quinta-feira, 24 de março de 2011

39 - Encaixe

 Todos ficamos em estado de choque com a partida da Isa. Assim que sai do aeroporto, voltei correndo para o hospital para poder ver como estava Pattison.
 Apertei minha mão contra a maçaneta e girei para entrar no quarto.
 - Você está melhor? - perguntei.
 - Estou sim, o médico disse que hoje de tarde já posso ir para casa. - ele disse sorrindo - E, a propósito, feliz aniversário.
 - 15 de fevereiro? - perguntei curiosa.
 Ele respondeu positivamente com a cabeça e deu um sorriso.
 - Desculpe não ter comprado nada. - ele disse triste - Mas, no meu estado, fica mais difícil.
 - Só de você estar vivo, isso me mantém muito mais feliz. Um presente sem tamanho. - disse sorrindo.
 - Seus amigos não...
 - Não, eles não lembraram. - respondi de cabeça baixa.
 - Eu... sinto muito. - ele disse, me dando um beijo na testa.
 Lucas bateu levemente na janela, exitei em atender, mas Pattison me disse que talvez fosse importante.
 - Feliz aniversário. - ele disse me abraçando - Seu presente está no carro. O Pattison está pronto? - ele perguntou e eu o encarei.
 - Pronto para que? - eu perguntei confusa.
 - Consegui falar com o médico que atendeu ela, e Pattison vai ser liberado hoje.
 - Sério?! - gritei, pulando no pescoço do Lucas.
 - Agora, vamos, vou ajudar vocês a arrumarem as malas.
 Arrumamos as coisas e deixamos o hospital.
 Assim que chegamos em casa, vimos uma multidão e Pattison se sentiu confuso.
 - Lá dentro eu explico. - disse, entrando no meio da multidão para conseguir entrar em casa.
 Quando estávamos no nosso recanto feliz, todos abraçaram Pattison e, mais uma vez, esqueceram de me parabenizar. Deixei o assunto morrer, não iria lembrar todos de uma assunto que eles não podiam nem em sonho esquecer.
 - Vocês não estão esquecendo de nada? - perguntou Pattison.
 Belisquei sua bunda e logo ele calou a boca.
 - Tem razão, revisão do carro. - disse Kel - Vejo vocês mais tarde. - e saiu.
 - Nós precisamos conversar. - disse o Lucas e a Manuh se aproximando de mim.
 - É importante. - observou Lucas.
 Deixei Pattison sentado no sofá e fomos para o escritório.
 - O que vocês querem? - perguntei mal humorada.
 - Decidimos que não vamos mais procurar as horcruxes. - disse Manuh.
 - COMO É?! - berrei.
 - Calma, vamos terminar de procura-las como souber como destruir essas daqui. - disse Manuh apontando para o medalhão, a adaga, o cristal e agora o anel.
 - Eu já sei onde vamos encontra-la. - eu disse - Não lembram do que o AL nos mandou quando estávamos no Brasil?
 Eles se encararam e não responderam.
 - "Ao lugar inesperado poderá estar, mas a pessoa correta, entre nós pode não mais estar", isso não lembra nada a vocês?
 - Não. - responderam os dois em coro.
 - Assim que voltamos para Forks, Alice não deixou que abrissemos o túmulo de Jubs, ou seja, ela não estava em si. Ela estava possuída. - disse, sem perceber minhas próprias palavras.
 - Como assim? - perguntou Manuh.
 - O medalhão já fez isso conosco. - disse Lucas - Acha que ela pode estar com o... com o verdadeiro?
 - Não, o medalhão verdadeiro domina a pessoa mas não até certo ponto. - eu disse pensativa - Alice sabia o que estava fazendo.
 - O que você quer dizer com isso? - perguntou Manu.
 - Alice não nos deixou aproximar-mos do túmulo de Jubs, significa que tem alguma coisa lá dentro que pode nos ajudar. - disse sorrindo - Forks, aí vamos nós.
 - Não acha que devíamos avisar ao pessoal? - perguntou Lucas.
 - Já os metemos em problemas demais. Seremos só nós, e isso não sai daqui. - disse fitando ambos.
 Arrumamos nossas malas e, na mahã seguinte, antes que todos acordassem, Lucas pegou seu helicóptero e fomos para Forks. A iagem seria demorada, então, aproveitei para que pudesse ouvir músicas e por nossos planos no papel. Eu só voltaria para casa com a espada, e nada me faria mudar de ideia.

segunda-feira, 21 de março de 2011

38- Adeus e Boa Sorte

          Estávamos todos sentados à mesa tomando café. Bom, todos menos Kel, que não aceitava se sentar na mesma mesa que Kah. Rafah estava olhando o vazio.
-Aí, Rafah – eu disse, puxando conversa – Gostou da nova música do Jay-Z?
-Adorei – ela disse, ainda encarando o vazio
-Mentira! Você odeia o Jay-Z – eu disse – Me diz: por que você tá assim?
-É que eu tô gostando de um carinha do trabalho – ela respondeu
-Dos desfiles de moda? Se for hétero já é ponto! – eu disse
          Ela se irritou e foi conversar com Kel e Kah, suas melhores amigas, mas elas acabaram brigando.
-Posso te ajudar com ele? – perguntei
-Eu não sei... – ela tentou desviar
-Também não tem como tentar com elas duas – apontei para Kah e Kel
-Ahn... já que não tenho opção mesmo... – ela disse, desanimada

PDV da Isa

          Eu estava sentada no sofá assistindo “Glee” quando o telefone tocou. Fui correndo para atender.
-Isabela Lisboa? – perguntou o cara
-Sim – respondi
-Aqui é Carl Simpson. Vim falar sobre a sua transferência para a MGB de Londres – ele disse
-Ah, sim – eu disse
-Já se preparou? É amanhã!
-Já sim. As malas já estão prontas. Só preciso de um tempo para... me desapegar das coisas que eu amo
          Desliguei o telefone e me sentei no sofá, perto de Kel. Comecei a chorar e ela estranhou.
-O que houve, Isa? – ela perguntou
-Nada... – eu disse, secando as lágrimas – Eu só... me emocionei com a música que eles estão cantando no Glee
-“S&M”? Desde quando você se emociona com indecência? – perguntou Kel
-Você sabe, é que eu gosto de bebês – eu disse, disfarçando

Fim do PDV da Isa

          Rafah se preparou para ir ao trabalho e eu a segui.
-Quer largar do meu pé? – ela disse, irritada
-Eu quero te ajudar – eu disse
          Nathália apareceu e se intrometeu na conversa.
-O que houve? – ela perguntou
-Rafah tá a fim de um carinha do trabalho – eu disse, rapidamente
-Dos desfiles de moda? Tem sorte se for hétero – disse Nathália
-Ah! – gritou Rafah – Ele é da iluminação e é um fofo comigo
-Sinto muito, amiga. Mas não perca as esperanças porque um dia vai encontrar um garoto hétero para ser sua alma gêmea – disse Nathália
-Ele não é gay – disse Rafah, irritada
-Me deixa te ajudar – eu pedi
-Tá legal... – ela concordou
-Eba! – gritei
          Entramos no carro e fomos para o trabalho de Rafah.

PDV da Isa

          Fui para a cozinha, lavar a louça. Manu e Thaís vieram conversar comigo.
-Menina, entrou um cara novo lá no meu trabalho. De-lí-cia! – disse Manu
-Ahan – eu disse, meio-triste
-Você tem que conhecer ele! – disse Thaís
-Acho que não vai dar... – eu disse
-Por que? – perguntou Manu
-Porque...
          Antes que eu pudesse terminar, Lucas C e Julie chegaram e acabaram me interrompendo.
-Vocês viram o filme que vai estrear? – disse Lucas
          Eles começaram a conversar e eu voltei a lavar a louça. Estava pensando: como será a minha vida sem o pessoal?

Fim do PDV da Isa

          Chegamos ao trabalho de Rafah, onde estava o tal carinha.
-Qual o nome dele? – perguntei
-Rudolph – ela respondeu
-Rudolph?! Você está apaixonada por uma rena do Papai Noel?
-Eu sabia que não devia ter te trazido – ela disse, brava
          Eu a acompanhei e acabei conhecendo o tal garoto. E até que ele não era feio. Resolvi colocar meu plano maquiavélico em ação: fui até o camarim e cortei o salto de um sapato de Rafah.
          Na hora do desfile, seu salto quebrou e ela caiu da passarela. Adivinha quem a salvou?
          Rafah tascou-lhe um beijo e ele a pediu em namoro.
-De nada – eu disse para Rafah
          É, até que eu daria uma boa cupida

PDV da Isa

          Reuni todo o pessoal na sala de estar para avisá-los. Rafah e Allanis chegaram bem na hora e eu pedi para que elas se sentassem.
-O que houve? – perguntou Allanis
-É! Estou preocupada – disse Jose
-O que eu tenho a dizer não é muito fácil para falar – eu disse
-Você está grávida? – perguntou Nathália
-Não. Que eu saiba ainda não trocamos de corpo – respondi
-Diz logo o que é então, mulher! – disse Ana, de maneira impaciente
          Respirei fundo e comecei a falar.
-Vocês sabem como eu adoro viver com vocês. Todos os 6 anos que eu passei com vocês foi... maravilhoso! Ficar com todos vocês foi a melhor coisa que já aconteceu na minha vida – eu disse
-Estou começando a me assustar. O que você está querendo dizer? – perguntou Kah
-Por mais que me doa dizer, eu preciso dizer: eu vou embora. Estou indo para Londres
          A sala ficou em silêncio por alguns minutos e depois o silêncio foi quebrado por Manu.
-Como assim? – ela perguntou
-Eu fui transferida para a filial da minha empresa, em Londres – expliquei
-Por que você não trabalha aqui? – perguntou Lucas C
-O emprego lá... o salário é muito melhor – eu disse – O meu vôo sai daqui a algumas horas. Vocês vêm?
          Eles me acompanharam até o aeroporto para se despedirem.
-Sentirei falta – disse Jose, me abraçando
-Adeus – disse Manu, me abraçando entre lágrimas
          Allanis chegou até mim, chorando. Ela parecia não saber o que dizer. Ela me abraçou e sussurrou em meu ouvido:
-Adeus... e boa sorte
-Obrigada – eu disse, chorando
          Eu me despedi de todos e entrei no avião.
-Adeus... – eu disse, olhando pela janela

Fim do PDV da Isa

sábado, 19 de março de 2011

37- Disque "A" para Assombração

PDV da Manu

-Ah, e eu vou sozinha? – perguntei, indignada
-Veja isso como um “dia eu” – brincou Allanis
-Sua ingrata! – resmunguei
          Enquanto Allanis ficava no hospital com sua “greve de horcrux”, eu voltava à mansão para me preparar para a viagem.
          Assim que cheguei, encontrei 3 caminhões de mudança, chegando. 2 estavam cada em um em uma casa ao lado da mansão. As casas ao lado da mansão possuíam uma imensa e vasta multidão que ia de repórteres a adolescentes histéricas.
          Abriu-se um espaço no meio da multidão, espaço de onde saíram 4 pessoas conhecidas: Nath, Lucas C, Julie e o rapper Marcelo.
-Pessoal! – fui correndo para abraçá-los
-Também é bom rever você – disse Nathália, com um sorriso
-Qual é a emergência? – perguntei
-Acho que fãs histéricas – brincou Lucas C
-Isso quer dizer... – comecei
-...que viemos para ficar desta vez – completou Julie
          Expliquei a eles que estava indo a Londres atrás de uma horcrux. Lucas e Nath se dispuseram a ir, enquanto Julie ficava em casa para cuidar de Jen; e Marcelo foi dar autógrafos. Foi então que vi alguém conhecido na casa à frente da mansão.
-Bianca! – gritei, correndo para abraçá-la – Quanto tempo!
-É... 8 anos – ela disse – Nem acredito que meus amigos são mutantes também! – ela disse, se referindo à Lucas e Nath
-“Também”? – perguntou Lucas C
-É! Eu sou mutante como vocês! – ela disse, rindo
-Como é? – perguntou Nath
-Quer ir a Londres com a gente? – perguntei
-Claro! – ela respondeu
          Fomos até o aeroporto e compramos passagens para Londres.
          Assim que chegamos em Londres, fomos direto para a Torre de Londres.
-Peraí... Não é essa a Torre mal-assombrada? – perguntou Bianca
-É – respondi
-Será que o Gasparzinho está lá dentro? – perguntou Nathália
          Nós a encaramos e ela se calou. Eu empurrei a porta e ela fez um rangido, como aquelas portas de filme de terror.
-Bom, o Gasparzinho eu não sei, mas tem algo lá dentro. Pelo menos, dizem que tem – eu disse, entrando na Torre com eles
          Entramos no corredor escuro e Lucas o iluminou com uma bola de fogo, porém só iluminava a região onde estávamos, enquanto o caminho a nossa frente continuava escuro.
          Allanis havia ativado meus poderes no hospital, então me blindei de diamante para refletir a luz e iluminar mais o corredor. Seguimos em frente e chegamos a uma biblioteca.
-Saudades da escola? – brincou Lucas C
          A biblioteca era imensa! Equivalia a 3 da biblioteca da escola em Berlim.
-Vamos procurar! – ordenei
-Tá brincando, né? – disse Bianca – É como achar uma agulha no palheiro!
          Lucas lançou a bola de fogo na lâmpada, iluminando toda a biblioteca.
-Procurar é o plano A. Depois a gente pensa no plano B caso algo dê errado – eu disse
          Exatamente quando terminei a frase, soprou uma brisa e a luz se apagou, voltando à escuridão total.
-Plano B? – sugeriu Bianca
-Dividir e conquistar. Vamos nos separar pra ver se achamos a horcrux ou o espírito – eu disse
-Gasparzinho?! Cadê você, meu filho? – gritou Nathália
-Isso é a vida real, não o Scooby-Doo, Nathália – reclamei com ela
          Fomos cada um para um lado. Entrei em um corredor, escuro como todo o resto do local. Havia algumas portas e um outro corredor no fim. Fui até o fim do corredor e dei uma espiada. Foi então que vi uma mulher de vestido branco, sem cabeça.
          Ela carregava a cabeça em sua mão. Voltei para o corredor e abri uma porta. A porta fez um rangido sonoro. Rapidamente entrei na sala e fechei a porta.
          Me blindei de concreto e fiquei ali esperando. Liguei para Bianca e pedi para ela ir aonde eu estava.
          Fiquei deitada ali e acabei dormindo. Acordei assustada quando começaram a bater freneticamente na porta. Pensei em abrir, mas fiquei receosa. Foi então que Bianca avisou que era ela.
-Ufa!Ufa! Pensei que fosse o fantasma! – eu disse
-Você viu o Gasparzinho? Cadê?! – ela perguntou
-NÃO TEM GASPARZINHO! – gritei
          O meu grito causou um forte eco e eu vi que fiz besteira.
          Rapidamente, o espírito da mulher sem cabeça apareceu. Ela parecia irritada. A fantasma correu na nossa direção e eu fechei os olhos, preparada para morrer, até que eu vi que a fantasma não nos atingiu. Bianca nos protegeu com um escudo de energia.
-Boa! – eu disse
-Mas não ótima. Precisamos atacá-la – disse Bianca
-Ok. Entendi – eu disse, pegando meu celular
          Liguei para Lucas C e Nathália, assim eles poderiam nos ajudar. Rapidamente, eles chegaram ao local. Lucas se transformou em vento e conseguiu lutar com a fantasma.
-Intangível alcança intangível – ele disse
          Ele a pegou pelo pescoço e lançou contra a parede. A fantasma rapidamente desistiu.
-Ah! O meu descanso não vai chegar nunca? O que os vermes fazem aqui? – ela perguntou
-Precisamos de sua ajuda para achar uma horcrux – eu disse
-Fala disso?
          A fantasma tirou seu anel do dedo e passou para mim. O anel brilhou quando eu o toquei.
          Quando nos demos conta, a fantasma desapareceu.
-Acho que era isso que não a deixava descansar em paz – disse Lucas
          Ouvimos um barulho e percebemos que era Al e seus capangas. Demos as mãos e Lucas nos levou à Hollywood.
          Assim que chegamos, uma multidão veio falar com Lucas e Nathália.
-Nathália! Eu te amo! – gritou um cara
-Jura? Eu também! – ela disse, rindo
          Voltei à mansão e guardei o anel. Acho que até foi bom ter um “dia eu”.

Fim do PDV da Manu

                                                                                                                             Autor::. Lucas Cordeiro

sexta-feira, 18 de março de 2011

36 - Inesperado

 Nenhuma das pessoas que se passaram por esta cela sobreviveram, você será uma dessas.
AL começou quando era muito pequeno, e desde então, a tragetória de vida vem passando de
geração a geração. Os meus filhos, netos e bisnetos estaram possivelmente no tempo desta
praga, e que em vida, serão os piores dias de sua existencia.
Minha família foi vítima de uma morte terrivel, foi uma morte lenta, dolorida e triste,
ao contrário de mim, que minha morte foi rápida e não senti dor alguma. Hoje em dia
nossos espiritos descanção em paz, graças a uma única maneira de nossos antepassados.
Alvo era uma pessoa intêligente, e muito rigoroso, e tinha a ambição de um dia conseguir
conquistar a vida eterna, o que o levou a criar suas Horcrux. Embora eu nunca tenha acreditado muito nesta versão da história.
AL era uma criança estranha, sozinha, não tinha amigos, família ou conhecidos. Era como se ele fosse uma criação de laboratório. Conforme o tempo foi passando e Alvo crescendo, ele pegou amor e um desejo incontrolável pela a morte, matando sempre que conseguia sequestrar suas vítimas,
até que em 1936 Alvo morreu, deixando uma filha, Lucianah, que levou o nome de seu pai
novamente ao terror, e continuou suas obras de crueldade, e até que, em 1995, Lucianah deu a luz a uma filha linda, mas que, mais tarde, levaria o mesmo destino de toda a sua família.
Uma maldição havia sido lançada aquela família,
apenas o escolido pode destrui-la.
Siga em frente e destrua a última herdeira da família Learth, caso a filha de Lucianah procrie,
será preciso matar a criança.

Ana Bolena

 Naquele momento, a única coisa que eu sabia era que, provavelmente, Ana Bolena deveria ter sido morta por AL, mas antes, ela queria me ajudar a destruir a família Learth.
 Segui pelo corredor direito, e mais a frente, eu ouvia barulhos, como se ouvesse uma batalha. Apaguei o fogo ao me aproximar e olhei para a sala.
 Havia uma única saida, mas eu teria que passar por todos os seguidores do AL para conseguir sair.
 Respirei fundo e entrei na sala. Todos me encararam e encontrei Elisabete do outro lado da sala.
 - Olhem só quem veio se juntar a nós. - ela disse com sua voz fina - A menina Rodrigues.
 - Eu só quero sair daqui em paz, sem brigas. - alertei.
 Todos riram, como se eu tivesse dito alguma piada.
 - Para você sair, você terá que batalhar. - disse um homem alto e com os braços e pernas gordos - Para conseguir sua liberdade.
 A porta atrás de mim se fechou e eu estava trancada dentro sala com todos eles.
 - HAHAHA. - riu Elisabete - Acho que dessa vez, seus amigos não te virão para te... salvar. - ela disse cuspindo.
 - Você se engana. - disse uma voz do outro lado da sala.
 Quando olhei, estava Pattison, Lucas e Manuh.
 - Como vocês chegaram aqui? - ela perguntou irritada.
 - Pattison é um mutante. - respondeu Lucas, dando um passo a frente - Ele estava preocupado com a Allanis, então, pedi para que ele se concentrasse e pensasse na Allanis, e só nela. Viemos parar neste lugar estranho bem a tempo de ouvir você dizendo que ela não lutaria sozinha. Mas ela tem a nós.
 Pattison segurou a Manuh e veio para o meu lado, passei a mão em sua cabeça e a transformei em metal. Encostei a mão nela e adquiri seus poderes.
 Fui até onde Elisabete estava e lhe soquei o rosto, enquanto todos os outros estavam batalhando, eu estava concentrada em acabar com a vida dela.
 A chutei e ela bateu na porta.
 Assim que ela se levantou, estavamos juntos eu, Manuh, Pattison e Lucas, prontos para voltar para casa.
 Me concentrei o máximo que eu conseguia para visualizar a nossa casa, mas um objeto brilhante veio voando em nossa direção, e quando desaparatamos, senti sangue escorrendo em minhas roupas.
 Em questão de segundos estavamos deitanos no gramado da mansão, Pattison estava um pouco distante de nós, e ele estava gemendo.
 - Patt... - sussurrei e fui correndo em direção a ele - ME AJUDEM! POR FAVOR, ME AJUDEM! - gritei desesperada - Pattison, resista, por favor... por mim.
 Ele fixou seus olhos em mim e eu lhe dei um beijo.
 - Obri... ibrigado por... me fazer... o ho... homem... mais...
 - Shi, não fala nada! - sussurrei - POR FAVOR, CHAMEM AJUDA! - berrei e todos vieram para o gramado.
 Isabela se aproximou e pegou o pulso dele. Eu me assustei com o movimento.
 - Ele não tem mais do que 1 minuto de vida. - ela respondeu me olhando - Receio que esse seja o fim do Pattson.
 - NÃO! - eu disse batendo a Isa - NÃO! NÃO É O FIM! - gritei a empurrando para trás - Eu vou tirar a faca.
 - Não. Isso só irá piorar. - ela rebateu - Ele terá uma hemorragia interna se você fizer isso.
 - ALGUEM LIGA PARA A AMBULÂNCIA, SAMU, SEI LÁ! - berrei e me agachei ao lado do Pattison - Vai ficar tudo bem, você vai ver. - eu respondi chorando.
 - Eu... eu te... am... amo. - e foram as suas últimas palavras.
 Peguei meu carro e o coloquei dentro, graças a Deus moravamos na cidade e havia um hospital ali perto. Pattison foi internado as pressas e seu estado era grave.
 Eu não queria aceitar. Será que seria sempre assim? Eu nunca encontraria a pessoa certa?
 Como eu não podia entrar na sala de cirurgia, tive que ficar esperando, e graças a Deus, em poucos segundos Lucas e Manuh chegaram.
 - Era para ter me acertado. - resmunguei.
 - Ei, nós saberemos a hora que você tiver de partir. - respondeu Lucas, me entregando um copo de água com açucar.
 - E seu momento não é agora. - completou Manuh.
 - Eu quero, agora... - disse chorando - A qualquer custo, destruir... o AL. Toda a família dele!
 Ambos me encararam sem saber o que eu estava falando, embora compreendesse meu ódio.
 - Bom, acho que você vai gostar de saber das nossas fontes. - começou Manuh.
 - Como assim? - perguntei confusa.
 - Na hora que te ligamos, bom... acho que já descobrimos onde está a próxima horcrux.
 Eu os encarei boquiaberta. Não sabia o que dizer.
 - E onde está? - perguntei rápido.
 - Bom, é um lugar conhecido. - respondeu Lucas - E, dizem, que lá é mal assombrado.
 - E aonde fica?
 - Na Torre de Londres. - respondeu Manuh.
 - E por trás disto, existe uma história - disse Lucas -, você gostaria de ouvir? - ele perguntou.
 Concordei com a cabeça.
 - O Palácio Real e Fortaleza de Sua Majestade A Torre de Londres, mais comumente conhecida como a Torre de Londres (e historicamente simplicado para A Torre) é um monumento histórico na área central de Londres, Inglaterra, na margem norte do rio Thames. - ele respondeu, como se a história já estivesse decorada na ponta de sua língua - Talvez o mais conhecido residente fantasma é o espírito de Ana Bolena, uma das esposas de Henrique VIII, que também foi decapitada na Torre em 1536. O seu fantasma já foi visto em várias ocasiões, algumas vezes carregando a sua cabeça, na Torre Green e na Torre Chapel Royal.
 - E, achamos que possa estar em uma das duas torres. - respondeu Manuh.
 - Qual é o nome do espírito da mulher? - perguntei curiosa.
 - Ana Bolena. - respondeu Lucas - Está em alguns livros de história. Mas, será que vale apena irmos lá?
 O encarei perplexa.
 - Mas é claro! - respondi me levantando - Ana Bolena também foi perseguida pelo o AL. Descobri isso quando estava trancada naquele maldito lugar.
 - Allanis, você tem certeza? - perguntou Manuh - Ela simplesmente poderia estar protegendo a horcrux.
 - Porque se tiver, acho que deveriamos ir agora a Londres. - completou Lucas.
 - Learth... - sussurrei.
 - Não é hora para se lembrar da Amanda. - respondeu Lucas - Precis...
 - Não! - respondi o interrompendo - Learth era o nome da família do AL. E quem deu origem a essa série perturbadora foi Alvo Learth.
 - Claro, agora acho que já sabemos o nome de AL. - respondeu Manuh.
 - Se é assim, vamos hoje mesmo para Londres. - respondeu Lucas.
 - Vocês podem ir hoje se quizer, eu só saio daqui quando eu tiver certeza absoluta do bem estado do Patts.
 Parte de mim não queria deixar aquele lugar, enquanto outra parte brigava dentro de mim como se fosse uma coisa que me conduzisse para Londres.
 Senti um solavanco no estômago e me deu um enjôo. Corri para o banheiro que havia ali perto e fui vômitar.
 - O que aconteceu? - perguntou Manuh.
 - É só uma virose, ou alguma coisa que eu comi. - respondi - Coisa boba.
 Voltamos para a sala.
 - Doutor, como está meu... meu noivo? - sussurrei.
 Sim, Pattison havia me pedido em casamento e eu havia aceitado.
 - O estado dele é grave. Mas, está fora de perigo. - ele disse tirando toda os meus medos - Mas, infelizmente ele perdeu muito sangue e precisará de um transplante urgente. E, além disso, ele está respirando com ajuda de aparelhos.
 - Qual é o tipo sanguineo dele? - perguntou Manuh.
 - A+. - respondeu o médico - Vocês conhecem alguém com esse tipo de sangue?
 - Sim, eu! - respondeu Lucas - Eu posso doar o sangue para o Pattison.
 - Você odeia agulhas. - disse Manuh.
 - Tem certeza? - perguntei - Você faria isso... isso por mim?
 - Por você?! - ele riu - Sim, sei que faria o mesmo por mim.
 Se fosse a Amanda, a deixaria morrer - pensei.
 - É claro. - menti.
 - Acho que você esqueceu que posso ouvir seus pensamentos. - ele disse sério - Mas o Pattison é uma boa pessoa, e um dos meus melhores amigos.
 - Obrigada. - disse o abraçando.
 - Sr. Lucas, podemos ir. - disse o médico assim que voltou a sala.
 Então eles sairam da sala de espera e foram para a sala onde Lucas doaria o sangue.
 - Precisaremos ir para Londres. - disse Manuh, quebrando o silêncio.
 - Não hoje. - respondi - Passarei o tempo que for preciso ao lado do Pattison. Nessa batalha eu não irei. Escolha outros para irem apanhar a horcrux - disse em quase um sussurro - O Lucas não poderá ir pois ele tem que ficar descansando, por causa da doação.
 Ela concordou e caimos em um profundo silêncio novamente.
 Eu sabia que a hora de descobrirmos que era o AL estava próxima, e que, provavelmente, seria o capítulo final dessa saga. Respirei fundo e esperei.

35 - Caverna

UM MÊS DEPOIS...


 - Você gosta desses? - perguntou Kel se olhando no espelho.
 - É, combina com você. - respondi sem a minima criatividade e folheando a última edição da BIGGER.
 - Alguma coisa nova? - ela perguntou me olhando.
 - Não. - respondi, olhando a reportagem inedita do casamento - Só dizendo onde será o casamento e o salão.
 Olhei para a outra loja, Manuh estava olhando também. Ela estava ajudando a Kah a achar um vestido para ela. Aparentemente, ela estava se divertindo tanto quanto eu.
 - Eu já esperava que ele fosse chamar a Nath para ser madrinha e o Lucas padrinho, você não?
 - Eu já esperava, eles eram muito ligados na escola e continuam assim até hoje. - respondi fechando a revista. Meu celular tocou e era o James.
 - Vai lá, te vejo mais tarde no restaurante. - disse Kel sorrindo - Está bem assim para você?
 - Claro. - respondi, pegando minha revista, meu casaco e minha única sacola.
 Sai da loja e atendi o telefone.
 - Boa tarde, flor da tarde. - disse James e eu pude sentir aquele mesmo sorriso surgindo em seu rosto.
 - Boa tarde, e aí, tudo bem? - perguntei - Você nunca me liga.
 - Eu preciso te ver. - ele disse apressado - É urgente.
 - Está bem. - respondi desconfiada - Então no lago. Está bem assim?
 - Claro. Estarei te esperando.
 Desliguei o telefone e fui até onde tinhamos combinado. Ele já havia chegado, e estava me esperando sentado na grama e olhando para o lago, com algumas coisas sobre um pano, era um piquenique.
 Me aproximei e vendei seus olhos.
 - Eu senti sua falta. - ele respondeu se virando e me abraçando.
 - Percebi quando você me ligou. - disse olhando para as coisas que estava ali - Nossa, que lindo. Você que fez isso tudo?
 - Te muitas coisas sobre mim que você não sabe. - ele disse e tentou me beijar, mas cheguei minha cabeça para trás.
 Ele respirou fundo e voltou.
 - Eu quero fazer tudo direito desta vez. - ele começou.
 - James, por favor, não vamos começar com o mesmo papo de antes...
 - Quem escreveu para a sua coluna na BIGGER fui eu. - ele respondeu, puxando um papel e me mostrando minha própria resposta.
 - Foi a resposta mais díficil que eu já tive que dar.
 - E eu decidi fazer tudo de novo. - ele disse e puxou um buque de rosas - Allanis Liberato, sei que você está namorando e que provavelmente você esteja muito bem com ele, mas eu nunca esqueci você. - e me entregou.
 - Nossa, bom, James... eu não sei o que falar.
 Ele puxou um cubo felpudo do bolso e o abriu, nele havia um anel dourado com um diamente no meio.
 - Você aceita se casar comigo? - ele perguntou - Por todos os momentos que nós vivemos juntos, e os que nós não vivemos, iremos recompensar.
 - James eu... - disse me levantando e ele imitou meu movimento - Simplesmente não sei o que dizer.
 - Eu sei. - ele disse e me beijou.
 Seu beijo era quente, intenso, e nossos lábios se moviam em constantes segundos. Eu podia sentir seu coração palpitando forte, e em meu rosto, os músculo estavam cada vez mais nervosos.
 O empurrei e ele caiu na grama.
 - James, eu não posso fazer isso. Eu... eu estou noiva! - contei
 Ele pareceu perplexo, e não disse mais palavra alguma. Ele não queia acreditar, e minha mentira fora tão convincente que até eu estava acreditando.
 - Não pode ser verdade. -ele susurrou - Eu... amo... você.
 - Mas isso acontece. - disse amargamente - E eu nunca esqueci que...
 Meu telefone começou a tocar e precisei atender. Era o Lucas.
 - Me dê um minuto. - pedi e peguei minhas coisas e fui fazer a trilha que dava caminho ao shopping mais próximo - Alô?!
 - EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ IA CONTAR A ELE! - gritaram Lucas e Manuh do outro lado da linha.
 - Calma, eu não disse nada que pudesse prejudicar. E como vocês...? - disse sem terminar - Alice, ela está aí?
 - Existe uma coisa muito últil chamada telefone. Você devia aderir essa tecnologia. - disse Manuh.
 - Isso não é hora para sarcasmo. - respondeu Lucas.
 - Obrigada. - disse irritada.
 - O James não pode saber o que aconteceu naquela floresta. - respondeu Lucas.
 - E você não aceitou o pedido de casamento dele? - disse Manuh - Eu não acredito!
 - Manuh, cala a boca! - respondeu Lucas irritado - Acontece que achamos uma coisa que pode ser muito útil, para ambos os lados.
 - O que? - perguntei curiosa.
 - Acho que já temos uma...
 - Alô?! Alô?! Lucas, Manuh, vocês estão aí? - disse desesperada. Minha bateria havia acabado.
 Olhei para trás e James estava me procurando. Sai correndo e me escondi em uma caverna.
 Eu não sabia o que iria fazer para me esconder de James, ou como sairia dali sem ele me ver.
 O chão da caverna começou a tremer, e algumas pedras começaram a cair. Me joguei no chão e até que tudo parou. A saida estava completamente fechada.
 - Maravilhoso! - resmunguei - Sem saída, sem luz e sem celular. Serão as férias da minha vida.
 Entrei em um tunel que havia lá e tinha uma tocha com uma única chama lá. O peguei e vi que haviam outras tochas, porem, todas apagadas. Peguei a segunda e pus fogo nela e a acendi. Pendurei as duas nos lugares delas, amarrei meu casaco na cintura e almentei a alça da bolsa, a passando pelo o pescoço. Peguei uma das tochas e fui mais para frente. Desci uma escada que havia lá e cheia de teia de aranha e a chama foi ganhando mais força. Desci sobre outra escada e quando cheguei em baixo, não havia mais saidas, só a pela qual eu havia chegado ao local. Mas havia escritas na parede.
 No local também havia 4 tochas em cada lado, acendi todas e o local ficou mais claro, porem, um pouco mais quente. Então consegui ler o que estava sobre as escritas.

Para abrir a passagem, precisa da chave. E ela é seu sangue.

 Peguei uma faca que tinha dentro da minha mochila, e, sem pensar na dor, furei meu dedo indicador. Então, assim que eu toquei, as paredes ao meu lado começaram a se mover para trás, e abriram uma passagem em cada lado. Fui velas e ambas estava muito escuras.
 Voltei para os textos e comecei a ler. Seja quem estivesse estado - ou até mesmo morrido - ali, queria que eu sobesse sobre a verdadeira face de AL.

Tudo a seguir pode chocar você de tal forma, que talvez, nunca consiga sair daqui.

 Respirei fundo e estava pronta para ler, e descobrir quem se escondia atrás da face de AL.