terça-feira, 28 de dezembro de 2010

24 - Explicações

 Estaram coberto de razões se depois disso quiserem me matar. Estou saindo de casa, junto de Manuh e Lucas.
 Precisamos encontrar algo que nos informe sobre AL. Não fiz contato antes pois não queria preocupar vocês,
mas os dois insistiram. Por favor, não venham atrás de nós.
 Sei que a esta altura do campeonato estaram se perguntando porque não levamos vocês, a resposta é simples:
 Não quero por a vida de vocês em risco de novo. E nínguem mais vai morrer, pelo menos não por mim.
 Eu escrevo isto com uma dor no coração, não é fácil deixar isso tudo aqui, depois de tudo o que já vivemos.
 Espero que não fiquem chateado, faço isto por um bom motivo. Entendam, por favor.
                                                                                                                                                                                          Allanis

 Dobrei e a coloquei sobre a minha cama.
 Fomos para o aeroporto, eu ainda estava triste por causa disso.
 O tempo estava nublado, chovia muito, mas do que na última vez que eu vira um dia assim.
 
5 dias depois ...

 - Eu estou começando a pensar que foi um erro termos vindo para cá. - disse me virando.
 Lucas voltava para se juntar a nossa pequena conversa.
 - Lembra que o velho nos mandou revirar o passado? - ele disse.
 - Sim, mas ele deveria estar caducando. - disse Manuh revirando os olhos.
 - Não, lembra o que ele falou? De tanto que estávamos preocupados, esquecemos do mais importante. Precisamos voltar no Valverde.
 - Eu fui lá ontem, e está fechado. - eu disse me sentando.
 - E isso é ótimo. - ele disse sorrindo - Não percebem? Podemos entrar lá e procurar o que quisermos, sem nínguem nos incomodar.
 Apenas respirei fundo e concordei.
 Quando eram 20:00 pulamos o muro e descemos pelo o telhado.
 Chegamos na escola e estava tudo tão... estranho desde a última vez que eu estive aqui.
 O lugar estava escuro, frio, como se ali, a felicidade nunca mais fosse reinar.
 Liguei a lanterna e notamos que o portão estava quebrado, a grade amassada e as paredes pixadas.
 Entramos e fomos logo para os arquivos, que estavam todos jogados pela a secretaria.
 - Esse lugar está precisando de uma boa reforma. - disse Manuh.
 - Olha, junte a quantidade máxima de papeis que conseguirem. Vamos levar para casa. - disse Lucas.
 Pegamos uma pasta que tinha lá, guardamos a maioria dos papeis que tinha lá e voltamos para casa.
 Lucas espalhou pela a sala os papeis e eu fui ajudar a Manuh a preparar alguma coisa para jantarmos.
 Depois de quase meia hora discutindo, entramos em um acordo e fizemos uma lasanha.
 - Acha que foi tudo uma armação do velho? Para que voltássemos ao Brasil? - perguntou Manuh confusa.
 - Eu sinceramente não sei. Mas estou começando a acreditar que foi isso.
 - Será que ele vai conseguir descobrir alguma coisa revirando os papeis?
 - Garotas. - chamou Lucas.
 Fomos na sala e ele estava com o medalhão sobre mão sangrando e um livro aberto no chão.
 - Ah meu Deus, o que houve com a sua mão? - perguntei nervosa.
 - Isso é o de menos, acontece que quando você voltou no tempo com o medalhão do tempo, você voltou tudo de novo e estamos agora de volta a nossa forma humana. - ele disse nervoso.
 - Manuh, vai pegar um pano para tentarmos estancar o sangue.
 - Não, fica, preciso te mostrar uma coisa. Esse medalhão não é o verdadeiro. Olha aqui na fonte desse livro. - e ele me entregou o livro que nele estavam duas gotas de sangue.
 - "De acordo com cientistas, há mais um medalhão pelo o mundo. Porém, o medalhão é falso.Ele tem os mesmos poderes do verdadeiro, mas deixa quem o possui extremamente sobre as ordens do medalhão." Então quer dizer que...
 - Que as fontes foram alteradas do livro que a Manuh tinha lido no dia da morte da Jubs. - ele disse se levantando - E foi o medalhão que fez isso quando eu tentei abri-lo.
 - Então quer dizer que o medalhão não aparece e desaparece, é a nossa mente que faz com que ele suma. - concluiu Manuh.
 - Exatamente. Mas deve ter alguma coisa ai dentro que ele não quer nos mostrar.
 E o silêncio tomou a sala. Passamos horas parados, só voltamos quando a lasanha estava pronta. Comemos e fomos dormir. Ou pelo menos tentar dormir. Eu estava muito preocupada com tudo isso que o Lucas havia descoberto sobre o medalhão. Me levantei e fui até o quarto dele, porem, ele não estava lá.
 Fui para o terraço, e lá estava ele, olhando as estrelas, como geralmente fazia nestes últimos cinco dias.
 Você quer conversar, ou simplesmente desabafar? - perguntei me aproximando dele.
 - Na verdade, já imaginou como poderia ter sido tudo tão diferente? Quero dizer, e se estivesse predestinado que nos encontrássemos de novo?
 - Acho que depois de todos esse tempo juntos, não me pergunto mais isso. - eu disse e ele sorriu.
 - As vezes eu pergunto se eu um dia consiga encontrar alguém que possa substituir ela. - ele disse e notei que ele estava chorando.
 - Nínguem pode substituir nínguem. - eu disse e ele abaixou a cabeça, peguei seu queixo e levantei a cabeça dele - Não fica assim, você não foi culpado pela a morte dela.
 - É claro que fui! Se eu nunca tivesse largado aquela maldita faca, hoje ela poderia estar comigo.
 - Para de ficar se culpando. Você não teve culpa de nada.
 - Se eu nunca tivesse tocado naquele maldito medalhão as garotas nunca teriam sido torturadas e ela não estaria morta.
 - Lucas, eu sempre admirei a sua coragem. Mas tenho que admitir que você as vezes é muito idiota. - eu disse segurando em seu braço - Acha que a Manuh e as outras garotas quase morreram por sua culpa? Não, elas sempre foram leais a mim, preferiram serem torturadas a trair a minha confiança. Isso é maior que você, e sempre foi maior que você. E a Jubs morreu como uma heroína. Tentando que você não torturasse aquela mulher. Será que dá para você entender pelo menos isso?
 Ele não respondeu e ficamos em silêncio durante muitos minutos, acho que até horas.
 - Lucas, não adianta você continuar a sonhar.
 - Não.
 - Porque não?
 - Porque depois de tudo o que está acontecendo em nossas vidas, é preciso sonhar para viver. Porque, se eu tiver que viver para não sonhar, eu prefiro morrer.
 E assim seguimos a noite, vendo as estrelas, porém, sem nenhum dizer uma única palavra.
 Ele não ia se render essa noite, não ia aceitar a verdade, mas na verdade, ele tinha razão, para viver, é preciso sonhar.
 Sentamos no chão e ficamos horas e horas olhando as estrelas, fazendo apenas isso, sem mais demais.

domingo, 26 de dezembro de 2010

23 - O grito da fênix

 Não fora apenas eu que fiquei angustiada durante a noite, Lucas e Manuh também. Encontrei eles de madrugada conversando na cozinha.
 Desci as escadas, agora são 04:30. Fui até a cozinha e eles ainda estavam lá.
 - Allanis, ainda bem que você desceu. Descobrimos uma coisa que talvez a interesse. - disse Manuh indo para a mesa de centro que havia ali.
 - Garanto que vai ser uma surpresa para você. - disse Lucas.
 - Anda logo garoto! - eu disse irritada.
 Ele tirou o medalhão do bolso, o colocou sobre a mesa. Pegou uma faca e o abriu. Uma luz saiu de dentro dele e entramos no medalhão. Sim, nós entramos no medalhão.

 - Senhor, a algumas semanas os ataques tem sidos constantes aqui. Se isso continuar, teremos que fechar o cinema. - disse um rapaz.
 - Creio que isto tem sido o fim para este lugar. Sim, receio que... - mais no momento que ele ia falar, alguém o acertou e o atirou de cima da ponte.
 Vultos pretos começaram a correr pelo o lugar colocando fogo em tudo o que eles viam.

 Voltamos para a realidade.
 - Allanis, o que vimos dentro do medalhão foi em 1658. E esse livro que a Manuh tem diz que foi o último ano que esse tal AL apareceu. E, de acordo com esse outro livro que ela trouxe do meu quarto a quatro anos atrás, AL se chama...
 - Andrade Lian. - completei.
 - Justamente. - dessa vez, era a Manuh quem falava - Mas, de acordo com esse jornal da epóca, Andrade Lian era um importante empresário. E que morreu no mesmo dia que aconteceu essa cena que estávamos vendo. Ou seja, alguma das duas fontes foi alterada, para não descobrirmos quem é esse tal Andrade Lian.
 - Garotas, olhem isso. - disse Lucas, nos mostrando outro jornal - Esse é o cara que estava dentro do medalhão. Falando com o homem minutos antes de ser assassinado.
 - E era esse o homem que estava na mansão no dia que eu tive o meu pesadelo. - conclui.
 - Acham que ele tem alguma coisa a ver com o AL? - perguntou Manuh fitando meus olhos.
 - Não. Mas precisamos voltar aquela mansão, para ver o que há lá. Não há como ter mais serpentes, quero dizer, destruimos a serpente prateada e as outras que estavam trancadas no quarto.
 - Seja o que for, precisamos muito ir lá. Amanhã, antes do sol nascer. Todos acordam lá para às 09:00 ou 10:00. Então dá tempo. - disse Lucas.
 - Não, quer saber. Vamos agora. Quero esclarecer tudo isso de uma vez. E não vou conseguir voltar a dormir de qualquer forma. - eu disse.
 - Então, tudo bem para você? - perguntou Manuh ao Lucas.
 - Ah garota, vai se arrumar. - disse o Lucas saindo.
 - Eu adoro perturbar ele. - ela disse rindo.
 Nos arrumamos o mais rápido possível. Fomos no carro do Lucas, e a Manuh foi reclamando por não irmos no dela.
 Lucas estacionou o carro duas quadras antes, e depois seguimos andando.
 Estávamos quietos, não queríamos que nada desse errado. A luz da lua ainda pairava sobre as nossas cabeças, embora já fossem 05:36 da manhã.
 Assim que chegamos a velha casa abandonada, Lucas ligou a lanterna.
 - Não vamos nos separar. Eu acho melhor. - disse Manuh.
 Concordamos e subimos a escada em caracol.
 Entramos em uma sala que parecia mais ser a biblioteca.
 - Que bom ver vocês aqui, eu sabia que viriam. - disse o mesmo velho que eu acertaram dias atrás.
 Me preparei para caso ele tentasse atacar.
 - Calma, não vou fazer mal a vocês. - ele disse levantando as mãos - Agora vamos, eu espero vocês na cozinha.
 O velho passou na nossa frente e nos guiou até a cozinha.
 Quanto mais nós andávamos, mais ouvíamos um barulho de serpentes. Na hora, eu gelei.
 Assim que chegamos a cozinha, ele nos mandou sentar nas cadeiras velhas e empoeiradas que havia ali. A cozinha aparentava ser aquelas de filme de terror, o teto estava mofado.
 - Tudo começou em 1735 - começou o velho - Éramos típicas famílias Hollywoodyanas, levávamos uma vida comum. É mentira, toda aquela lenda de que a morte mora aqui.
 "Meu nome é Edmunguis Chilemons, eu moro aqui a anos. Ou pelo menos era assim."
 - Você é um fantasma? - perguntou Manuh nervosa.
 - Não, sou uma lembrança. Uma lembrança viva, que está de algum modo, presa a está casa.
 - Bom, acho que você já sabe o motivo da nossa visita. - disse Lucas.
 - Sim, meu caro rapaz. Mas, creio que já sabem as respostas para as suas próprias perguntas. - ele disse, olhando para o Lucas através dos óculos.
 Lucas não entendeu o que ele disse, apenas sacudiu a cabeça negando que soubesse de alguma coisa.
 - As resposta para o que você procura, estão aqui... - ele disse encostando o dedo onde era o coração do Lucas.
 - Desculpe senhor, eu não entendo. - disse Lucas.
 - Apenas, vá ao lugar onde vocês dedicaram cinco ou mais anos de sua vida. Talvez lá estejam as respostas do que querem saber. - disse o velho se levantando - Mas, seria bom retornar ao seus locais de origem, seria como se vocês renascessem.
 - Como uma fênix. - disse Lucas encarando o velho.
 - Exatamente, como uma fênix.
 - Mas senhor, não entendo. O que quer dizer isso? - perguntei confusa.
 - É a única coisa que eu posso dizer. E, se prestarem bastante atenção e refazerem os seus próprios passos, saberam do que se trata. Boa sorte. - disse o velho, desaparecendo.
 - Vamos embora, eu não fico aqui nem mais um segundo. - disse Manuh.
 Saímos da mansão e era como se o Lucas estivessem hipnotizado.
direto enquanto eu e Manuh ficamos na sala.
 - Ele está agindo muito estranho. - analisou Manuh - Nem ficou irritado com a minha piadinha sobre o cabelo dele.
 - Acho que isso tem alguma coisa haver com a tal fênix que o velho falou.
 - Acho melhor irmos arrumar as malas. Sabe, antes que eles acordem. - eu disse.
 Fomos para os nossos quartos, nos arrumamos e descemos.
 Lucas ainda estava agindo estranho e então não aguentei e perguntei o que estava acontecendo.
 - Estou tentando encaixar em seu devido lugar as palavras daquela lembrança. Não acha estranho tudo o que ele falou? - ele disse - Allanis ele se dirigiu a você quando disse que éramos para voltar ao lugar que dedicamos cinco anos ou mais da sua vida. É muito óbvio. Eu estudei no Valverde durante 10 anos, e você só 5. Quando ele quis dizer que as resposta que procurávamos estava aonde dedicamos metade das nossas vidas é no colégio, lá no Brasil!
 - Então, vamos ter que voltar aquela jossa? - perguntou Manuh.
 - Acho que se quisermos descobrir a verdade sobre AL, é melhor começarmos ali. - analisou Lucas.
 - Só, não vamos falar nada para os outros, eu acho melhor assim. - disse Manuh, ela tinha razão. Mas e se eles se preocupassem.
 - Acho melhor escrever uma carta. - eu disse.
 Eles concordaram, nós subimos até o meu quarto e começamos a escrever. Esse seria um dos momentos mais difíceis para mim. Eu não queria me separar dos meus amigos, mas era preciso.

sábado, 25 de dezembro de 2010

22 - Um Natal quase perfeito

 Pattison saiu da festa ontem aleijado. Tudo tinha ocorrido bem, fora aquele vexame. A festa acabou era 04:36, e as meninas se acabaram de dançar. Kel quase teve um troço quando viu que o Dudu Surita estava na festa com a Giullia, a garota com quem ele a traiu. E os dois quase piraram quando viram ela beijando o Lucas.
 Todos foram se deitar e eu fui a primeira a acordar, como sempre.
 Bill teve que ir mais cedo, pois hoje ele teria uma apresentação em um clube, junto com os Tokio.
 Preparei um café da manhã merecido para uma manhã de neve. Chocolate, panetone, rabanada, leite-condensado e tudo que um verdadeiro Natal tinha.
 Assim que estava tudo pronto, fui chama-los. Claro que eu não precisei chamar o Lucas, ele desceu assim que sentiu o cheiro da rabanada no forno.
 - Feliz Natal amiga. - ele disse me abraçando e me entregando um embrulho - É uma pulseira apanhadora, ela suga os dias ruins. E esse é um cristal que eu pedi para a mulher por nele, é diamante verdadeiro.
 - Obrigada amigo. - eu disse abraçando - Nossa, você deve ter gastado uma fortuna nisso!
 - Nem tanto. - ele disse.
 Depois de receber todos os presentes, e distribuir todos os presentes, fomos finalmente tomar o devido café.
 Acabamos era umas 10:30, claro que ficamos conversando e fofocando.
 - Podíamos sair não acham? - disse Manuh.
 - Shopping é um ótimo lugar para se divertir. - disse Kah.
 - Isso aí amiga. E pega aquele garoto bonitinho que é nosso vizinho. - disse Kel, batendo as mãos com a da Kah.
 - HAHA. Podemos ir então? - disse Lucas.
 Todos se levantaram e foram se arrumar para sairmos.
 Fomos para um shopping que tinha ali perto, e já de se imaginar, nos esbaldamos em compras e sapatos, vestidos e batons, makes. Sabe, essa coisas. Enquanto os meninos foram comprar cartões de jogos. Garotos são tão tédiosos.
 - Amiga, estou em dúvida. Esse ou esse? - disse mostrando dois saltos altos para a Kel.
 - Talvez você deva apostar, hun... - ela se virou e foi até a prateleira - Nesse daqui, tem mais o seu estilo. - ela disse me entregando um outro salto alto, mas rosinha e com umas tranças que se amarravam ao tornozelo.
 - Você tem razão, talvez eu leve esse.
 Fomos pagar nossas compras e decidimos ir assistir um filme.
 - Droga, nenhum filme interessante, talvez possamos ir para casa. - sugeriu Lucas bocejando.
 Ele tinha razão, não havia nada de bom no cinema, então, decidimos voltar para a casa.
 Assim que chegamos, Pattison nos esperava no portão.
 - Eu vou...
 - Entrar. Deixa que eu converso com ele. - eu disse para Lucas, segurando em seu braço.
 Esperei eles saírem e entrarem em casa, só então eu sai da limusine.
 Pattison estava com um jornal na mão e um embrulho na outra.
 - Allanis, quero explicar o que ouve.
 - Você já explicou tudo quando beijou aquela garota morena no café expresso essa semana.
 - Não Allanis, não é nada disso. Eu nunca fui no café expresso. E, eu tenho um irmão-gêmeo.
 - Essa foi a desculpa mais esfarrapada que eu já ouvi. - eu disse, deixando uma lágrima rolar em minha bochecha.
 - Não é brincadeira, é verdade. - ele disse abaixando a cabeça - Julius. - ele chamou e um garota, assim, idêntico a ele veio.
 É um sonho, já já vou acordar.
 - Naquele dia, eu peguei o carro dele emprestado. E fui no café expresso. Eu beijei a garota, e não ele.
 - Okay, pode ir embora. - disse Pattison.
 Eu o abracei com toda a força que consegui juntar, deixando o ombro dele todo molhado de choro.
 - Porque não me...
 - Longa história da minha vida. Mas, ainda dá tempo de desejar um feliz Natal. - ele disse me entregando o presente - Mas, eu descobri que você veio do Brasil, então, acho que você deveria saber o que está acontecendo por lá. - ele disse me entregando um jornal.

 "Cresce o número de assassinato na Baixada Fluminense."
 
 - Obrigada Pa, mas agora, eu preciso entrar. - disse dando um selinho nele - Eu te vejo amanhã.
 - Mas, Allani...
 Entrei correndo e Lucas estava assistindo ao noticiário.
 - Ele atacou de novo. - eu disse jogando o jornal em cima do sofá - Nossas famílias podem estar em risco!
 - Ele também atacou metade da cidade de Nova York sozinho, os outros não sabem quem foi, mas nós temos uma suspeita. - disse Luis.
 - Sabem o que isso significa, não é? - perguntei.
 - Compras?! - perguntou Kah animada.
 - Não, vamos para nos separar em diferentes partes do mundo para prevenir o ataque do AL. - eu disse.
 - Allanis, é muito arriscado. - disse Jose se levantando.
 - Arriscado é vermos o tempo passar e nossas famílias morrerem, isso é que é arriscado. - eu respondi com raiva.
 - Está usando o vira-tempo de novo, não é? - perguntou Thais.
 - Eu disse que precisava ficar com ele.
 - Não, precisamos revezar! Ainda não notou que esse troço afeta mais a você do que há todos nós? - disse Lucas com raiva - Tira isso, anda!
 Tirei o medalhão e ele pós no pescoço.
 - Você se sentiria melhor se não andasse com isso o dia inteiro no pescoço! - ele disse, pondo o medalhão dentro da camisa.
 Ele tinha razão.
 Fomos todos dormir, já era tarde. Porém, não consegui dormir.
 Passei a noite arrumando as malas, no outro dia eu iria para o Brasil, e não havia nínguem que pudesse me impedir. Nada, e nem nínguem.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

21 - Uma festa quase perfeita

 Depois de dias do acontecido, parecia que o tempo agora não passava, e sim voava.
 Acordei e estava nevando no lado de fora da casa.
 Desci as escadas correndo como se fosse uma criança de cinco anos de idade. Passei em todos os quartos acordando todos e desejando feliz natal.
 - Obrigado, mas o presente perfeito seria você me deixar dormir até mais tarde! - disse Lucas puxando o edredom para cima dele.
 - Vai, se arruma. Vamos logo descer! - eu disse puxando o edredom e o colocando em cima do guarda roupa.
 Subi as escadas para poder tomar um banho e me arrumar. Coloquei uma roupa simples, um short e uma camisa escrito "I ♥ MY BOYFRIEND" e uma sandália de rosas.
 Desci e todos ainda estava de pijama.
 - É assim que você vão organizar a festa? - perguntei incrédula.
 - Festa? Allanis, é apenas uma comemoração para amigos. - disse Ana bocejando.
 - Era uma comemoração para amigos. Vamos fazer uma super festa agora.
 - Quem é você, o que quer e o que fez com a Allanis? - disse Jose se levantando.
 - HAHA, super engraçado. Vamos logo. - eu disse batendo as mãos duas vezes - Lucas, ligue para todas as pessoas que você conhece. O mesmo para Jose, Ana, Manu, e Kah, Kel e Rapha. A festa começara as 22:00. Quero todos aqui, e não aceito um não como resposta.
 - Allanis, ok, chega de animação e vamos voltar a dormir. - disse Luis com sono.
 - Não é animação, estou falando sério! Ontem, enquanto você dormiam, eu preparei todo o quintal. Ele está todo preparado. Não há como a neve nos impedir. - eu disse abrindo a porta e levando eles para fora - Claro que esse teto não é real. É apenas vidro. Olhem, a neve cai mas não nos atinge. E agora, só falta por o lustre.
 - Allanis, não vamos tirar o lustre da sala, não é? - perguntou Isa preocupada.
 - Claro que não, bobinha - disse apertando a sua bochecha - Comprei um lustre especialmente para isso. - eu disse indo em direcção ao porta-malas do carro.
 Tirei de lá um lustre de cristal, como todo o cuidado possível para não trincar.
 Quando voltei, eles já haviam colocado a escada lá sobre o meio do grande salão.
 Subi e o prendi lá em cima. Transferimos a árvore que estava dentro de casa, com todo o cuidado, para fora. Colocamos ela em baixo do lustre.
 Enfeitamos o local o mais rápido possível, colocamos uns piscas-piscas e encomendamos mais uns vidros para fazermos uma espécie de passarela até o portão.
 Já eram 20:00 e ainda não havíamos acabado, olhamos para o portão e tinha chegado já duas convidadas.
 - Giullia, Luh, quanto tempo. - disse Ana indo recebe-los.
 Fui atrás dela me apresentar.
 - Olá, tudo bem? - disse dando um beijo na bochecha de cada um - Desculpe não estar ainda apresentável viu? É que estava combinado só para 22:00, mas podem se acomodar. Sigam para o salão e podem ir até o quiosque que tem lá, o garçon irá servi-las. Daqui a pouco eu converso mais com vocês, é que preciso acabar logo com essa bagunça. Até mais. - eu disse, dando outro beijo na bochecha de cada uma.
 Me dirigi até o salão, peguei as caixas vazias de pisca-pisca e as coloquei no alçapão.
 Voltei para dentro de casa e fui me arrumar para a festa.
 Fui até meu quarto, tomei um banho, coloquei o meu vestido rosa e um salto alto. Repassei a escova, coloquei uma máquiagem especial que a Alice havia me dado, pus baton e desci.
 Eu esperava meu convidado de honra, que iria ficar comigo durante toda a festa.
 Só que ele nem deve ter dado sinal de fumaça.

 PDV do Lucas

 - Por que acha que ela não contaria a gente com quem vai vir? - perguntou Luis.
 - Porque ela tinha certeza de que agente ia curtir com a cara dela. - respondi bebendo mais um copo de coca-cola.
 A festa estava ocorrendo até agora tudo bem, sem mais problemas. Mas será que iria durar?
 Vi Pattison entrar no salão, não acredito que a Allanis teve coragem de convidar aquele FDP para vir a festa. Mas eu não podia perder o controle, não agora. Respirei fundo e me virei.
 - O que aquele cafajeste faz aqui? - perguntou Luis irritado.
 - Calma, não perder o contro-le. Lembre-se, mantenha o controle! - eu o acalmei.
 - Será que foi ele quem a Allanis convidou? - perguntou Isa se juntando a nós.
 - Ela também não te contou? - perguntei
 - Se tivesse contado eu não estaria perguntando, não é verdade?
 - Potoco! - brincou Luis.
 - Na verdade, ela não contou a nínguem. - disse Kel se virando - Mas ela está tão linda.
 Nos viramos e vimos ela descendo com seu vestido rosa arrastando pela a escadaria.
 - O que ele está fazendo ali? - apontei para um homem de estatura baixa, um pouco maior do que a Allanis, mas de palito.

 Fim do PDV.

 - Bill, que bom que você veio! - eu disse o abraçando.
 Ele tentou me beijar, mais eu pus o dedo em seus lábios e o empurrei pouco.
 - Apenas amigos, lembra? - perguntei.
 Ele fez que sim com a cabeça e fomos para o grande salão.
 Todos os olhares eram para nós, e eu não pude deixar de me sentir sem graça. Até meus amigos estavam boquiabertos.
 - Oi gente, tudo bem com vocês? - disse Bill.

 - Eu sabia que não devia ter vindo, eu acho melhor ir embora. - disse Bill se virando.
 Segurei sua mão e ela voltou, de cara amarrada.
 - Não, nada disso. O Bill é meu convidado. Somos apenas amigos.
 - Segura a tua onda, se não eu não vou responder por mim. - disse Luis apontando o dedo para o Bill - Você sabe que eu não sou de fazer brigas, mas se eu perder a paciência, você vai ver!
 - Não vão ver nada. Se controlem, por mim. - pedi.
 Eles fizeram sim com a cabeça e voltaram para a pista de dança.
 - Até que enfim estamos a sós. - disse Bill.
 Ele segurou meu pescoço, mas eu me afastei dele.
 - Já conversamos sobre isso Bill, sabe que somos apenas amigos e...
 - Eu não devia ter acreditado na Jane. Allanis, me desculpa eu...
 - Shi, não fala nada. Agora, cade o meu presente? - perguntei e alguem pôs um anel lindo brilhante em minha frente, um homem mascarado.
 - Para a rosa mais linda que tem em meu jardim. - disse uma voz conhecida e abrindo uma caixinha de anel em minha frente - Allanis, você aceita se casar comigo? - perguntou Pattison.
 Não soube o que falar naquele momento. Eu estava sem voz, nervosa e confusa.
 - É muita ousadia sua aparecer aqui! - gritou Luis.
 - Droga! - eu exclamei.
 Logo ele deu um soco no rosto de Pattison e ele saiu rodopiando pelo o salão.
 Pattison se levantou e socou a barriga dele, e ele foi parar do outro lado.
 Foi questão de tempo para que Lucas entrasse na briga também, acabou que ele saiu aleijado da briga.
 - O que foi que... eu... fiz? - ele perguntou ficando de todas as cores possíveis.
 - Vai embora, você não tem nada o que fazer aqui! - disse Jose.
 - Isso mesmo, fez minha amiga sofrer então vai pagar. Seu cavalo! - disse Ana dando um chute nos países baixos.
 - Em pensar que um dia fui eu no lugar dele. - sussurrou Bill em meu ouvido.
 Não consegui esconder uma risada. Ao que tudo indicava, essa seria uma longa noite!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

20 - A serpente prateada

 Dei um chute no velho e ele cambaleou para trás e caiu. Subimos a escada correndo e nos trancamos no primeiro quarto que vimos.
 - O que foi aquilo? - perguntou Manuh.
 - Deve ter sido parte do plano para nos manter longe, caso nós tentassemos espionar. - eu expliquei.
 - Allanis, que barulho é esse?
 Eu também estava ouvindo, era como se algo estivesse se rastejando no chão.
 De repente, era como se o chão não existisse mais. Caimos em uma especie de planta pegajosa. Era dela que vinha o barulho estranho.
 - Manuh, calma. É visgo do diabo. Quanto mais você se mecher, mais rápido ela vai te matar. Fica calma que vai dar tudo certo. - eu disse, me acalmando.
 - ACALMAR?! COMO EU POSSO ME ACALMAR? - ela gritou.
 Eu me concetrei o máximo que eu consegui e foi como se a planta tivesse me engolido.
 - Se acalma. Eu estou bem! - eu gritei.
 Manuh parou de gritar e logo depois ela caiu.
 - Você está bem? - perguntei me aproximando dela.
 - Sim. Era só, eu ter me acalmado. - ela disse sorrindo sem graça.
 - Eu falei.
 Fomos andando até onde havia uma porta, que levava ao porão da casa. Abrimos e entramos.
 Acendi a lanterna e descemos.
 - O barulho não era do visgo. Era... - eu não consegui terminar pois fomos atacadas por um especie de cobra.
 Eu tropecei para trás e a serpente tentou me abocanhar. Peguei um pedaço de madeira que tinha ali e enfiei dentro da boca da serpente, que cuspiu seu veneno sobre minha perna.
 Fui correndo para o lado da Manuh, onde ela havia se escondido atrás de uma especie de barril.
 - Eu falei! - ela disse.
 - Precisamos sair daqui, o mais depressa possivel! - eu disse, vendo se a serpente já havia sumido - VAMOS. - gritei.
 Passamos a primeira parte bem, o problema foi a segunda. Não havia apenas uma serpente. Mas milhares delas.
 Voltamos para a primeira parte para tentar sair do porão, mas estava fechado.
 - O que é isso? - perguntei.
 Era um objeto brilhante e pequeno. Era uma faca.
 - Vamos. - eu disse pegando a mão da Manuh.
 A primeira serpente voltou a nos atacar, mas eu taquei a faca sobre sua cabeça e ela foi morta.
 - Ótimo. Agora só precisamos matar centenas delas. - disse Manuh com sarcasmo.
 - Olha pelo lado bom, é uma sala a menos. - eu disse me apoiando com as mãos no joelho.
 - Não sabe como isso me deixou contente.
 Respirei fundo e apanhei a faca do chão.
 Quem quer que tivesse colocado aquelas serpentes dentro daquela sala, teria que ter uma chave, ou um única cobra que pudesse para matar todas.
 Abri a porta e me concentrei.
 - Allanis, tem que ter uma passagem secreta. Não podemos correr o risco de sermos picadas por cobras. - disse Manuh.
 - Era nisso que eu estava pensando. Temos apenas uma chance. - eu disse repirando fundo - Vou tentar acertar aquela do outro lado.
 - Allanis, seria muito obvio se a cobra que fosse a "chave" fosse aquela rodando em circulo. Vai por mim, é outra!
 - Mais vale arriscar e errar, do que não arriscar e nunca acerta. - eu disse fitando seu olhos.
 Ela fez um sinal de sim com a cabeça.
 Me preparei e joguei a faca. Assim que a faca atingiu a serpente, todas as outras se viraram para nós e estava querando sair.
 Fechamos a porta o mais depressa possivel.
 - Obrigada, agora não temos por onde sair. Satisfeita?
 - Olha, não briga comigo ok? Temos que ter uma opção. É obvio... - eu parei e encarei ela.
 - O que foi? - ela perguntou confusa - E, me tira dessa.
 - Se transforma em metal. - eu ordenei.
 - Você pirou ou coisa do tipo?
 - Você é a minha única e última esperança. Se transforma em metal, vai. - eu disse.
 - O que você não me pede sorrindo que eu não faça chorando. - ela reclamou.
 Ela se concentrou e logo ela ficou prata.
 - Agora entra naquela sala e destrua aqueles animais! - eu disse pulando.
 - Como é? Você bebeu foi? Eu não vou...
 Eu a joguei dentro da sala e fechei a porta.
 - É só ir correndo e despedaçar as serpentes.
 - Como se eu não já estivesse correndo. AAAAAAAh. - ela gritou fino.
 Depois de dez minutos ela bateu na porta.
 Eu abri.
 - Da proxima vez, me jogue para os tubarões. - ela disse.
 - Ok, vamos. - eu disse entrando na sala.
 Fui até a faca caida no chão, e logo ela se transformou em uma espada.
 - Como você fez isso? - perguntou Manuh e seus olhos brilhavam.
 - Eu não fiz, apenas, toquei nela e aconteceu isso.
 - Vamos ver o que nos aguarda nessa daqui agora.
 Entramos na sala escura. Aos poucos, uma luz foi se acendendo e visualizamos muitos esqueletos e pele de cobra.
 - A cobra que trocou de pele deve ter uns seis metros. - ela disse - Allanis CUIDADO. - ela gritou e eu fui jogada de lado e a espada para outro.
 Uma cobra prateada saiu de dentro da parede e veio em minha direção.
 Ela me olhou e tentou me abocanhar, mais bateu de cara na parede.
 - Manuh mate-a! - eu gritei.
 Saltei sobre a cobra que se viu cega.
 Subi em sua cabeça e espetei seus olhos com as minhas unhas. O sangue da cobra escorreu em meus dedos.
 A serpente fez como se estivesse gritando e começou a balançar a cabeça.
 Saltei por cima dela, me desequilibrei e bati as costas no chão.
 - Você está bem? - ela perguntou, seguindo de um grito.
 A serpente a atacou, mas dessa vez acertou o seu alvo. Ela a jogou para o outro lado da sala, fazendo com que batesse sua cabeça na parede.
 Peguei meu celular e o joguei dentro de um cano que havia ali aberto, a serpente sega, seguiu o barulho, achando que pudesse ser eu que estava fugindo dali.
 Corri até a Manuh e a perna dela sangrava.
 - Amiga, você consegue andar? - perguntei nervosa.
 - Não. - ela disse segurando em meu braço e olhando em meu rosto - Eu vou ficar bem. Agora, você tem que ir. Você é uma grande vampira, e eu devo admitir, você é muito inteligente. Mas as vezes muito burra! Vai logo!
 Dei um beijo em sua testa e a abracei com toda a força que eu consegui juntar.
 - Vai logo. - ela disse, dando um pequeno tapa no meu braço.
 Eu sabia que poderia voltar morta, ou pelo menos mutilada. Só isso.
 O brilho da serpente ia desaparecendo. conforme eu ia seguindo-a. Puxei a espada só porsegurança.
 A serpente pulou sobre mim, me esmagando. A espada escorregou da minha mão e eu me vi desesperada.
 Dei um pulo e chutei sua cabeça. Ela veio de boca aberta para me picar, mais eu me preparei, arranquei as suas presas e as fixei em sua cabeça.
 Ela cambaleou, mas não caiu, seus olhos vermelhos estavam fixados em mim. Cheguei para o lado bem devagar, me abaixei e peguei a espada. O barulho assustou a serpente, que voltou a atacar. Peguei a espada e enfiei em sua boca. A serpente cambaleou e caiu no chão com a lingua para fora. Segundos depois ela virou fumaça.
 Sai de lá o mais depressa possivel. Voltei para a sala onde Manuh estava muito machucada ainda.
 - Vamos, eu vou te levar no colo! - eu disse, pegando ela em meus braços.
 - Allanis, pára. Eu estou bem! - ela disse.
 - Pára você de frescura. Vamos logo.
 - E acabou que não cumprimos o nosso objetivo, não é?
 - Talvez vocês tivessem razão. Foi só um pesadelo.
 - Eu nunca disse que foi só um pesadelo, alis, nínguem nunca disse isso. - ela disse e respirou fundo - Agora podemos ir? Não quero ficar mais um minuto aqui.
 Peguei a escada e a guardei em minha calça. Saimos da casa mal assombrada e ouvimos uma risada vindo de dentro da casa. Sai meio que correndo de lá. Ali, eu não ficava nem mais um minuto.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

19 - Lendas

  Assim que acabamos com as arrumações já era bem tarde, então, resolvemos ir dormir. O que fez com que eu me desligasse um pouco do meu mundo.
 Fui dormir que era o melhor a fazer. Eu odiava pensar na possibilidade de que tudo não poderia ter passado de um sonho. Na realidade, eu ainda penso que tudo o que eu vivo hoje em dia é um grande sonho. Ou em um pesadelo.
 Adormeci bem mais rápido do que eu pretendia, só que eu não tive um sonho muito agradável, isso eu posso garantir.
 Em meu sonho, eu estava em uma espécie de mansão, mas estava de noite e eu não estava enxergando direito.
 Eu não estava em mim, entende? Era como se eu fosse o vento, pois eu passava por entre as pessoas e elas não notava a minha presença.
 Fui conduzida para dentro da grande mansão, onde eles estavam tendo uma espécie de reunião.
 - Meu amo, eu posso matar a garota. - dizia a voz da mulher que havia torturado as minhas amigas.
 - Acho emocionante a sua sede de sangue. Mas apenas eu poderei mata-la! - disse a voz grossa de um homem - Você se encarregara de trazer os amigos dela até a mim. Mas tente traze-los da forma mais cruel que você consiga.
 - Sim, meu mestre.
 - Senhor. - disse um cara de cabelos brancos - Será que não corremos perigo? Quero dizer, de nos pegarem. Sabe que o ministro não tem nos deixado em paz nesses últimos cinco anos.
 - Meu cara Marquensig, é claro que não há perigo! - disse o homem - O único perigo que corremos é que ela descubra os nossos planos.
 E todos a mesa começaram a gargalhar diante de seu mestre.
 - Senhor, eu posso matar, o garoto. - disse um homem mais alto ficando de pé.
 - Não, o garoto é essencial para que possamos atrair a nossa presa. Sem ele e mais uma garota morena, ela nunca sairá da mansão. Precisamos agir com cautela. - ele disse.
 Eu sabia a quem ele se referia, ele falava sobre mim. Ele queria me matar! Nossa, que novidade, como se ele nunca tivesse tentado fazer isso.
 - Stwarte, porque não convida o garoto lá fora para entrar? Quem sabe ele não queira participar da nossas reunião? - ele disse com um sorriso sombrio.
 Um homem de uma estatura menor, mancava até o porão, e de lá, puxou o Luis.
 Eles começaram a tortura-lo.

 - Allanis, você está bem? - ouvi uma voz me chamando - Acorda!
 De repente, fui tirada do meu terrível sonho e voltei para a minha realidade.
 - O que aconteceu? - perguntei confusa.
 - Todos foram dormir, e, de repente, você começou a gritar. Como se alguém estivesse te torturando. - disse Manuh - E todos ouviram, e estão aqui.
 Ah não, que droga. Eu não posso nem mais ter um pesadelo em paz?
 - Está tudo bem. Podem voltar a dormir. Eu vou ficar... ahn, bem. - eu disse.
 - Allanis, você está suando frio! - disse Rapha passando a mão na minha testa.
 - Podem voltar a dormir, eu vou ficar bem. - eu disse - Onde está o Luis? - perguntei preocupada.
 - Ele saiu. - respondeu Kel.
 - Ele disse para onde ele foi? - perguntei preocupada.
 - Não, ele apenas disse que precisava espairecer. E foi.
 - Não sei como, mas alguma coisa muito terrível vai acontecer hoje com ele. Vocês fiquem aqui, eu vou atrás dele. - eu disse me levantando da cama.
 Todos os outros foram contra a minha decisão, mas depois, aceitaram.
 Eles saíram e eu fui me trocar.
 - Você tem certeza? - perguntou Manuh pela milésima vez.
 - Eu preciso fazer isso. Você vai vir comigo? - perguntei.
 - Lógico! Acho que você não me conhece, não é? - ela brincou.
 Antes de sairmos, ativei os poderes dela.
 - Eu vou com vocês. - disse Lucas pela milésima vez.
 - Não! - eu gritei - Você vai ficar para caso eles precisem de sua ajuda! Entende agora porque você deve ficar?
 Ele era cabeça dura, mas tinha juízo. Eu acho.
 - Está bem, mas por favor, voltem vivas! - ele disse.
 - Vamos tentar. - eu disse olhando para a Manuh - E se o Pattison aparecer...
 - Eu arranco a cabeça dele! - disse Lucas - E vai logo!
 Saímos e fomos em direção ao único lugar onde eles poderiam estar: na mansão abandonada.
 Isso tudo é uma lenda, mas, segundo os antigos moradores de Hollywood, a morte morava naquela casa. Os moradores diziam que no século XV uma família muito rica havia morado ali. Eles eram muito conhecido pelo o fato de que eles esnobavam muito as outras famílias da região, já que nínguem chegava aos pés da riqueza deles. Um dia, os irmão mais jovens foram passear, até que chegaram a um pequeno corrego, onde o irmão mais velho se atreveu a atravessar. O corrego era fundo, e a água era forte, então, ele como era considerado um dos irmãos mais fortes e corajosos, ele se atreveu a atravessar. Só que ocorreu de um jeito que ele não esperava. A correnteza aumentou e ele escorregou e bateu a cabeça em uma pedra afiada que havia ali. Assim, a morte levou o primeiro irmão.
 Os outros dois irmão voltaram correndo para a casa, apavorados com o que havia acabado de acontecer. Então, o pai muito revoltado por ter perdido o seu filho mais querido, decidiu castigar os outros dois, os dando uma surra e pendurados ao tronco. Eles passaram a noite a base de chibatadas, agora, não eram as lágrimas de dor que escorria nos olhos deles, e sim, lágrimas de raiva.

 Então, quando ele ia matar a própria mãe, a morte assumiu o corpo dele, fazendo com que ele mesmo se matasse, com uma única e certeira facada em seu coração.
 A moradores que dizem ver o espírito do jovem rondando a sua antiga casa, e ainda procurando por vingança. A outros que dizem ouvir gritos e gemidos vindo de dentro da casa. Alguns, apostam que vêem o pai e o irmão do meio passeando pelo o quintal da casa, com as roupas ensanguentadas. Mas nada nunca foi comprovado.
 Atravessamos o quintal e a Manuh estava morrendo de medo do meu lado.
 - Allanis, vamos voltar. Por favor. Ele não está aí! - ela disse quase chorando do meu lado.
 - Se você falar isso mais uma vez, você vai me esperar do lado de fora. Junto com a alma do Gabriel. - disse fazendo um barulho de fantasma.
 Ela começou a se tremer do meu lado. Bobeira.
 Eu não tinha medo, pelo menos, não de lendas.
 Assim que entramos na casa, ouvimos passos vindos de dentro dela. Não podia ser verdade.
 - Allanis, vamos embora, por favor. - Manuh implorava.
 Eu não podia ir. Já havia chegado até aqui, eu tinha que continuar.
 - Quem está aí? - eu perguntei.
 O vento soprou como se fosse um resposta.
 - Não há nínguem. Podemos entrar. - eu garanti a Manuh.
 Ela concordou com a cabeça e nós entramos.
 - É, esse lugar está precisando de uma boa reforma. - eu disse.
 O lugar realmente era antigo, empoeirado e muito, muito velho. Acho que faz anos de que nínguem entrava naquela casa.
 - Ok, vamos nos separar. - eu disse e ela entrou em desespero.
 - O que? Você bebeu ou o que? Acha que eu vou ficar só e andar por essa casa sendo perseguida por uma alma. Qual é?!
 - Você quer achar o Luis, não é? - perguntei segurando em seus ombros para que ela não saísse correndo dali.
 - Não. Não é! - podemos ir agora?
 Quando ela se virou a porta se fechou, foi como se alguém quisesse que nós continuássemos ali.
 Ok, agora eu estava ficando com medo.
 - Segura a minha mão. Vamos até o fim. - eu disse.
 Fomos andando e passamos pelo o corredor, era uma das partes mais assombrante da casa. Eu tive medo, pela a primeira vez.
 Entramos no primeiro quarto, onde nele, havia uma cama velha e uma escrivania. Nela, havia fotos antigas. Saímos do quarto e fomos descendo a escada em caracol. Eu sentia a Manuh tremendo do meu lado. E com razão, até eu estou ficando com medo.
 Ouvimos um rastejar no chão, então, decidimos subir e ir ver os outros quartos.
 Na parede, havia umas coisas escritas, mas em outra língua, então, não entendi o que significava, deixei de lado e fui para o segundo quarto.
 - Bom ver você aqui. - disse a voz de um homem.
 Manuh soltou um grito ao meu lado e me olhou com cara de "Socorro, eu estou morrendo". Seria esse o fantasma?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Especial ...

Bom gente, vou colocar aqui as fotos dos personagens que eu inventei para essa história, ou seja, o Pattison, a Amanda e a Juliana (Jubs para os mais intimos). E abaixo, vou por o perfil de cada um. Espero que gostem!


 Pattison Aguilar

Gente, o perfil dele é muito simples, ele pode não ter demostrado até agora nos capítulo em que aparece, mas ele ama esportes, é super-fã de Rock e não segue modinhas. Tinha uma quedinha pela a Jubs no primeiro ano, mas já é tudo superado. Ele se encantou pela a Allanis logo de primeira vista, porém, vou contar um segredo que nínguem sabe: ele é muito galinha! Todos chamam ele de "O pegador", mas esse apelido foi abafado após se aproximar de nossa super e mega fofa amiga. Será que até o final esta criatura toma jeito? Tomara néh, sabe, a Allanis não merece sofrer por amor.


 Amanda Learth

O perfil dela também é muito simples, ela é uma garota mimada que sempre teve tudo o que quiz e é louca pelo Pattison, que não está nem aí para ela. Mas, como ela sempre diz, a esperança é a última que morre. Cursou a faculdade junto com a Allanis e nunca foi muito com a cara dela, depos que se formou, foi trabalhar para uma das maiores revistas de fofoca do mundo, BIGGER, que só se vê feliz com a desgraça alheia.
 Quando ela quer ser venenosa, não a nínguem que segure essa criatura. É bem esperta e está atrás de fama, sucesso, e dinheiro, aliás, muito dinheiro. Oportunista ela não é?


Juliana Padarllaque

 Gente, vocês já sabem não é? Ela é mega fofa, super amiga, inteligente e apaixonante. Mas, após ter retornado no tempo junto com seu namorado e alguns amigos, ela moreu, o que foi um choque tanto para alguns astro como para o público, que amavam ela - pelo menos é o que me disseram! Ela era a melhor amiga da Allanis, adorava moda e era super extrovertida. Mas, como tudo que era bom durava pouco, seu relacionamento não foi diferente. Bom, adeus Jubs, vá em paz. (Luto - Jubs eterna aqui )

Espero que tenham gostado, qualquer dúvida, esse post será para vocês perguntarem. Obrigado pela a atenção.

Postado por: Lucas Batista * 

18 - Preparativos

 Como o clima estava bem em clima natalino, a animação por um natal enfeitado tomou conta de todos. Era como se fosse uma descontração.
 Desci a escada que já havia sido enfeitada com piscas piscas vermelhos em formato de anjos. O tapete vermelho da escada havia sido subistituido por um branco brilhoso e eles estava terminando de enfeitar a árvore, enquanto Lucas ajudava a Rapha a colocar piscas-piscas na cortina.
 Tudo estava em perfeita harmonia, até eu e Karol vermos que Amanda ainda não havia desistido da entrevista.
 Abri a porta para deixa-la entrar.
 - Quer a entrevista, não é? - perguntei.
 - Olha, na verdade quero me desculpar pelo o modo como eu aji hoje de tarde. Porém, meu editorial dessa semana não vai ser nada sem uma entrevista dos seus amigos. Então, se não se incomodar. Posso entrevista-los? - ela pediu e fez aquela cara de cachorro sem dono.
 - Olha aqui...
 - É claro que pode nos entrevistar.
 - Na verdade, iríamos adorar! - disse Manu saltitando com a ideia.
 Eles foram até o escritório e Lucas fechou a porta, passou a chave para que nínguem entrasse lá.
 - Não gosto da ideia daquela garota trancada no quarto com eles.
 - Olha pelo lado bom, a Manu não é homem. - disse Karol vindo para o meu lado.
 Olhei sem entender o que ela queria dizer. Seja o que fosse, não era tão bom assim. Acredite!
 Passamos quase meia hora montando a árvore de Natal e ainda havia faltado algumas bolinhas para terminar de enfeitar a árvore.
 - Eu vou comprar, pode deixar. - eu me ofereci.
 - Muito obrigada amiga, ah, e pode passar também na loja de lustres? Tem um enfeite lindo de natal para o lustre do tamanho certo. Já até encomendei pelo telefone. - ela disse colocando a mão no bolso - Aqui está o papel, é só pedir.
 Peguei o papel, dei uma olhada e o coloquei no bolso.
 - É sempre bom poder contar com a Bigger. - disse Lucas em um tom inaudível para os ouvidos humanos.
 "Tem alguma coisa errada", pensei.
 Logo eles saíram de dentro da sala, voltei dois degraus e fiquei encarando-a.
 - Posso, tirar uma foto? Da sala, sabe... para colocar na revista. - ela perguntou puxando a câmera.
 - Claro! - disse Lucas sendo gentil.
 - Não pode não! - eu gritei e desci correndo - Guarda essa câmera agora!
 - Bom, eu preciso ir. Então, você é a próxima capa. - ela disse apontando para a Manu - Você vai falar sobre..., drogas, comida, atmosfera e moda. Preencha a ficha e mande para o meu e-mail, depois, voltarei para fazer a capa. - ela disse saindo.
 Lucas me olhou de cara feia.
 "AAAH, vai a merda garoto!" pensei.
 Subi até o meu quarto, peguei minha bolsa e desci novamente.
 Falei com todos, desci até a garagem e peguei meu carro.
 Fui até um dos pontos onde se encontrava tudo sobre enfeites e decorações natalinas, a Happy Word, um lugar onde só vai celebridade.
 Estacionei o carro, abri a porta e sai do carro, assim que estava perto de entrar, me desequilibrei e cai.
 - Está tudo bem senhorita? - perguntou um senhor.
 - Sim, estou bem. O gelo é inimigo dos descordenados. - brinquei.
 Ele me ajudou a se levantar, eu agradeci e ele se foi. Entrei na loja onde estava quente.
 Fui até a recepcionistas, já que a loja estava vazia foi mais rápido do que eu esperara.
 Entreguei o papel para ela, ela pegou uma sacola e me ajudou a escolher as bolinhas de natal. Peguei de papais noeis, duendes e alguns anjinhos.
 Paguei a ela e sai.
 Coloquei tudo no porta-mala do carro, e entrei.
 Liguei o motor e logo em seguida o aquecedor.
 A gasolina estava acabando, fui até um posto que havia ali perto, coloquei R$ 20,00 de gasolina e esperei.
 Vi o carro de Pattison dobrar a esquina, assim que acabou de encher o tanque, segui o carro. Como a pista estava coberta de gelo, tive que manter uma velocidade razoável.
 Assim que achei o carro de Pattison estacionado, desliguei o motor e sai do meu carro.
 Ele havia começado a descer uma pequena colina.
 "Aonde ele está indo?", pensei.
 Ele entrou na floresta e foi para uma pequena cafeteria que havia ali, no meio de um povoado.
 Me aproximei da janela e vi ele beijando outra garota. Eu não estava acreditando nisso, eu não aceitaria ser traída, nunca.
 Peguei meu celular, bati uma foto e voltei correndo para o carro.
 As lágrimas já haviam encharcado meu rosto, minha visão já estava embaçada. Eu odiava estar chorando.
 Voltei para casa o mais depressa possível, nem me lembrei de tirar as compras do porta-malas. Subi quase que correndo.
 - Allanis o que aconteceu? - Kel perguntava.
 - As compras estão no carro. - disse calmamente.
 Eu não conseguia responder mais nada, só aquilo. Peguei os braços da Manu e do Lucas e os puxei lá para cima.
 - Amiga, o que está acontecendo? - perguntou Manuh.
 - Apenas me abracem! - eu disse sufocando os dois em um abraço demorado.
 Eu sentia as lágrimas rolando sobre meu rosto. Eu não podia acreditar naquilo que eu havia acabado de ver.
 Me soltei dos dois e fui até o meu criado mudo, pegar um saco de biscoito. Era assim que eu me curava dos meus relacionamentos.
 - Amiga, vai ficar tudo bem. Você vai ver. - disse Manu.
 - A uma grande possibilidade de você ter uma depressão ou começar a usar drogas, após um fim de relacionamento é comum. - disse Lucas.
Manu.
 - E que força você que que eu dê para alguém que procura a felicidade dentro de um saco de biscoitos?! - rebateu Lucas.
 Olhei para o Lucas sem entender a discussão que ele e a Manu estavam tendo.
 - Dá para voltar-mos a parte em que eu pegou um biscoito, o como e desabafo? - perguntei.
 - Desculpa. - responderam os dois juntos.
 - Mas amiga, o que de verdade aconteceu? - perguntou Manu.
 - Assim que comprei o que a Kel pediu, eu fui por gasolina no carro, e vi o carro do Pattison. Segui ele até um certo ponto de carro. Depois ele entrou na floresta, foi até a cafeteria que tem ali e eu o vi beijando outra garota. - disse pegando meu celular e mostrando a eles.
 - Vai que ele tem um irmão gêmeo identico a ele? - perguntou Lucas.
 Normalmente as perguntas idiotas sempre saiam dele.
 - Não, o irmão gêmeo dele ia ser identico a mim! - disse Manu sarcasticamente.
 Eles passaram a maior parte do tempo do meu lado, fazendo com que eu tentasse esquecer tudo aquilo, mas eles eram vingativos, não iriam deixar em branco.
 Assim que nós descemos, já estava tudo pronto. Só faltava alguns retoques, como as luzes do lustre.
 Lucas colocou uma escada e ele mesmo foi colocar o enfeite que Kel havia encomendado. Se tudo desse certo, esse seria um natal inesquecivel.

domingo, 12 de dezembro de 2010

17 - Vexame

 Passamos a tarde toda na piscina, fofocando, conversando e lendo sobre as revistas de fofoca.
 - Quando você vai voltar a falar com ele? - perguntei para a Karol, ambas olhando para o Lucas.
 - Não sei. - ela disse, virando a página da Capricho. Sim, nós ainda tinhamos o nosso contrato com a Capricho - Apenas não gosto do jeito que ele age. E... eu acho que a Amanda está gostando dele.
 Engasguei com o copo de suco de acerola que eu bebia.
 - O que? A Amanda que ainda gosta do Pattison? Aquela da faculdade? - perguntei, limpando o estrago que eu havia feito.
 - E tem outra Amanda que você conhece? E, falando no diabo! - ela disse olhando para o portão.
 - Deve ser só jogo de marketing. Esqueceu que ele é famoso? E que ela trabalha para a Bigger? - perguntei me virando.
 Os seguranças da mansão foram atende-la. Os idiotas a deixaram entrar. Como pode?
 - O que você faz aqui? - eu disse me levantando.
 - Boa tarde para você também. Vi fazer uma entrevista com os astros mais badalados do momento: Lucas e Manuh.
 - É, mas quem garante que eles querem ver você? - disse Karol do meu lado.
 - Olha, perdi uma hora nesse transito infernal. Então eu só saio daqui quando eu falar com eles! - ela disse se virando para ir até a piscina.
 - Hun. tão mal educada! - eu disse em voz alto.
 - Se você não sair daqui por bem...
 - Vai sair daqui por mal!
 - E quem vai me tirar daqui? Vocês? - ela disse sarcasticamente.
 - Não. Eu! - disse Kel.
 - HAHA, você, uma magrela. Vai me tirar daqui! Essa eu quero ver. - ela disse balançando a perna.
 Kel deu um soco no rosto dela que fez ela cair para trás.
 - Eu disse, sua pirua fofoqueira e sem noção! - ela disse, puxando os cabelos dela.
 - Eu também quero! - disse-mos eu e a Karol ao mesmo tempo.
 Tirei a pasta da mão dela e a joguei na piscina.
 - Sua vaca! - ela gritou, me empurrando para dentro da piscina. - Eu fiz escova hoje! - ela gritou.
 Puxei o pé dela por debaixo d'água e ela tentou se soltar. Voltei com ela para a superfície e tirei ela de dentro da água.
 - Vai sair agora? - eu perguntei.
 - Rouba meu namorado, acaba com o meu editorial de famosos, desmancha minha escova e me soca com esse bando de... criaturas. - ela disse quebrando o salto - E ainda isso.
 - Eu não roubei o Pattison de você, ele é quem não te quis! - eu gritei enquanto Luis vinha me segurar para eu não atacar ela.

 - Ok, chega de problemas por hoje está bem?! - disse Lucas intervindo na briga - Toma o seu... ahn, editorial sobre o Titanic.
 Todos a nossa volta riram.
 - Engraçadinho. - ela disse secamente - Isso não acaba aqui. Ouviu?
 - Escuta aqui sua magricela... me larga, deixa eu mostrar para ela o que é ter força! - eu disse enquanto Luis, Manuh, Kel e Jose me puxavam de volta para trás - E nunca mais volta aqui! Entendeu ou quer que eu desenhe? - eu gritei.
 Ela tirou o sapatos e foi andando descalça.
 - Se eu ver você com ela, depois que eu matar ela, eu te mato! - disse para o Lucas.
 - Ok, vou me lembrar de todo o seu carinho por ela. - ele brincou.
 Dei um soco de leve em seu queixo e voltamos para a piscina.
 Estavamos numa boa, tomando banho e aproveitando ao máximo aquele sol que não era normal em Hollywood. Para que eu fui pensar isso hein?! O lindo sol que brilhava sobre as nuvens, foi tomado por um nuvem escura.
 - Vê se controla os seus pensamentos da próxima vez! - disse Lucas, nos ajudando a colocar as revistas para dentro.
 - Ah, obrigada. Vou me lembrar sim. - respondi calmamente.
 Pomos tudo para dentro de casa, mas não conseguimos escapar da neve. Quando de repente senti uma bola de neve bater em minha cabeça.
 Me virei e vi que era a Ana.
 - Que tal fazermos um boneco de neve? - ela perguntou.
 E não era uma má ideia.
 - É sim, uma péssima ideia! - disse Lucas se aproximando.
 - Para de ler meu pensamento! - eu gritei com raiva.
 Me concentrei ao máximo para não pensar em nada, mas não conseguia.
 - Que tal banho de piscina? - perguntou Jose.
 - No frio que está? Hun, vai lá. Depois diz que eu não avisei! - eu disse brincando.
 - Não, você ainda não avisou. - disse Lucas.
 - Viu como você não consegue ler meus pensamentos? HA! - disse fazendo a dancinha da vitória que a Nath sempre fazia.
 - Você nem ao menos pensou! - rebateu Lucas.
 - AAAAAH, não dificulta a situação caramba! - eu disse fechando a porta e deixando Ana do lado de fora.
 Abri a porta de novo e ela estava se congelando de frio.
 - Desculpa. Foi mal. - disse e ela entrou e se sentou na frente da fogueira.
 - Obriiigada. - ela disse batendo os dentes.
 Fechamos a janela e deixamos a neve cair.
 - Falta menos de 13 dias para o Natal! - disse Kah animada.
 - Ah vá! - brinquei, colocando gelo no olho de Kel - E você vê se sossega. - disse brincando.
 - Da próxima vez deixo vocês morrerem! - ela brincou.
 - É bom que seja mesmo uma brincadeira! - eu disse.
 - Quem garante?
 - Vai a merda garota. - disse sorrindo.
 - Gente, precisamos preparar tudo. Vamos fazer a ceia esse ano! - disse Rapha toda animada.
 De uma coisa eu podia ter certeza, boa coisa não ia sair daqui!