntei.
- Tudo o que eu faço, é para você. - ele disse, me abraçando e eu o beijei - Agora vamos, já estamos atrasados.
- Para que estamos atrasados? - perguntei curiosa.
Ele não respondeu, apenas me ajudou a entrar no avião.
A vista era incrível, não havia palavras para definir aquilo. Era tudo tão... perfeito.
Depois de mais ou menos uns 30 minutos de voo, chegamos a uma ilha.
- Pattison, o que é isso? - perguntei, notando que estavam todos os meus amigos reunidos em uma pequena cerimonia.
- Já ouviu falar em faz de conta que acontece? - ele brincou.
Eu estava me casando, de brincadeira, claro, mas era tudo tão lindo.
Nossos votos eram simples, sinceros, que iriam durar por toda uma vida - em nossas lembranças.
- Foi o melhor presente que eu já ganhei na vida. - eu disse, abraçando Pattison.
- Eu te amo. - ele disse, por fim.
Ele me beijou mais uma vez, como nosso primeiro beijo.
Eu o amava.

*Esta capítulo não faz parte da fanfic, como disse no início, é o "especial: dia dos namorados".