quinta-feira, 24 de novembro de 2011

114- Traga Suas Bombas (Parte 2)

     Ficamos parados, perplexos. Tentávamos pensar em algo que poderíamos fazer, mas não havia nada a se fazer. Se já foi difícil derrotar um Lucas descontrolado, seria impossível com milhares.
     Quando olhamos melhor, percebemos que uns 10 Lucas-monstro vinham em nossa direção. Jack Williams vinha junto com eles. Tentamos correr, mas eles nos cercaram.
-Pensam que vão aonde? – disse Jack
     Os Lucas-monstro nos seguraram.
-Vocês vem comigo – disse Jack
-Você vai fazer isso com a gente? – argumentou Jéssica – E seus filhos?
-Os dois me traíram. Agora estamos quites – ele disse – Levem-nos – ele ordenou aos lacaios
     Os lacaios de Jack nos pegaram e nos levaram até o porão de sua mansão, onde nos deixou presos a correntes. Lucas C foi colocado dentro de um tubo de vidro, pois ele conseguiria se soltar das correntes.
-Eu não acredito! – gritei, estressada
-O que? O que foi? – perguntou Bianca
-Todo esse tempo. A causa dos problemas estava debaixo de nosso nariz. Como foi que eu não percebi? Se eu tivesse percebido, a gente poderia ter evitado tudo isso – exclamei
-Não, a culpa é minha – disse Lucas C – Eu deveria ter contado sobre quando enfrentei Jack
-Parem com isso os dois! A culpa não é de ninguém! – gritou Ana – Rafael, Daniella, Eric, Cecília e Jenny estão desprotegidos. Temos é que torcer que Jack não encoste neles e não ficar competindo pra ver quem é mais culpado
     Eu e Lucas C ficamos surpresos pela bronca de Ana. Como não sabíamos o que dizer, nossa resposta foi:
-Desculpa
     Ficamos todos em silêncio por um tempo. Numa circunstância daquelas, conversar não serviria para nada.
    Nath tentou quebrar as algemas, mas não deu certo. Elas eram muito fortes. Nisso, Lucas C teve uma ideia.
-Posso usar a minha forma mista de elementos pra sair desse tubo – ele disse
-Não! – disse Julie
-Calma, estou curado, lembra? – disse Lucas, de maneira confiante
    Julie soltou um resmungo baixo, ainda preocupada.
    Lucas C se concentrou e aos poucos seu corpo foi mudando: seu rosto se tornou pedra, um braço se tornou água, outro braço se tornou eletricidade, suas pernas se tornaram ar e o tórax se tornou fogo. Ele facilmente destruiu o tubo de vidro. Depois, usou seu poder de fogo para derreter nossas algemas.
-Pattison, já que Karol e Rafah não tem poderes, leve-as até a mansão. Fique com elas para que tomem conta dos bebês e as proteja, ok? – eu disse
-Ok – disse Patt
     Antes de irem, Karol e Rafah abraçaram todos nós.
-Boa sorte – disse Karol
     Aproveitando a deixa, Pattison se aproximou de mim e me deu um longo beijo.
-Toma cuidado, tá legal? – ele disse
-Tá legal – respondi
     Enquanto ele levava elas duas, nós saímos do porão à procura de Jack.
     Assim que saímos do porão, olhamos pela janela. Estava tudo destruído. Não havia nenhum sinal de vida. Como se o lugar nunca tivesse sido habitado.
     Lucas S tentava rastrear Jack. Por sorte, ele conseguiu.
-Jack está no centro da cidade – ele disse
-Vamos até lá – disse Bianca
     Saímos da casa/castelo e deparamos com a visão assustadora do lado de fora. O céu estava escuro; as folhas das árvores estavam pelo chão, deixando apenas galhos mortos; o chão estava negro, apodrecido.
-Parece um pesadelo – disse Thaís
-Mas é um pesadelo. Um pesadelo vivo – eu disse
    Passamos pelo portão e vagamos pela cidade. Estava tudo sem vida. Mais um pouco e achei que fosse aparecer uma bola de fenos rolando pelo meio da rua.
     Andamos por meia-hora até que encontramos um grupo de pessoas. Pareciam estar exaustas. Estavam iguais a zumbis. Não demonstravam nenhuma emoção, apenas vagavam pelas ruas. E eram comandadas por Jack Williams.
-Como eu odeio esse homem – resmunguei – Tudo o que eu queria era mata-lo de uma vez
-Calma, Allanis – disse Lucas C – Temos que pensar no elemento-surpresa
-Tarde demais – ouvimos Melissa dizer
     Melissa puxou Ana pelo pescoço e a segurou, ameaçando atacá-la com uma lâmina de ferro.
-Um passo em falso e ela já era – disse Melissa
     Antes que Melissa pudesse fazer algo, Ana se transformou em uma loba e conseguiu se livrar dela.
-Não conte com os ovos na barriga – disse Ana
     Nós fomos em direção a Melissa para atacá-la, mas umas cópias do Lucas C apareceram para ajudá-la.
-Tá de sacanagem – disse Matheus
     Eu fui lutar com uma das cópias de Lucas. Arranquei uma árvore do chão e o acertei com ela. Imaginei que o ataque fosse surtir efeito, mas a árvore se partiu e ele continuou intacto.
     Corri até um carro e me escondi atrás dele, tentando pensar num plano. A cópia de Lucas pegou o carro e o lançou para longe, acabando com meu esconderijo. Foi quando achei minha salvação: um hidrante.
    Dei um chute no hidrante e abri sua tampa. Lancei o jato d’água na direção do Lucas-monstro. A água do hidrante apagou o fogo e deu curto no seu braço elétrico. Ele caiu no chão e... puft, sumiu.
-Eu sou foda! – gritei
    Gritei pro pessoal, chamando a atenção deles:
-Pessoal, atraia eles pra cá! – apontei pro hidrante
     Cada um deles atraiu a cópia que os seguia até o hidrante e eu joguei água neles, fazendo-os sumirem.
-E agora? – disse Jéssica
     Lucas C ainda estava lutando com Melissa, então fomos ajuda-los. Dean bateu as palmas das mãos e lançou uma pulsação que jogou Melissa no chão. Ana a pegou pelo pescoço e a ameaçou.
-E agora, quem é a boazuda? – disse Ana
-Boazuda??? – disse Nath
-Que foi? Eu tava sem ideia
    Ana ia dar um soco na cara de Melissa, mas uma espécie de relâmpago apareceu e atingiu as duas, jogando-as no chão.
-O que foi isso? – disse Bianca
    Era Jack Williams.
-Parece que os ratos fugiram da gaiola – ele deu uma risada
    Lucas S se aproximou de mim e disse:
-Parece que o ataque-surpresa já era

CONTINUA...

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