quarta-feira, 25 de maio de 2011

60- A Última Cartada: Parte 2


         Amanda pegou um galão de gasolina, jogou no galpão e lançou um fósforo. Tudo começou a pegar fogo.
         Para a nossa sorte, ainda tínhamos Lucas C, na forma de vento. Ele surgiu e lançou água para apagar o incêndio. A prioridade era Luis. Fomos atrás dele e, quando percebemos, Amanda tinha pego Lucas.
-Aonde foi parar toda a sua força? - ela disse rindo – Me ataque! Vamos!
         Eu não conseguia me mover. De repente, Lucas se virou, socou o estômago de Amanda, acertou um soco sobre seu rosto e torceu seu rosto para trás.
-Vamos, agora você vai confessar tudo! Quem escrevia os bilhetes?
-Você está me machucando! - gemeu Amanda.
-Você não o respondeu! - gritei.
-Era James! Mas ele sempre utilizava as canetas de Pattison, para você suspeitar que fosse ele! Agora me larga! - ela gritou.
         Amanda se desequilibrou e caiu.
-AMANDA! - Lucas gritou e desceu correndo.
         Joguei a arma para o outro lado e corri para segurar Lucas.
 "É melhor não! Pode ser um truque! Por favor", pedi por pensamento.
         Ele assentiu e saímos do galpão. Meu maior desejo naquele momento era deixar Amanda morrendo, mas minha consciência me culpava, então, chamei a ambulância, mas saímos do local para levar Luis ao hospital, rápido. Não era justo. Ele não morreria.
         Eu não podia acreditar no que havia acontecido, não havia palavras que pudesse expressar, era como acordar de um pesadelo no meio da madrugada, mas quando você volta a dormir, acontece tudo novamente. Ou talvez... ou talvez pior.
         Pattison abraçou-me novamente, tentando fazer com que eu acreditasse que - mais uma vez - tudo acabaria bem. Mas eram em vão suas tentativas.
         O médico entrou na sala de espera com uma prancheta em sua mão, acompanhado de uma mulher gordinha, baixinha e com cara de sapo.
-Srta. Allanis? - ele perguntou.
         As palavras haviam perdido o caminho até meus lábios, freado sobre minha garganta e estagnado em minha língua. Apenas sacudi minha cabeça, afirmando que sim.
-O seu amigo, Sr. Luis Eduardo, passa bem. A hemorragia foi controlada e ele se encontra fora de perigo – disse o médico
         Respirei aliviada e abracei Pattison, esticando meu braço para não deixar Lucas de fora. Eu havia pedido para Nath, Lucas C e Kel voltarem para mansão para acalmar os ânimos nervosos de nossos amigos, então, eu deveria ligar para dizer como Luis estava.
        
PDV DA AMANDA

-Meu maior medo era que meu amigo morresse. Foi horrível o que James fez, eu não tive outra opção, assim que a arma caiu no chão, eu fui obrigada a matá-lo! – eu disse chorando – Eu só queria continuar viva, com meus amigos e meu marido.
-Não se preocupe. Foi por uma causa nobre, mas, você será julgada. - disse o médico – Mas a arma não foi encontrada no local do crime.
-Eu sei, mas eu... eu... - disse, soluçando.
-É melhor você descansar, foi um longo dia para você. – disse o médico.
-É... um... um longo di... dia. - disse chorando.
         Assim que o médico saiu, enxuguei minhas lágrimas falsas.
         Então era assim, ele não queria morrer? Eu não teria opção, a não ser jogar pesado com ele.
         Toquei a campainha para a enfermeira vir.
-Você pode, por favor, pegar minha bolsa que está sobre aquele balcão? – pedi com a voz mais meiga que consegui.
         A enfermeira se virou e foi andando até o balcão. Agi com muita rapidez, desconectei todos os fios que estavam em mim, levantei-me e chutei as costas da enfermeira. Corri até a persiana e a fechei. Voltei até a enfermeira e passei meu braço por seu pescoço.
-Shi, quietinha, quietinha. Você vai ficar aí, se não quiser morrer! – sussurrei em seu ouvido – Agora levanta devagar e tira a roupa!
         Vesti o uniforme de enfermeira, estava um pouco folgado, mas peguei um cinto e ajeitei. Fui até minha bolsa e peguei a arma.
-Agora levanta e deita na cama. – ordenei – Põe todos esses fios e fica aí, quietinha. -  eu disse.
         Saí do quarto e passei a chave na porta.
        Andei pelo o corredor e cheguei ao quarto do Luis, porém, ele não estava sozinho. Estava com a Allanis, com o Pattison e com o idiota do Lucas. Esperei quase 30 minutos até eles saírem dali, então, finalmente o lugar estava vazio – exceto por uma enfermeira que estava lá.
-Bom, com licença, o dr. Stuartt disse que você estaria aqui. – eu disse, sendo simpática – Ele quer você na recepção, em menos de cinco minutos.
-Obrigada. Bom, diminua a dosagem do paciente e pode ir. – ela disse sorrindo.
         Assim que ela saiu, passei a chave na porta e fechei a persiana. Aproximei-me da cama e fiquei esperando ele acordar. Ele se mexeu uma vez, bocejou e abriu os olhos, assustado. Antes que ele pudesse gritar, corri até ele e pressionei minha mão em sua boca para dificultar caso ele gritasse.
-Agora somos só eu e você. - eu disse séria.
         Lágrimas começaram a escorrer de seus olhos e aquilo ficou mais divertido.
-Vocês sempre fizeram de tudo para estragar minha vida. Que tal agora, trocarmos de papéis? – eu disse
-A troco de que você está fazendo isso? – ele perguntou.
-Eu... mandei... você calar a droga da sua boca! - gritei e no mesmo momento invadiram a sala.
         Atirei sem pensar nos aparelhos que faziam com que Luis continuasse respirando, e estavam ligados ao seu coração e cérebro.

 FIM DO PDV DA AMANDA

-Ótimo, chegaram bem na hora de ver seu amigo agonizar. – disse Amanda com um olhar sombrio, mas psicótico.
-Amanda, não faça nada que depois vá se arrepender. – eu disse.
-Calada! Sua estúpida! – ela disse, tremendo com a arma na mão – Você sempre quis acabar com a minha vida! Depois, no dia do meu casamento, vieram vocês e acabaram com tudo! - ela disse alterada.
-Então, vamos! Atire logo! - eu disse.

         Naquele exato momento, o desfibrilador foi ativado no máximo por Ana, que estava invisível - fora tudo combinado. Ela os aproximou das orelhas de Amanda e deu um choque. Amanda ficou se contorcendo durante alguns segundos no chão e depois parou.
-Acham que ela morreu? - perguntou Pattison.
-CUIDADO! - gritou Nath.
         Abaixei-me o mais depressa possível e só vi quando Nath lançou suas lâminas sobre Amanda.
-Droga. – foram essas as últimas palavras de Amanda.
         Ouvi o baque do corpo de Amanda no chão, depois, vi o sangue escorrendo. E então, estávamos livres. Podíamos voltar a sonhar e viver, sem medo que algo nos acontecesse.

Dias depois...

         A neblina batia sobre nossos guardas chuvas e entravam sobre a cova que havia sido cavada para o enterro de Luis.
-Grandes vitórias vêm acompanhadas de grandes sacrifícios. - começou Lucas S, que foi o escolhido para fazer o discurso - Luis tinha a vida perfeita, que todos sonham em ter, mas, acima de tudo, ele tinha uma alma, que tinha uma nobreza que conquistava todos ao seu redor, ele era querido, amado e respeitado, acima de tudo. Aonde ele estiver, tenho certeza de que estará bem. Melhor do que muitos. Correndo e sorrindo, pulando. Sendo feliz. E é desse jeito, que ele quer que continuemos, vivendo felizes.
         Não aplaudimos, mas eram aquelas palavras que Lucas S havia usado que expressavam toda a minha dor. Eu sabia que, aonde ele estivesse, ele estaria feliz.
-Você já vem? - perguntou Pattison.
-Não, eu quero ficar aqui mais um pouco. Posso? – pedi.
         Ele concordou.
         Aproximei-me ao túmulo do Luis e fiquei olhando, e sorrindo, lembrando de nossos momentos juntos.
-Obrigada por me fazer acreditar que existe outro mundo. – eu disse, de cabeça baixa e chorando – Obrigada por tudo que você fez por mim. Se não fosse você, eu acho que não estaria aqui hoje. Nem sequer teria feito aquela... droga de prova. – disse e sorri, ao me lembrar de que fora ele quem insistira para fazer aquela prova para Berlim - Obrigada... por tudo. - disse e me virei.
         Enfim, tudo acabou. Al era Amanda e finalmente acabamos com ela. Me virei e me dirigi ao meu novo caminho, à minha nova vida.

                                                                                                 Autores: Lucas Batista e Lucas Cordeiro
                                                                                                 Produção e Edição: Lucas Cordeiro

terça-feira, 24 de maio de 2011

59- A Última Cartada: Parte 1

          Ouvi um barulho vindo do quarto de Lucas S e fui até lá.
-Posso entrar? – perguntei, batendo na porta.
 Ele abriu a porta e havia um sorriso em seu rosto.
-Quer conversar? – ele perguntou.
-Desabafar sempre funciona comigo. – respondi séria e entrando no quarto.
 Ele foi até uma das estantes e guardou um livro que estava em suas mãos.
-Me diga, qual é o seu maior sonho, hoje. - ele disse, sentando-se em sua cadeira.
          Analisei sua frase. Não era o tipo certo de pergunta, mas, naquele momento, uma única resposta vinha em minha mente.
-Eu queria que tudo isso fosse um sonho. Que amanhã eu acordasse, e não estivesse mais aqui – disse, e uma lágrima rolou sobre meu rosto – Eu queria poder estar novamente no Brasil, e que nada disso, nunca tivesse acontecido. Que amanhã, quando eu acordasse, eu, a tarde, ligasse para você e para a Manu, e passasse horas ao telefone. E que eu nunca tivesse feito aquela maldita prova de inglês, para ir para Berlim.
          Eu estava chorando, mais do que minha fraqueza permitia.
 Atirei meus braços ao redor de seu pescoço e o abracei. Era ali, então, que me senti segura, como se eu estivesse abraçando meu pai. Era esse o sentimento que eu sentia por ele, ele era meu amigo, meu melhor amigo. O único homem que eu sentia confiança para desabafar, sem medo.
          Segundos depois, eu estava bem. Meus olhos doíam, mas eu estava melhor.
-Obrigada. – agradeci.
-Não, você não deve me agradecer. Sei que também teria paciência de me ouvir. – ele disse, enxugando uma última lágrima que escorria pelo meu rosto.
-Teria, é? - disse rindo - Está acontecendo tudo de novo, não é? Uma guerra, vidas inocentes, e eu os pondo em perigo novamente.
-Estamos juntos nessa, sacou? - ele brincou.
          Ouvimos um barulho de carro saindo da garagem e descemos correndo. O carro do Luis não estava mais estacionado ali. Ele havia fugido.
         O alarme do meu carro começou a disparar. Voltamos para cima correndo e todos já estavam descendo as escadas desesperados.
-Começou. AL invadiu a mansão. – disse Lucas S.
-O carro do Luis saiu tem poucos minutos. Cada um se proteja o máximo que conseguir. Quero todos vivos até o final desta batalha. - eu disse - Os dois Lucas, Nath e Kel, venham comigo. Bianca, fique com os que não tem poderes. Manu, fique junto de Bianca. Thais, Ana e Jose peguem o carro e reforcem a segurança. Julie fica com o Marcelo e Pattison. Começou.
-Tenho más notícias. - disse Kah, se aproximando - Amanda desapareceu.
         Descemos correndo e cada um entrou em um carro, junto de seu grupo.
         Assim que a porta abriu, saí correndo e virei a esquina. Ainda podia ouvir as rodas do carro do Luis.
         Continuei correndo o mais depressa possível e chegamos num galpão abandonado.
-Eca. - eu disse – Lucas C, fique em forma de vento, se for preciso, mate um. Nath, distraia os que estiverem ao redor e Kel, preciso que se concentre o máximo para que nos mantenha vivos lá dentro. Ou seja, se precisar, fuja!
-Eu não vou fugir. Vou ficar com vocês até o fim. – ela disse séria – Agora, está na hora de desmascararmos o AL.
         Saímos do carro e fomos andando devagar, Kel abriu o galpão e Lucas C entrou primeiro na forma de vento, seguido por Lucas S, que estava verificando se haviam pensamentos no local.
         Não havia nada, assim que entramos, uma luz foi acesa. Havia corpos jogados no chão, cadeiras quebradas e sangue, muito sangue.
-AL deveria ser amante de Jogos Mortais. - eu disse, verificando o lugar.
-Que fofo! – disse uma voz irônica vindo de uma grade – Todos juntos, para a última cena, no ato final.
         Me virei e me surpreendi com quem estava parado logo acima de nós.
-Saudades? – ouvi a voz dizer
-James? – disse curiosa – Como você... Amanda o trouxe para cá, não é?
-Como é? - perguntou Lucas S, confuso.
-Amanda é o AL. Amanda Learth, isso não te lembra nada? – eu disse avaliando sua expressão – Amanda sempre te enganou, ela é a última neta de Alvus Learth.
-Olha, vejo que chegou a uma grande conclusão. Mas uma conclusão estúpida! – James disse, e puxou uma toalha e Amanda estava presa a uma cadeira, com as mãos amarradas e uma faixa em sua boca – Como você disse, sou amante de Jogos Mortais.
-Como você... como você pode fazer isso comigo? – perguntei nervosa - Eu te amava naquela época. Hoje, eu tenho nojo de você, principalmente agora.
-Allanis, não perde o controle. - disse Lucas S.
-Nem mais um passo. - disse James, apontando uma arma para nós - Se não, eu mutilo ela!
         Naquele momento eu senti raiva, ódio e rancor. Foi então que Lucas C fez uma ventania e derrubou James do segundo andar. Lucas S foi até Amanda e a libertou. Peguei a arma e a segurei firme em minha mão.
-Fique de pé, vamos! – ordenei apontando a arma para seu peito.
         No mesmo instante, Lucas S foi arremessado lá de cima.
-Vocês são tão... idiotas! - disse Amanda dando gargalhadas - E o inútil do James fez tudo direitinho, do jeito que eu mandei. Vamos, larga a arma. - ela disse, me encarando.
-Você não me põe medo. - eu disse séria.
-É, você tem razão, em você eu não ponho mais medo. Mas e no seu amigo aqui? – ela disse, puxando Luis.
         Ele estava amordaçado, com as mãos presas para trás e uma expressão de desespero.
-Acho que está na hora de torturar vocês de um único jeito. Solte a arma. – ela ordenou.
         Assim fiz: larguei a arma e a coloquei para um canto.
-James, agora pegue-a e me entregue – ordenou Amanda
         James se levantou lentamente e a pegou, subiu pela a escada e a entregou.
        Assim que ela pegou, Amanda se aproximou e deu um beijo em James.
-Está pronto? - ela perguntou.
-Pode ir fundo – respondeu James
-Pronto para que? - perguntou Nath.
-Para o ato final. É disso que o público gosta: de que apenas um viva, e neste caso, será eu. - disse Amanda, que logo deu um tiro que atingiu o estômago de James, em seguida, deu outro no coração, e por fim, um nas regiões baixas - Agora, digam adeus para seu amigo Luis.
         Ela o pegou pelo o cabelo e o debruçou sobre a barra de ferro, pronta para matá-lo.
-Eu tenho uma pergunta. – disse Nath – A fim de que, você está fazendo isso?
          Graças a essa pergunta, Amanda não matou Luis naquela hora.
-Interrogatório antes da morte. – disse Amanda, brincando com a arma em sua mão – É, uma bela maneira de acabar com sua própria vida.
-Você não respondeu minha pergunta. – disse Nath séria.
-Eu sou a última herdeira, e Allanis é a cura. A anos que minha família passa de geração a geração atrás da cura, que pode dar fim a raça de vampiros e mutantes. E minha família tem a obrigação de matar quem vier com o poder da cura.
-Então mate a mim! - falei sem pensar - Mate a mim, e não ao Luis.
-Acho que você não entendeu – disse Amanda
-Eu entendi o que você explicou! - rebati.
-Eu quero te destruir aos poucos, primeiro, eu mato os mais frágeis e vulneráveis, sigo depois para os podres humanos, e depois, tento me aliar ao mutantes, se eles rejeitarem, terei que matá-los também.
         Respirei fundo. Então, ela jogou Luis para um lado e atirou em seu estômago.

CONTINUA...

                                                                                                        Autor: Lucas Batista
                                                                                                        Produção e Edição: Lucas Cordeiro

domingo, 22 de maio de 2011

58- A.L.


          8 horcrux. Conseguimos todas as 8 horcrux. Todas as 8 peças raras que nos ajudariam a destruir Al. Pegamos todas as horcrux: a adaga, o anel, o colar, o medalhão, a tiara, o bracelete e a pulseira (sem contar Mason). Kel estava passando um tempo com Mason antes de entregá-lo a gente.
          Já faz um bom tempo que Al vêm nos infernizando. Primeiro, ele me ameaçava com bilhetinhos. Depois, sequestrou Ana. Sequestrou meu irmão, tentou matar Rafah e várias outras coisas.
          Destruindo as horcrux, poderíamos finalmente ter a chance de acabar com Al. De uma vez por todas.
-Pronta? – perguntou Manu
-Ahn... mais ou menos – respondi
-Nem acredito que nós realmente estamos tão perto de destruir Al – ela disse
-Graças a Deus! – exclamei
-E quanto a Kel e Mason? Precisamos destruir logo todas as horcrux! – disse Manu
-Deixa ela – eu disse, tranquilamente – Ela precisa passar seus últimos momentos com Mason
          Parte de nossos planos estava pronta. Mas uma não: descobrir a identidade de Al. Faz 1 ano que ele vêm nos atormentando e ainda não descobrimos quem é esse ser misterioso.
          Nós também estávamos esperando por Lucas S. Ele, Pattison e Lucas C tinham ido a Berlim pegar a espaa que destruiria as horcrux.
          Falando nele, a sua praga de esposa, a Amanda, veio nos visitar.
-O que você veio fazer aqui, Amanda? – perguntei
-Procurar por Lucas. Ele está? – ela disse
-Não – respondi
          Ela vestia um longo e chique vestido vermelho.
-Pra quê tudo isso? – perguntei
-Uma festa que eu vou com Lucas – ela respondeu – Estou linda, não?
          Não respondi nada.
-Tudo bem. Todos sabem que a beleza faz parte do sangue Learth – ela disse
          Continuei muda. Não queria dar a ela o gostinho de ouvir minha voz.
          Assim que a praga foi embora, liguei para Pattison.
-E aí? Já acharam? – perguntei
-Não. Aguenta mais um pouco – ele respondeu
          Enquanto ele não chegavam, resolvi pedir a ajuda de Kah com uma coisa.
-Você mexe bastante com computadores, né? – perguntei
-Claro – ela respondeu
-Você sabe... hackear contas?
-Sei – ela disse
-Me ensina? – pedi
          Adivinha? Hackeei @amandalearth e twittei: “Sou uma piranha manipuladora”. Também fiz a campanha “Amanda Piranha e Manipuladora” ir parar nos trending topics. Mente vazia é mesmo oficina do diabo!
          Enquanto os rapazes não chegavam, eu hackeava o orkut, msn e facebook da Amanda. Assim que eles chegaram, eu desliguei o computador rapidamente e me fiz de anjinha. Mas de anjinha eu não tenho nada.
-Tudo pronto? – perguntou Lucas S
-Quase. Só está faltando a Kel e o Mason – respondi
          No momento que falei seu nome, Kel entrou na mansão com Mason.
-Estamos prontos – ela disse, seriamente
          Pegamos a caixa que guardava as horcrux e fomos para o porão. Não podíamos as pessoas verem as horcrux.
-Todos prontos? – perguntei
          Todos concordaram. Peguei a espada, me concentrei e acertei em cheio a adaga. Fiz o mesmo com o anel. Manu pediu para destruir o colar.
          Kel apenas observava seriamente. Ela parecia não ter nenhuma emoção, mas era óbvio que ela estava apreensiva. Nós a entendiamos. Não era fácil pra ela.
-Posso destruir a pulseira? – perguntou Jose
-Claro! – eu disse
          Ela se preparou e, assim que foi acertar a pulseira, ela deixou a espada cair no chão.
-Tá legal, sua chance acabou – disse Rafah, pegando a espada
          Rafah fez o trabalho que Jose não fez. Depois, foi a vez de Nath destruir a tiara.
-Toma cuidado. Não quero ser presa de novo – brincou Bianca
-Eu vou ser presa quando te matar com essa espada – disse Nath, irritada
          Depois de Nath, veio Thaís para destruir o bracelete. Depois, veio Lucas C para destruir o medalhão.
          Com 7 horcrux destruídas, só sobrou... Mason. Assim que Kel percebeu que só faltava Mason, sua pose de pedra sumiu e eu percebi seu desespero.
-Você está... está pronta? – perguntei
-Não. Mas não dá mais pra enrolar – disse Kel – Antes, tenho uma pergunta ao Mason: Por quê você aceitou tão fácil ser morto? – ela perguntou
-Se eu não for morto, Al não poderá ser detido e vai dominar o mundo. Será o fim do mundo! E eu prefiro morrer a viver o suficiente para presenciar sua morte – respondeu Mason
          Naquele momento, até eu fiquei emocionada. Eu, Kah, Rafah, Jose e Thaís começamos a chorar. Kel deu um forte abraço em Mason e lágrimas escorreram dos olhos de ambos.
-Tem certeza de que não quer que eu faça isso? – perguntei
-Absoluta – respondeu Kel
          Ela pegou a espada e, relutante, cravou a espada no peito de Mason. Assim que acabou, ela ficou como estátua. Parecia que ela não acreditava no que tinha acabado de fazer.
-Você está bem? – Lucas S perguntou a ela
          Kel não respondeu. Era claro que sua resposta era “não”. Nós a deixamos a sós e saímos do porão.
          Fui para o quintal e peguei uma revista para ler. Eu nem acreditava que estávamos tão perto de pegar Al. Mas ainda não sabíamos sua identidade.
          E, enquanto eu lia a revista, eu percebi. A resposta para o enigma. A.L.
-É claro! Como eu não pensei nisso antes? – exclamei
          Já sei sua identidade. Al, aí vamos nós!

                                                                                                                      Autor::. Lucas Cordeiro

terça-feira, 17 de maio de 2011

57- Um Lindo Monstro

PDV da Kel

-Acorda! Acorda! – ouvi Kah dizer
-O que foi? – perguntei, cansada
-Você dormiu no trabalho. Se o chefe visse, você estaria ferrada! – ela disse
          Eu realmente estava cansada. Não tenho dormido há 5 dias! Ontem foi pior: Allanis colocou o som no máximo às 2:30 da manhã! Ela desligou logo porque ameaçamos apedrejá-la.
-Eu só preciso descansar um pouco – eu disse
-Vou dizer ao chefe que você não está se sentindo bem e que precisa ir embora – disse Kah
          Arrumei todas as minhas coisas e me preparei para ir embora. Kah ia usar o carro, então fui de ônibus mesmo. Acabei adormecendo no ônibus e passei 5 quadras da mansão. Desci do ônibus desesperada.
          Corri pela rua feito uma doida. No meio da “Corrida Maluca”, eu esbarrei em um cara e deixei meu material cair numa poça d’água.
-Não! – gritei, dando pulinhos de raiva
-Me desculpa – disse o cara no qual esbarrei
          Ele era... simplesmente lindo. Não havia descrição para o que eu via.
-Posso te ajudar? – ele perguntou
-Ahn... pode – respondi, sem-jeito
          Ele era tão lindo que eu ficava sem-graça. Ele me ajudou a pegar os papéis e me acompanhou até a mansão. Viemos conversando durante todo o caminho.
-Me desculpe, meu nome é Kerolyne. E o seu? – perguntei
-Mason – ele respondeu
          Pedi para Mason entrar comigo na mansão. Queria apresentá-lo ao pessoal.
-Pessoal, Mason. Mason, pessoal – eu disse
          Todos foram falar com Mason. Lucas C estava com Jen em seu colo. Assim que ele se aproximou de Mason para cumprimentá-lo, Jen começou a chorar.
-Ela deve estar com fome – disse Lucas C
          Mason, eu e o pessoal fomos para a sala, bater um papo. Ficamos ali pro 1 hora!
          Na hora de ir, eu levei Mason até a saída.
-Esse tempo que passamos juntos foi ótimo – ele disse – Vamos repetir? Que tal hoje, às 19h?
-Ok – eu disse, radiante
          Voltei saltitante para casa. Estava ansiosa pelo encontro.
          Me arrumei como se fosse a um casamento. Eu queria ficar bem bonita.
-Alguém vai se casar? – Rafah perguntou sarcasticamente
-Se tiver sorte, vai ser eu – respondi
          Mason passou lá na mansão e me levou ao restaurante. Ficamos conversando por mais de 1 hora. Mas algo estranho acontecia: toda vez que eu tentava tocar sua mão, ele se afastava.
          Quando olhei para o relógio, percebi que já eram 21h30min.
-Tenho que ir – eu disse
-Pode deixar que eu te levo para casa – ele disse, educadamente
          Assim que chegamos, resolvi ser mais radical e lhe dei um beijo. De início, ele hesitou. Depois, retribuiu. Seu beijo era quente. Não no sentido de sensualidade, mas no sentido de temperatura mesmo. Parecia que eu estava beijando uma pimenta malagueta.
          Parei de beijá-lo. Minha língua estava ardendo.
-A gente se vê no sábado? – ele perguntou
-Ahan – concordei
          Assim que entrei em casa, dei de cara com Lucas S, Manu e Allanis.
-Olha, Kel, precisamos te dizer uma coisa – disse Allanis
-Diga – eu disse, sorrindo
-Bom, o que eu tenho a dizer não é fácil – ela começou – É que... Ahn... Sabe...
-Anda, logo! – disse Lucas S, sem paciência
-Quem vai falar sou eu. Quer deixar? – Allanis rebateu, irritada
-Quer dizer logo para ela que a droga do namorado dela é uma horcrux?! – gritou Manu com eles dois
-Como é que é? – perguntei, incrédula
          Eles falavam como se eu não estivesse ali.
-A gente descobriu pela Jen, filha do Lucas C – disse Allanis – Naquela hora, quando ela chorou, ela percebeu a vibração de horcrux do Mason
-Você percebeu algum efeito ou coisa do tipo ao tocá-lo? – perguntou Manu
-Sim. Sua boca era quente feito pimenta – respondi, ainda tentando processar tudo
-Preciso que me escute bem – disse Lucas S – Temos que destruir Mason
-Como é?! – exclamei, assustada
-Precisamos destruir todas as horcrux para ter chance de destruir Al – disse Allanis
-N-Ã-O – soletrei a resposta e saí rapidamente da sala
          Saí o mais rápido possível para impedir que eles viessem com mais argumentos. Me tranquei em meu quarto e movi os móveis para a frente da porta.
          Fiquei pensando naquilo por horas. 6 horas para ser exata. Nem dormi. Eu queria continuar com Mason, namorar com ele. Mas se eu escolhesse essa opção, o que aconteceria? Eu sabia que matá-lo era a coisa certa, mas... por que parecia tão errado?
          Kah bateu na porta do meu quarto. Ela queria conversar. Eu a deixei entrar.
-Já fez sua escolha? – ela perguntou
-Sim e não – respondi – Eu sei a opção certa, mas não quero escolhê-la. Por que é tão difícil? O que eu devo escolher? – perguntei
-Não tenho resposta para isso – ela disse
-Me sinto uma egoísta – eu disse
-O amor é egoísta. Prefiro ser uma egoísta apaixonada a uma altruísta solitária. Faça o que manda seu coração
-E a razão? – perguntei
-Não posso tomar todas as suas decisões. Isso é com você. Me desculpe – ela disse, gentilmente
          Ela saiu do meu quarto e eu a acompanhei. Fui falar com Allanis e Lucas S.
-Eu topo – eu disse – Mas quero ao menos um último encontro. Vai ser este sábado
-Ok – eles concordaram
          Chegou o sábado. Fiquei extremamente nervosa.
          Mason me levou a um restaurante e eu fiquei séria o tempo todo.
-Tenho algo a te dizer – eu disse
-O que? – ele perguntou
-Você é uma horcrux – eu disse
          Expliquei tudo a ele: que ele precisava ser destruído e tudo mais. Por incrível que pareça, ele aceitou numa boa.
-Eu aceito – ele disse
-Aceita o que? – perguntei, confusa
-Aceito ser destruído – ele disse seriamente
-Como é?? Por que?? – perguntei, incrédula
-Se é o certo a se fazer... Eu aceito – disse Mason
          Que ironia! Eu não aceitei destruí-lo, mas ele mesmo aceitou. Kah tinha razão: o amor é egoísta.
-Eu não estou pronta para dizer adeus – eu disse
-Eu também não. Mas esse é o certo a se fazer – ele disse
          Eu o abracei. O mais forte que eu pudia. Ele retribuiu e me envolveu com seus braços.
-Todos terão que dizer adeus. É sempre bom estar preparado – ele disse, enquanto nos abraçávamos

Fim do PDV da Kel

                                                                                                                Autor::. Lucas Cordeiro

sexta-feira, 13 de maio de 2011

56- 1.000km de Distância

          Acordei no meio da noite. Olhei no relógio: eram 2:30 da manhã. Estranhamente, eu não me sentia cansada. Saí da mansão e fui até os fundos. Lá, havia uma escadinha que levava ao teto. A altura para chegar ao teto era de 12 metros. Eu não senti medo da altura.
          Quando cheguei ao teto, me sentei. Meu celular estava no bolso. Assim que me sentei, começou a tocar “Talking To The Moon”, do Bruno Mars.
          Não sei se foi a música, mas eu queria conversar. Não com uma pessoa. Então, comecei a conversar com a Lua.
-Já é a 2ª vez que estou aqui – eu disse – Não consigo mais dormir direito. Já faz 1 mês. Mas ainda assim... eu sinto falta dele. Me lembro dos bons momentos. Eu queria que ele soubesse a falta que faz
          Continuei ali conversando por horas. Quando me dei conta, o Sol estava me aquecendo. Já eram 9:00 da manhã. Desci as escadas e fui conversar com o pessoal.
-Onde você estava, doida? – perguntou Rafah
-No telhado. Dormindo – respondi
-Dormindo no telhado? – perguntou Kah
-É. Perdi o sono – respondi calmamente
-Pattison. Acertei? – perguntou Jose
-Acertou – eu disse, desanimada
-Você precisa sair dessa! Ele te deixou. Azar o dele – disse Ana
-Ele foi a melhor coisa que aconteceu comigo. É por isso que ainda não saí dessa! – eu disse
          Fui para a sala e liguei a TV. Lucas C veio conversar comigo.
-O que foi? Não está feliz de arruinar meu namoro? – eu disse, ranzinza
-Arruinar? Eu não sou vidente! Eu não imaginei que James pediria Bianca em casamento! – ele disse
-Você sabia muito bem que não daria certo levar James! – gritei
-Quer parar de botar a culpa nos outros? Você culpa o James, a Bianca, mas recusa admitir que a culpa é sua! – ele gritou
          A família toda veio ver o que estava acontecendo. A sala ficou em silêncio quando Lucas disse aquilo.
          Eu fiquei extremamente irritada quando ele disse aquilo. Sem pensar, eu lhe dei um forte tapa. Ele não falou nada, apenas se retirou da sala em silêncio.
          Todos encaravam, assustados.
          O que me deixava mais irritada é que tudo que ele falou era verdade. Eu estava assustada. Nunca tinha brigado com ele assim. Muito menos dado um tapa.
          Fui até sua casa para lhe pedir desculpas.
-Me desculpa – eu disse – Eu estava descontrolada
-Na verdade, eu sou meio culpado. Não devia ter chamado James – ele disse – Mas não era sobre isso que eu queria falar antes
-O que era? – perguntei
-Pattison vai embora do país. Vai para a Grécia – ele respondeu – Os amigos dele estão preparando uma festa de despedida. Eu tenho o endereço. Você deveria ir – ele disse
-Ele te convidou? – perguntei, surpresa
-Todo mundo. Bom, menos você – ele respondeu
-Por que eu deveria ir? – perguntei
-Porque, como você mesma disse, ele é a melhor coisa que te aconteceu. Você vai mesmo desistir dele assim?
          Ele realmente me convenceu. Resolvi ir a tal festa de despedida. Só que ninguém quis ir comigo. Então, acabei indo sozinha. A festa era na casa de um amigo dele, do outro lado da cidade.
          Tinha um grupo de amigos entrando na casa. Me escondi no meio deles para entrar na festa. O lugar estava cheio de gente!
          Assim que entrei, derrubei um vaso de plantas.
-Foi ele! – eu disse, apontando para um garoto que estava ao meu lado
          Me escondi atrás do jardim. Não queria que Pattison soubesse que eu estava na festa.
          O DJ deveria ser fã de Maroon 5. Só tocava música da banda.
          Enquanto eu me escondia, um amigo de Pattison me viu ali. Ele veio falar comigo.
-E aí, gatinha? Eu sou o Jake – ele disse
-Ah, que bom. Pode ir – eu disse, sarcasticamente
-Vai desistir de um garoto lindo assim?
-É, vou arriscar – eu disse, empurrando-o
          Não sei que lindo ele via. Aliás, ele era o garoto mais feio que eu já vi na minha vida. Bom, se ele não se achasse bonito, quem acharia?
          Eu devia ter me escondido melhor. Todos que chegavam na festa me viam e diziam “Por que você está aqui?”.
          Começou a tocar uma música animada e Jake veio me chamar para dançar.
-Não – eu disse
-Só essa dança! – ele insistiu
-Me desculpa, mas você é muita areia pro meu caminhãozinho – mentira!
-Já que você admite... – ele disse, sem ser nem um pouco modesto.
          Minha vontade era de levantar e dar um soco no estômago daquele metido. Porém, eu me conti e fiquei quietinha no meu canto.
          De repente, chamaram Pattison para dar umas palavrinhas.
-Meu vôo é daqui a 2 horas. Temo dizer que a festa está acabando – ele disse
          Eu nem acreditei que faltava tão pouco para ele ir embora.
          Conforme ele continuava seu discurso, eu saía do meio do jardim e me juntaca à galera da festa, que ouvia atentamente o discurso de Pattison.
-Eu passei ótimos momentos com todos vocês. Vir a Los Angeles foi a melhor coisa que eu já fiz – disse Pattison – Tive muitas emoções e me tornei extremamente ligado com algumas pessoas. Uma pessoa em especial. Mas já faz tempo que eu e essa pessoa não estamos mais tão ligados – ele pausou – Bom... é isso. Estou indo – ele gaguejou antes de “indo”.
          Assim que seu discurso acabou, começou a tocar “Never Gonna Leave This Bed”, do Maroon 5.

Wake you up (Te acordo)
In the middle of the night to say (No meio da noite para dizer)
I will never walk away again (“Eu nunca vou embora de novo)
I'm never gonna leave this bed (Eu nunca vou deixar essa cama”)


Take it, take it all (Pegue, pegue tudo)
Take all that I have (Pegue tudo que eu tenho)
I'd give it all away just to get you back (Eu daria tudo só para te ter de volta)
Fake it, fake it all (Finjo, finjo tudo)
Take what I can get (Pego o que puder)
Knockin' so loud (Batendo bem forte na porta)
Can't you hear me yell? (Você não me ouve gritar?)
I try to stay away, but you can't forget (Eu tento me afastar, mas não consigo te esquecer)

          Quando ouvi aquela música, eu soube que não poderia deixá-lo ir assim.
-Espera! – gritei
          Ele parou e o pessoal abriu espaço para eu passar.
-Allanis? – ele perguntou – O que está fazendo aqui?
-Eu soube dessa festa de despedida. Resolvi vir porque... porque eu te amo. E não quero te perder assim – eu disse
          Lágrimas escorriam pelo meu rosto. Minha emoção era causada pela música e também pelo momento.
-Eu seria uma estúpida se eu te deixasse ir – eu disse
-E eu seria um estúpido se eu te abandonasse – ele disse
          Ele largou as malas no chão e correu para me dar um beijo. Assim que nos beijamos, a “plateia” aplaudiu.
-Você me desculpa? – perguntei
-Não há o que ser desculpado – ele disse, me beijando
          Pattison me puxou e a festa terminou com a gente (e os outros casais) dançando juntos ao som de “Never Gonna Leave This Bed”.

                                                                                                            Autor::. Lucas Cordeiro

sexta-feira, 6 de maio de 2011

55- Bianca 2: A Vingança da Arquiteta

PDV da Bianca

          Já se passaram 2 semanas desde que Pattison se mudou e Allanis ainda está um pouco abalada. Ela fingia que não estava ligando, mas todos nós sabíamos que ela não está muito bem.
          Eu conversei com ela há uns dias atrás. Ela me disse que estamos numa boa e disse que ela só estava confusa por eu quase ter me casado com seu ex. Pena que o Pattison não sabe disso.
          Bom, eu precisava comprar algumas coisas, então, resolvi ir ao mercado. Chamei Lucas S para que ele me ajudasse com as compras.
-Tomate? – disse Lucas S
-Cheque – eu disse
-Alface?
-Cheque
-5 caixas de bombom?
-5 caixas de bombom? Não tem isso na minha lista! – eu disse
-Ah! Isso é da MINHA lista – ele disse, rindo
-Deixa que eu prego – eu disse
          Eu fui até a seção de doces para pegar as 5 caixas de bombom. Assim que peguei as caixas e voltei para onde Lucas estava, eu esbarrei em alguém. O problema é que esse alguém era o Finn.
-Oi, Finn! Quanto tempo! – eu disse, sem-graça
-É mesmo! – ele concordou
-Como vai a vida? – perguntei
-Vou bem. Continuo o namoro com Katy. E você? Como vai? – ele perguntou
          Eu não sabia o que responder. Mas sabia que não podia ficar fazendo papel de boba.
-Estou namorando – eu disse, sem pensar
-Sério? – ele perguntou
-É! Quer conhecê-lo? – eu disse
          Assim que as palavras saíram da minha boca, eu soube que tinha feito uma besteira. Não havia outra opção, então... eu o levei até Lucas.
-Pegou as caixas de bombom? – ele perguntou
-Sim – respondi – Lucas, esse é Finn. Amigo meu – apresentei
-Esse é o seu namorado? – perguntou Finn
          Hesitei em responder, mas a única resposta que me veio à cabeça foi:
-Sim – eu disse
          Assim que respondi, Lucas arregalou os olhos. Ele me deu um puxão no braço, quase deslocando meu ombro.
-Você ficou maluca? – ele sussurrou
-Estou fazendo ciúmes. Eu te ajudaria a fazer ciúmes se você precisasse! – eu sussurrei
-Mentira! – ele disse
-Vai me ajudar ou não? – perguntei
          Ele aceitou e entrou na farsa junto comigo.
-Que bom que estão namorando. Fico feliz – disse Finn – Vocês não se beijam?
-Ah, claro! – eu disse
          Lucas arregalou os olhos mais uma vez. Eu me aproximei e lhe dei um beijo na bochecha.
-Na bochecha? – perguntou Finn
-É mais higiênico! – disse Lucas
-É... Por isso que nunca pegamos gripe suína! – eu disse
          Finn foi embora e eu e Lucas terminamos de fazer as compras.
-Mais higiênico? – reclamei
-Gripe suína? – ele também reclamou
          Voltamos para casa. Eu me sentia “a poderosa”. Nunca me senti tão bem quanto naquela hora.
          Entrei na mansão saltitando e todos estranharam.
-Por que tanta felicidade? – perguntou Allanis
-Ela está feliz porque nunca pegou gripe suína – disse Lucas, num tom irônico
          Fui para minha casa e liguei o som no máximo. Coloquei na música “The Time”, dos Black Eyed Peas.

2 semanas depois...

          Chamei Lucas S para me ajudar mais uma vez a colocar ciúmes no Finn. Fomos de carro até a casa de Finn, fingindo que estávamos só “passeando”.
-Ah, ou, Finn! – eu disse – Não sabíamos que estaria aqui
-Essa é a minha casa. Onde mais eu estaria? – disse Finn
-Você poderia... ter ido ao mercado, ao hospital... – eu disse, envergonhada
-Bom, ainda bem que está aqui. Preciso te dizer uma coisa – disse Finn
          Naquele momento, um enorme sorriso apareceu em meu rosto. Parece que o meu plano estava realmente dando certo.
-O que? – perguntei
-Bom... – ele começou
-O que? O que? – perguntei, sem paciência
-Eu e Katy vamos nos casar – ele disse
          Logo, meu sorriso se transformou numa careta.
-Ah, tá. Felicidades – eu disse
-Já acabou? – Lucas perguntou sarcasticamente
          Eu dei um beliscão em suas costas e o mandei sair.
          Assim que cheguei em casa, liguei o som no máximo. Desta vez, na marcha fúnebre.
-Marcha fúnebre? Você vai matar ele? – perguntou Lucas
-Não. Vou me matar – respondi
-Por que você se martirza tanto? Por que não diz a ele que o ama?
-Mas eu já disse!
-Então diga de novo! Diga quantas vezes for preciso. Continue dizendo até ele se tocar!
-Você acha mesmo? – perguntei
-Eu não acho. Tenho certeza. Vai! – ele disse
          Fui correndo até meu carro e resolvi ir até a casa de Finn. Entrei na casa e disse que precisava conversar.
-Por que você vai se casar com ela? – perguntei ao Finn
-Porque você está namorando. Quando eu te vi com aquele Lucas... Me senti acabado. Como eu não poderia ficar com você...
-Então foi por isso? – perguntei
-É – ele disse
-Preciso que saiba uma coisa – eu disse
          Me aproximei e lhe dei um beijo.
-Eu te amo – eu disse, com um sorriso – E não vou desistir enquanto não largar Katy
-Mas e o Lucas? – ele perguntou
-Hmmm... Acho que ele não vai se importar – eu disse
          Ele me beijou mais uma vez e acabou que eu não precisei me matar (nem matar ele).

Fim do PDV da Bianca

                                                                                                                         Autor::. Lucas Cordeiro

quarta-feira, 4 de maio de 2011

54- Allanis na Casa Branca

          Me sentei no sofá, junto com Jose e Nath. Já se passaram alguns dias desde aquela confusão em Las Vegas. Já se passaram alguns dias desde que Pattison terminou comigo. Jose colocou “Lua Nova” no DVD.
-Qual é! Não tem filme mais deprimente, não? – reclamei
-Qual o problema? – perguntou Jose
-Meu namorado terminou comigo. “Lua Nova” é o último filme que eu vou querer ver! – eu disse
-É isso ou “Alice no País das Maravilhas” – disse Nath
-Acho que eu me arrisco a não ver TV – eu disse, saindo da sala
          Saí da sala de estar e fui até meu carro. Eu queria dar uma volta pela cidade. Liguei o rádio no máximo e me preparei para sair. De repente, Manu apareceu, querendo falar.
-Eu não quero conversar sobre o Pattison, tá? – eu disse
-E quem disse que eu vim falar sobre o Pattison? – ela disse
-Então... sobre o que você veio falar? – perguntei
-Sobre o paradeiro das horcrux – ela respondeu
-Ah, é. Eu já tinha me esquecido. Achou mais alguma? – eu disse
-Duas. Estão na Casa Branca – ela disse
-Sério?
-Sério! Vou chamar os Lucas, Nath, Bianca e Kel! Se prepara para a viagem! – ela disse, empolgada
          Tivemos que ir de avião, pois Pattison concerteza não levaria a gente e Lucas C nunca foi a Washington, ou seja, não poderia levar a gente.
-Como você está? Sabe, você e o Pattison... – disse Kel
-Não estou nada. Nada dura para sempre. Uma hora isso ia acontecer – respondi friamente
-Puxa! – disse Kel, assustada com a minha resposta
-Não precisa me tratar como um bebê. Vocês não precisam fica sentindo pena de mim – eu disse
          Kel desistiu de falar comigo e voltou para o seu banco.
          Assim que o aviaõ aterrissou, pegamos um táxi e fomos até a Casa Branca. Mas havia um porém: como vamos entrar na Casa Branca?
-Sugestões? Alguma coisa? – perguntou Lucas S
-Já sei! – disse Lucas C – Eu e Nath podemos entrar lá dizendo que temos uma reunião com o presidente
-É uma boa ideia – disse Bianca
-Vão. Nós vamos depois – eu disse
          Eles foram até lá, confiantes em seu plano.

PDV do Lucas C

          Fomos até o portão, onde estava um guarda. Eu e Nath nos apresentamos e o guarda nos deixou entrar.
-Eu não sabia de nada sobre reunião com o presidente – eu disse
-Nem eu – disse Nath – Precisamos olhar mais as nossas agendas
          Liguei para Manu, para ter notícias sobre as horcrux.
-Você não sabe onde está? – perguntei, indignado
-Não. Só sei que está em algum lugar da Casa Branca – ela respondeu
-Como você descobre sobre as horcrux?
-Informação confidencial. Não posso dizer – ela disse
          Desliguei o celular e tentei pensar em um plano. Não consegui pensar em nada, então, entramos na Casa Branca e fomos até a sala do presidente para a tal reunião.
-Sobre o que será essa reunião? – disse Nath
          Quando abrimos a porta, tivemos uma surpresa: era a festa de aniversário do presidente! Lá estava a Beyoncé, Mariah Carey, Lady Gaga, Usher e outros artistas.
-Quer dizer que fomos convidados para a festa secreta do presidente? – eu disse
-Ser mutante tem seus lados bons – disse Nath
          Nós não lembrávamos de ter sido convidados, mas era uma festa. Entramos no clima e começamos a dançar. Allanis e os outros ainda estavam lá fora então fui pedir ao presidente para eles entrarem.
-Sabe, sr. Presidente, alguns amigos estão lá fora – eu disse – Eles podem entrar?
-Claro! – ele respondeu
          Me surpreendi com sua resposta. Fui até o portão para deixá-los entrar.
-Já achou? – perguntou Allanis
-Não. Tem uma festa, sabia? – eu disse
-Festa?! – perguntaram Manu e Kel
-Estamos aqui a “trabalho”, lembram? – eu disse, sacudindo a cabeça delas
          Eu os levei até a sala do presidente, onde era a festa. Nenhum de nós sabia como achar a horcrux.
          Assim que entramos na sala, Manu foi correndo na direção da Beyoncé.
-Beyoncé! – ela gritou
          Nós viramos o rosto e fingimos que não conhecíamos ela.
-Me fez passar vergonha na Casa Branca. Isso é para entrar no Guiness? – eu disse
-Mais ou menos. Ainda falta na Muralha da China – disse Kel
-Ok, qual o plano para achar a horcrux? – perguntou Lucas S
-Geralmente, as horcrux estão na forma de algo precioso. Causam efeitos colaterais quando são tocadas – disse Allanis
-Vamos procurar – disse Nath
          Começamos a vasculhar tudo na sala, mas não conseguimos achar nenhuma das horcrux.
          Enquanto procurávamos, Manu pedia autógrafos ao Usher e à Mariah Carey. Se ela ajudasse, já teríamos achado pelo menos uma das horcrux.
-O que a gente faz? Ainda não achamos nenhuma das horcrux! – exclamou Bianca
          Enquanto a primeira dama dançava, sua tiara caiu. Eu fui pegá-la. Assim que eu peguei a tiara, eu levei um choque. Era uma das horcrux.
-Achei uma! – eu disse ao pessoal
          De repente, vimos a primeira-dama jogando seu bracelete no chão.
-O que houve? – perguntou Lucas S
-Meu bracelete começou a ficar meio oleoso. Gosmento – ela respondeu
-Bijuteria. Tem que ser joagada no lixo. Deixa comigo! – disse Nath, pegando o bracelete com a ponta dos dedos
          Saímos rapidamente da Casa Branca, levando as horcrux coma  gente. Naquele momento, tínhamos 7 horcrux. Ainda faltava uma, que não fazíamos ideia de onde estava.
-Por que a primeira-dama não sentiu os efeitos das horcrux? – perguntou Kel
-Ela estava com duas. Uma estava anulando a outra. Quando a tiara caiu, o bracelete começou a fazer efeito – respondi
          Eu dei as mãos ao pessoal e os levei de volta à mansão.

Fim do PDV do Lucas C

          Assim que chegamos à mansão, eu fui para meu quarto, assistir TV. Mas, assim que cheguei em meu quarto, me deparei com Pattison. Ele estava com algumas malas.
-O que você está fazendo aqui? – perguntei
-Só passei para pegar algumas coisas que deixei aqui – ele disse
-Já acabou? – perguntei, séria
-Já – ele respondeu, igualmente sério
          Ele passou por mim e foi embora. Me sentei na cama e logo depois, Nath entrou no meu quarto para falar comigo.
-A Kel disse que você não queria conversar. Mas, mesmo assim, eu insisto. Você está bem? – ela perguntou
-Estou – respondi
-Sério? – ela perguntou, séria de um jeito que eu nunca vi
-Não – eu disse, afundando a cabeça nos meus joelhos
          Ela passou o braço pelas minhas costas e ficou ali conversando comigo.

                                                                                                                                Autor::. Lucas Cordeiro

segunda-feira, 2 de maio de 2011

53- Na Noite Passada...

          Entramos todos em nossos carros e fomos até o saguão do hotel, onde Manu estava. Eu nem tinha visto ela sair da delegacia.
-E aí? Onde ela está? – perguntei
-Eu vi na internet que a mandante do assalto ao banco “G Bank” está trabalhando com uma máfia daqui de Vegas – ela respondeu
-Peraí. A Ana virou uma mafiosa? – perguntou Rafah
-Vegas, baby. A cidade mágica – disse Lucas S
-Mas onde ela está? – perguntou Jose
-Se ela estiver com essa máfia mesmo, no deserto de Las Vegas – explicou Manu
-Como se esse deserto fosse pequeninho – brincou Karol
          Kel e Luiz estavam indo para o lado oposto.
-Onde vocês vão? – perguntei
-À capela. Anular o casamento – respondeu Kel
-Se eu sobreviver... – resmungou Luiz, levando um soco no estômago pelo resmungo
          Entramos em nossos carros e fomos para o deserto de Las Vegas.

PDV da Bianca

          Assim que entrei no carro, flashes começaram a passar pela minha cabeça. Eu vi uma fonte, chuveiro, eu tirando a roupa... mas nada de James.

Flashback (Bianca):

          Eu, Karol e Manu estávamos bêbadas, andando pela cidade. Foi quando as duas me jogaram dentro de uma fonte que havia no meio da rua.
          Elas pegaram um táxi e sumiram de vista. Eu fiquei encharcada.
-Suas vacas! – gritei
          Voltei encharcada para o hotel e fui tomar um banho. Aquela fonte estava uma sujeira! Parecia até rua da cidade depois do carnaval. Quando abri minha mala, vi que só tinha levado a roupa do corpo.
-Idiota! – reclamei comigo mesma
          Estava muito cansada, etnão pulei (sem roupa mesmo) na cama e apaguei.

Fim do PDV/Flashback da Bianca

          Dirigi de maneira louca até o deserto. Aquela cena do pedido de casamento não saía da minha cabeça. Fiquei tão distraída que acabei atropelando o que parecia ser um gambá.
          O telefone tocou e eu atendi. Era Nath:
-Alguma coisa, Allanis? – ela perguntou
-Nada. E você? – perguntei
-Também não – ela respondeu
-Qualquer coisa eu aviso – eu disse, desligando

PDV do James

          Eu entrei no carro de Bianca para acompanhar na busa e, de repente, comecei a lembrar de algumas coisas da noite passada.

Flashback (James):

          Depois de um tempo do final da festa, fui (bêbado) para o meu quarto de hotel. Cheguei meio zonzo e, assim que abri a porta, dei de cara com uma garota sem roupa deitada na minha cama.
-A melhor festa da minha vida! – eu disse
          Tirei minha camisa e os sapatos. Tirei meu cinto e abaixei as calças. Deitei na cama e fui para cima da garota, que estava totalmente parada.
          Antes que pudesse fazer algo, senti um negócio estranho em meu estômago. Pulei para o outro lado da cama e vomitei na lixeira.
-Nunca mais vou beber – eu disse
          Tudo começou a girar e sentir dor de cabeça. Acabei apagando, que nem a garota que estava na cama.

Fim do Flashback

-Ahn... Qual o número do seu quarto, Bianca? – perguntei
-331 – ela respondeu
-O meu também! – eu disse – Isso explica como fomos parar no mesmo quarto
-E agora me lembro porque estava sem roupa – dissemos juntos
-Então... Não passou de um mal-entendido? – ela perguntou
-É – eu disse – Vamos anular o pedido?
-Tá legal – ela disse

Fim do PDV do James

          Encontramos um carro que não era de nenhum de nós e soubemos que era da tal máfia. O carro parou e começou a atirar na gente. Paramos também e nos escondemos atrás do carro.
-O que a gente faz? – perguntei
          Logo, Jose, Thaís e Kah pegaram, cada uma, sua arma e começaram a atirar.
-Onde vocês conseguiram essas armas? – perguntaram Marcelo e Nath
-Na verdade, não sabemos – elas disseram
          Elas atingiram os dois caras que estavam atirando e nós fomos até lá, onde encontramos Ana no porta-malas, com as mãos amarradas.
-Onde estou? – ela perguntou

Algumas horas depois...

          Bianca e James nos explicaram tudo o que aconteceu e que não iam mais se casar. Fiquei aliviada. Meu ex e minha amiga... isso simplesmente estava me deixando maluca.
          Fui para meu quarto, arrumar as malas. Patt entrou no quarto, dizendo que precisava conversar.
-Eu vi como você ficou quando aquele James pediu sua amiga em casamento – ele começou
-Onde você quer chegar com isso? – perguntei
-É óbvio que você ainda gosta dele. Não dá pra continuar com isso. Eu tô terminando com você – ele disse
-Não! Eu não gosto dele – eu disse
-Jura? Não é o que parece. Estou indo embora. Tchau. Acabou
-Não – eu disse
          Ele passou pela porta e me deixou falando sozinha.

                                                                                                          Autor::. Lucas Cordeiro